DESABAFO
Da minha arte o sonho aflora
De incompreensão talvez me acusa
Se incapaz fui até agora
Se meu sonho de amor até recusa
Não posso falar mais claramente
Do que a forma com que a ti me achego
São meus olhos
Meus passos que te seguem cegamente
Ousadia de zombar do próprio medo
Força não é dada ou cedida
Deve ser trazida do interno
Com alguém que lhe dê acolhida
E asile o forte no inverno
A criança é forte na inocência
A água na fluidez
Mas ambos devem ter consciência
De que mudam com a mesma rapidez
(Dimas de Fonte)
NA CALÇADA
No vento
A poeira
Os sons
Sentimentos de paz
E a tua presença
No calor
O frescor do dia
A tardei cai
O sol no céu seguia
Tota1mente absorto
A meditar
Perdido em “porquês”
Invadido por “senões”
De um pensar
Sem intenções
A natureza é simples
Simples e linda
Tem a pureza
Da singular estrada
Verdadeira estrada da Vida
(Dimas de Fonte)
SAUDADE
Onde quer que você esteja
Essa poesia é sua
Traga seu coração para perto do meu
Veja no éter a vontade nua
Meu desejo de ter-te novamente
Vara os espaços
E assim simplesmente
Me acho ao teu lado
Quantas noites
Vários dias pensando
Mo que está fazendo
Sonhando
Com você me amando
Trago esta vontade
E talvez na verdade
Não diga nada quando te ver
Deixe você passar
Para assim continuar
A te querer
(Dimas de Fonte)
0 comentários:
Postar um comentário