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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Charles Disco e o Sequestro Misterioso (Capítulo 15)

CAPÍTULO 15
Ao chegar em casa, encontra a televisão ligada e Virginie dormindo no sofá da sala. Não pode deixar de admirar a beleza da moça vestida com sua camisa e a minúscula bermuda cortada. Desliga o aparelho, cobre a moça e vai tomar um banho. Minutos depois senta-se na mesa da cozinha para examinar os objetos que retirara dos porta-luvas e dos assoalhos dos furgões.
- Nada! - Exclama ele levantado-se e andando em volta da mesa com as mão para trás.
- Esses caras são profissionais, nunca deixariam nada para trás que pudesse incriminá-los. Foi uma tolice minha esperar encontrar alguma coisa.
- Falando sozinho, Disco?
Virginie levantara e falava ainda bocejando e com cara de sono.
- Desculpe ter te acordado. Eu costumo pensar alto. Não estou acostumado a ter gente em casa...
- Também tem a mania de desculpar-se à toa. - Interrompe ela - Se tem alguém que tem de desculpar-se sou eu. Afinal sou sua hóspede.
- Não. Você apenas está temporariamente dividindo, eu disse dividindo, o apartamento comigo e isso implica muita coisa, mas não necessariamente aturar minhas manias.
- Bem... Se estou dividindo tudo, então que tal me contar em que está trabalhando?
- Quer mesmo saber?
- Claro. sempre gostei de histórias de detetive.
- Eu não sou detetive. Detetives cuidam de adultérios...
- Tudo bem... Tudo bem... Então me conte.
Disco explica a ela tudo sobre os raptos até o ponto onde estava.
- Parece que estão chamando atenção para alguma coisa.
- Já pensei nisso... Mas o quê?
- Parece coisa grande...
- Sim. Mas o tempo está passando e não chego a lugar nenhum. Estou andando em círculos. Se matarem a garotinha...
- Você põe as mãos neles antes disso.
- Espero que tenha razão...
- Importa-se se eu tentar ajudá-lo?
- Não. Mas não creio que...
- Às vezes, alguém olhando o caso de fora pode ver coisas que passam desapercebidas a quem está envolvido - Interrompe ela.
- Se quiser mesmo ajudar...
- Mas claro!
- Tudo bem... Amanhã eu vou procurar meus contatos e pedir que fiquem atentos àqueles furgões. No momento é só o que eu posso fazer.
- Acho que antes de nos darmos por vencidos completamente temos que re-analisar os fatos.
- Sou todo ouvidos, “madame cérebro”.
- Não caçoe, Disco, Você disse que poderia ajudar - Amua-se ela.
- E pode! Sou um homem aberto a idéias novas.
- Muito bem. Pelo que me contou os caras são profissionais. Trabalham limpo e rápido.
- Exatamente.
- Devemos então procurar as pontas soltas desse novelo.
- Esse é que é o problema! Eles parecem brotar do chão. Não há falhas aparentes em suas ações.
- Acho que devemos esquecer os ataques em si e fixar a atenção nas circunstâncias em que aconteceram e na forma como aconteceram.
- Como assim?
- Lembre-se do rapto da garotinha.
- O que tem ele?
- Não achou estranho um funcionário ser atropelado e ficar fora do trabalho mais ou menos na época do ataque.
- Achei. Mas a polícia também deve ter achado e na entrevista com os criados não descobri nada.
- Tudo bem que a polícia tenha investigado o caso e não tenha encontrado vestígios do tal homem. Mas veja bem... Uma família como os Monte Verde não contratam qualquer um. Devem ter uma agência ou alguém de confiança para fornecer os seus criados...
- Sim... – Diz pensativo – A Sheila Monte Verde me disse isso... - Disco dá um tapa na própria testa. - Como não pensei nisso antes! Os funcionários do hotel também devem ter sido enviados por uma agência.
- Exato. Se conseguir alguma ligação...
- Virginie, você é um Gênio! - Diz beijando-lhe a testa. - Não é muita coisa, mas é melhor do que nada. Amanhã mesmo vou investigar isso!
- Não foi nada. - fala a moça sem jeito. - Só quero colaborar.
- Que nada, foi demais! - Diz excitado - Saímos da estaca zero!

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