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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Parecer Erudito XI

PÉTALA N'ÁGUA
Construção delicada
Alicerce frágil de uma flor
Receio de abelha adocicada
Em magoar a pétala rósea do Amor

Nos sonhos que ora acalento
Nos desejos
Em teus olhos verdes invento

Minh’alma navega solta
Sua lembrança de calmaria
De porto seguro, escolta
De tudo que me dá alegria

Indefeso
Despedaço-me a sua frente
Me abalo ainda coeso
A você pertenço somente
(Dimas de Fonte)


GUIRLANDA
De meu amor
As palavras retiram sua força
E o sentimento ganha forma
Quanto teu rosto me invade
Como a brisa tépida
De um dia de primavera
Os sonhos e imagens de você
Tornam-se metas de vida para mim
As agruras da alma inquieta
E os arroubos do querer infinito
Atormentam meu peito ardente
Contra as mazelas que possam haver
E com as bênçãos dos anjos do céu
(Dimas de Fonte)
  

BUQUÊ
Dar a mim o teu desejo
Trazer em si o maior
Sabor de ti entrevejo
Teu corpo molhado de suor

Enquanto de um lado
Tens a luta
De outro um punhado
De flores exulta

Tratando teu homem
Com desdém
Enquanto somem
As esperanças desse alguém

Ta1vez acene em direção
De algo valente
Ideal refulgente
E fugaz na ilusão
(Dimas de Fonte)

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