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domingo, 18 de julho de 2010

Parecer Erudito VII

DESABAFO
Da minha arte o sonho aflora
De incompreensão talvez me acusa
Se incapaz fui até agora
Se meu sonho de amor até recusa

Não posso falar mais claramente
Do que a forma com que a ti me achego
São meus olhos
Meus passos que te seguem cegamente
Ousadia de zombar do próprio medo

Força não é dada ou cedida
Deve ser trazida do interno
Com alguém que lhe dê acolhida
E asile o forte no inverno

A criança é forte na inocência
A água na fluidez
Mas ambos devem ter consciência
De que mudam com a mesma rapidez
(Dimas de Fonte)


NA CALÇADA
No vento
A poeira
Os sons
Sentimentos de paz
E a tua presença

No calor
O frescor do dia
A tardei cai
O sol no céu seguia

Tota1mente absorto
A meditar
Perdido em “porquês”

Invadido por “senões”
De um pensar
Sem intenções

A natureza é simples
Simples e linda
Tem a pureza
Da singular estrada
Verdadeira estrada da Vida
(Dimas de Fonte)


SAUDADE
Onde quer que você esteja
Essa poesia é sua
Traga seu coração para perto do meu
Veja no éter a vontade nua

Meu desejo de ter-te novamente
Vara os espaços
E assim simplesmente
Me acho ao teu lado

Quantas noites
Vários dias pensando
Mo que está fazendo
Sonhando
Com você me amando

Trago esta vontade
E talvez na verdade
Não diga nada quando te ver
Deixe você passar
Para assim continuar
A te querer
(Dimas de Fonte)

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