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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Charles Disco e o Sequestro Misterioso (Capítulo 14)

CAPÍTULO 14
Disco circunda os furgões e nota os pneus sujos de barro escuro. tenta olhar para dentro, mas os vidros traseiros estão pintados de preto e os dianteiros espelhados bem fechados.
- Se pelo menos as portas estivessem abertas eu poderia investigar melhor, mas aí é querer demais.
Ele une as mão em concha sobre a superfície do vidro dianteiro de um dos furgões e olha através delas.
O interior está limpo, sem nada de anormal, porém os olhos treinados de Disco descobrem algo sob um dos bancos dianteiros.
- Uma cápsula de munição. Pode ter sido esquecida por um deles ou caiu sem que percebesse.
Nesse momento a porta do elevador se abre e vários homens aparecem carregando pesadas bolsas de lona preta dois a dois, com uniformes da mesma cor, bonés e óculos escuros.
- Ei, você! - Grita enfurecido um dos homens- O que pensa que está fazendo?
Disco, que olhava para dentro da cabine pelo vidro, vira-se devagar.
- Nada. estava apenas admirando os carros. Querem vender?
Inesperadamente, o homem que falara, saca de dentro da jaqueta uma pequena submetralhadora e exclama:
- É o Disco! Fogo nele !
As armas dispara simultaneamente e Disco mal tem tempo de correr alguns metros e atirar-se para trás de um Mercedes prateado que está parado próximo a ele e que é totalmente perfurado.
Baby, ao ouvir os tiros, entra em pânico e grita:
- Ei! O que está acontecendo!
Um dos homens vira-se para ele e abre fogo.
- Acabem com eles!
Levy corre para dentro de seu escritório e vê os vidros serem estilhaçados à bala e os tiros espocarem, destruindo tudo a sua volta.
Baby se joga no chão e rola para baixo do furgão arrastando-se para trás de uma coluna, enquanto o veículo da floricultura é totalmente perfurado e explode em chamas.
Disco saca sua pistola e fica agachado atrás de um dos pneus da Mercedes.
- Deixem ele pra lá! - Grita o que parece o líder - Vamos embora daqui!
Rapidamente eles entram nos veículos e arrancam velozmente cantando pneus.
Disco levanta-se de arma em punho e atira contra os carros. Acerta o pára-brisa do primeiro que perde a direção e bate de frente com uma das colunas; acerta os pneus dianteiros de outro, que cambaleia e capota lateralmente, arrastando-se pelo piso de concreto levantando faíscas. Enquanto Disco assume sua posição inicial atrás da Mercedes para trocar o carregador de sua pistola, os integrantes dos furgões inteiros recolhem os feridos e os equipamentos para os três restantes ainda atirando e fogem rapidamente. Disco ainda dispara contra os carros que se afastam quebrando a cancela e deixando os seguranças sem saber o que fazer.
No subsolo, Disco deixa sua proteção e guarda sua arma no coldre da perna direita e volta para perto do carro da floricultura.
Baby vem ao seu encontro com as mãos na cabeça e em estado de desespero.
- Putaquepariu, Disco, putaquepariu! - Repete sem parar - E agora o que eu vou fazer? O carro da floricultura está destruído! O português vai comer o meu fígado!
- Não se estresse. - Fala Disco calmamente - Fique com aqueles dois ali. - Aponta com o polegar.
- Beleza, cara, beleza! - Diz com ironia - Um todo fudido e o outro com os pneus furados à bala...
- Podem não estar muito bons, Baby. Mas se quer sair dessa sem prejuízo é melhor pensar bem.
Levy surge limpando-se dos cacos e pedaços do que um dia fora seu escritório.
- Cara! O que aconteceu aqui, a terceira guerra mundial?
Aproxima-se de Baby e de Disco apalpando-se e olhando-se para certificar-se de que não está ferido.
- Meu Deus do céu! Quem é o seu amigo, o anticristo?!
- Tô achando que é... Pelo menos me colocou no inferno. - Comenta Baby desolado.
- É melhor fazer o que ele disse. Não quero ficar com esse prejuízo...
- Acho bom vocês andarem depressa que logo a polícia vai estar aqui.
Com a ajuda dos funcionários que correram para o local, o furgão tombado é desvirado e junto com o outro é escondido em outro local. Quando a polícia chega não há mais nenhum traço deles.
- O que houve aqui, Disco? - Pergunta Matias coçando a cabeça - A terceira guerra mundial?
- É a segunda vez que ouço essa pergunta hoje... Não, Matias, foram os raptores de Anna Carla Monte verde e Eleonora Kiriaki.
O delegado sorri.
- Tem certeza?
- Minhas fontes me trouxeram até aqui e pela recepção que tive, o que mais posso pensar?
- Tem a placa dos veículos?
- Sim.
- Então me dê para que eu possa expedir um alerta geral de busca.
Disco presta depoimento e volta para seu apartamento.

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