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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Fita Métrica do Amor


Por Martha Medeiros
Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Deus nos Livre de um Brasil Evangélico!


O pastor Ricardo Gondim escreveu um artigo falando do seu pavor em ver o Brasil se tornar um país completamente evangélico. Tentando se explicar, ele fala não contra o cristianismo, mas contra o movimento evangélico. Citando o que aconteceria na cultura e na ciência, o pastor prevê um verdadeiro caos nacional.

Confira o artigo completo:

“Começo este texto com uns 15 anos de atraso. Eu explico. Nos tempos em que outdoors eram permitidos em São Paulo, alguém pagou uma fortuna para espalhar vários deles, em avenidas, com a mensagem: ‘São Paulo é do Senhor Jesus. Povo de Deus, declare isso’.
Rumino o recado desde então. Represei qualquer reação, mas hoje, por algum motivo, abriu-se uma fresta em uma comporta de minha alma. Preciso escrever sobre o meu pavor de ver o Brasil tornar-se evangélico. A mensagem subliminar da grande placa, para quem conhece a cultura do movimento, era de que os evangélicos sonham com o dia quando a cidade, o estado, o país se converterem em massa e a terra dos tupiniquins virar num país legitimamente evangélico.

Quando afirmo que o sonho é que impere o movimento evangélico, não me refiro ao cristianismo, mas a esse subgrupo do cristianismo e do protestantismo conhecido como Movimento Evangélico. E a esse movimento não interessa que haja um veloz crescimento entre católicos ou que ortodoxos se alastrem. Para “ser do Senhor Jesus”, o Brasil tem que virar “crente”, com a cara dos evangélicos. (acabo de bater três vezes na madeira).

Avanços numéricos de evangélicos em algumas áreas já dão uma boa ideia de como seria desastroso se acontecesse essa tal levedação radical do Brasil.

Imagino uma Genebra brasileira e tremo. Sei de grupos que anseiam por um puritanismo moreno. Mas, como os novos puritanos tratariam Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Maria Gadu? Não gosto de pensar no destino de poesias sensuais como “Carinhoso” do Pixinguinha ou “Tatuagem” do Chico. Será que prevaleceriam as paupérrimas poesias do cancioneiro gospel? As rádios tocariam sem parar “Vou buscar o que é meu”, “Rompendo em Fé”?3

Uma história minimamente parecida com a dos puritanos provocaria, estou certo, um cerco aos boêmios. Novos Torquemadas seriam imp-’lacáveis e perderíamos todo o acervo do Vinicius de Moraes. Quem, entre puritanos, carimbaria a poesia de um ateu como Carlos Drummond de Andrade?

Como ficaria a Universidade em um Brasil dominado por evangélicos? Os chanceleres denominacionais cresceriam, como verdadeiros fiscais, para que se desqualificasse o alucinado Charles Darwin. Facilmente se restabeleceria o criacionismo como disciplina obrigatória em faculdades de medicina, biologia, veterinária. Nietzsche jazeria na categoria dos hereges loucos e Derridá nunca teria uma tradução para o português.
Mozart, Gauguin, Michelangelo, Picasso? No máximo, pesquisados como desajustados para ganharem o rótulo de loucos, pederastas, hereges.

Um Brasil evangélico não teria folclore. Acabaria o Bumba-meu-boi, o Frevo, o Vatapá. As churrascarias não seriam barulhentas. O futebol morreria. Todos seriam proibidos de ir ao estádio ou de ligar a televisão no domingo. E o racha, a famosa pelada, de várzea aconteceria quando?

Um Brasil evangélico significaria que o fisiologismo político prevaleceu; basta uma espiada no histórico de Suas Excelências nas Câmaras, Assembleias e Gabinetes para saber que isso aconteceria.

Um Brasil evangélico significaria o triunfo do “american way of life”, já que muito do que se entende por espiritualidade e moralidade não passa de cópia malfeita da cultura do Norte. Um Brasil evangélico acirraria o preconceito contra a Igreja Católica e viria a criar uma elite religiosa, os ungidos, mais perversa que a dos aiatolás iranianos.
Cada vez que um evangélico critica a Rede Globo eu me flagro a perguntar: Como seria uma emissora liderada por eles? Adianto a resposta: insípida, brega, chata, horrorosa, irritante.

Prefiro, sem pestanejar, textos do Gabriel Garcia Márquez, do Mia Couto, do Victor Hugo, do Fernando Moraes, do João Ubaldo Ribeiro, do Jorge Amado a qualquer livro da série “Deixados para Trás” ou do Max Lucado.

Toda a teocracia se tornará totalitária, toda a tentativa de homogeneizar a cultura, obscurantista e todo o esforço de higienizar os costumes, moralista.

O projeto cristão visa preparar para a vida. Cristo não pretendeu anular os costumes dos povos não-judeus. Daí ele dizer que a fé de um centurião adorador de ídolos era singular; e entre seus criteriosos pares ninguém tinha uma espiritualidade digna de elogio como aquele soldado que cuidou do escravo.

Levar a boa notícia não significa exportar uma cultura, criar um dialeto, forçar uma ética. Evangelizar é anunciar que todos podem continuar a costurar, compor, escrever, brincar, encenar, praticar a justiça e criar meios de solidariedade; Deus não é rival da liberdade humana, mas seu maior incentivador.

Portanto, Deus nos livre de um Brasil evangélico.

Soli Deo Gloria

Ricardo Gondim

Retirado de:

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

20 sugestões para o Bem Viver


1. Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2. Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3. Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

4. Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

5. Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho,em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser a sua vida.

6. Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos.

7. Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

8. Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9. Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a ser conseguido na vida.

10. Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11. Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é sua própria identidade.

12. Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso,é a trava do movimento e da busca.

13. É preciso ter sempre alguém em quem se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.

14. Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15. Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram de bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16. Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17. A rigidez é boa na pedra, não no ser humano. A ele cabe firmeza.

18. Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19. Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas : a intuição, a inocência e a fé.

20. Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que você se fizer.

G. I. Gurdjieff

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Que é Isso que não Morre nem Nasce?


Um discípulo pergunta ao Osho:

Buda disse a respeito da alma: “Era apenas uma bolha que já não existe mais. Eu não estou aqui, assim, para onde irei?”. Então, o que é isso que não morre nem nasce?

Existe um Mar sobre o qual as ondas vêm e vão, mas o mar permanece o mesmo. As ondas não estão separadas do mar, mas não são o mar. As ondas são formas nascidas do mar, são aparências que tomam forma e morrem. Uma onda que permanece onda para sempre não pode ter esse nome. A palavra onda significa que ela morre logo que nasce. Aquilo de onde a onda se ergue está sempre presente, mas o que se ergue não está. É uma dança do transitório no seio do eterno. O mar nunca nasce; a onda está nascendo. O mar nunca morre; a onda está sempre morrendo. No momento que a onda fica sabendo que é o mar, ultrapassa a cadeia de vida e morte. Mas enquanto acredita ser onda, está dentro da possibilidade de nascimento e morte.

O tempo não interfere nisso. Esta existência não está ao nosso alcance porque nossos sentidos só podem compreender a aparência e a forma. Nossos sentidos não podem compreender aquilo que está além do nome e da forma.

Portanto, quando Buda disse que nasceu como uma bolha, está se referindo aos dois aspectos de uma bolha. O que contém uma bolha? Se entrarmos numa bolha, descobriremos que uma quantidade muito pequena de ar, o mesmo ar infinitamente espalhado no exterior, está contido numa fina película de água. Essa película aprisionou uma pequena porção de ar, e essa pequena quantidade de ar tornou-se uma bolha.

Naturalmente, assim como tudo, a bolha também se expande. Expandindo-se, ela se rompe e estoura. Então o ar que estava dentro da bolha une-se ao ar de fora e a água une-se a água. Mas o que veio à existência nesse meio tempo foi um “Arco-íris existencial”. Nada mudou no ar ou na água; eles permaneceram os mesmos. Mas nesse meio tempo uma forma nasceu e morreu.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Portão Estreito que Conduz à Vida


Aquilo a que nos referimos como “vida” deveria ser chamado, mais precisamente, de “situação de vida”. É o tempo psicológico, passado e futuro.

Certas coisas do passado não seguiram o caminho que queríamos. Ainda resistimos ao que aconteceu no passado e agora estamos resistindo ao que é.

A esperança nos leva a prosseguir, mas a esperança nos mantém focalizados no futuro, e esse foco contínuo perpetua a negação do AGORA e, portanto, a nossa infelicidade.

Esqueça a situação da sua vida por um instante e preste atenção à sua vida.

A nossa situação de vida existe no tempo.

Nossa vida é agora.

Nossa situação de vida é coisa da mente.

Nossa vida é real.

Encontre o “Portão Estreito que conduz à vida”.

Ele é chamado de AGORA.

Restrinja a sua vida a esse exato momento. Sua situação de vida pode estar cheia de problemas – a maioria das situações de vida está – mas verifique se você tem algum problema nesse exato momento. Não amanhã ou dentro de dez minutos, mas já. Você tem um problema agora?
(...)
Você tem preocupações? Tem muitos pensamentos do tipo “E se...”? Você está identificado com a mente, que está se projetando num futuro imaginário e criando o medo. Não há como enfrentar tal tipo de situação, por que ela não existe. Você pode parar com essa insanidade que corrói a saúde e a vida aceitando simplesmente o momento presente.

Perceba sua respiração. E sinta o ar entrando e saindo de seu corpo. Sinta seu campo interno de energia. Tudo o que você sempre teve de lidar, tudo o que teve de enfrentar na vida real, em oposição as projeções imaginárias da mente, é o momento presente. Pergunte-se qual é o seu “problema” neste exato momento, não no ano que vem ou amanhã ou daqui a cinco minutos.

Você pode sempre enfrentar o agora, mas não pode jamais enfrentar o futuro, nem tem de fazer isso. A resposta, a força, a atitude certa estarão a sua disposição quando você precisar, nem antes nem depois.
(...)

Quando estamos cheios de problemas, não há espaço para nada novo entrar, nenhum espaço para uma solução. Portanto, sempre que você puder, crie algum espaço para encontrar a vida sob a situação de vida.

Utilize os seus sentidos plenamente. Esteja onde você está. Olhe em volta. Apenas olhe, não interprete. Veja as luzes, as formas, as cores, as texturas. Esteja consciente da presença silenciosa de cada objeto. Esteja consciente do espaço que permite a cada coisa existir. Ouça os sons, não os julgue. Ouça o silêncio por trás dos sons. Toque alguma coisa, qualquer coisa. Sinta e reconheça o Ser dentro dela. Observe o ritmo da sua respiração. Sinta o ar fluindo para dentro e para fora. Sinta a energia vital dentro do seu corpo. Permita que as coisas aconteçam, no interior e no exterior. Deixe que todas as coisas “sejam”. Mova-se profundamente para dentro do agora.
(...)

(Eckhart Tolle – O poder do Agora)

domingo, 25 de novembro de 2012

A Tecnologia do Abraço Segundo um Caipira


O matuto falava tão calmamente, que parecia medir, analisar e meditar sobre cada palavra que dizia...

- É... das invenção dos homi, a que mais tem sintido é o abraço.

O abraço num tem jeito di um só aproveitá!

Tudo quanto é gente, no abraço, participa uma beradinha...

Quandu ocê tá danado de sodade, o abraço de arguém ti alivia...

Quandu ocê tá cum muita reiva, vem um, te abraça e ocê fica até sem graça de continuá cum reiva...

Si ocê tá feliz e abraça arguém, esse arguém pega um poquim da sua alegria...

Si arguém tá duente, quandu ocê abraça ele, ele começa a miorá, i ocê miora junto tamém...

Muita gente importante e letrado já tentô dá um jeito de sabê purquê qui é qui o abraço tem tanta tequilonogia, mas ninguém inda discubriu...

Mas, iêu sei! Foi um ispirto bão de Deus qui mi contô...

Iêu vô contá procêis u qui foi quele mi falô:

O abraço é bão pur causa do Coração...

Quandu ocê abraça arguém, fais massarge no coração!...

I o coração do ôtro é massargiado tamém!

Mas num é só isso, não... Aqui tá a chave do maió segredo de tudo:

É qui, quandu nois abraça arguém, nóis fica cum dois coração no peito!...

INTONCE... UM ABRAÇU PRÔ CÊ QUI É MEU(MINHA) AMIGU(A)!!!!

(autor desconhecido)

Retirado de:

sábado, 24 de novembro de 2012

O que é uma Egrégora


Egrégora (do grego Egregorien, que significa "velar", "cuidar") é a atmosfera coletiva plasmada espiritualmente num certo ambiente decorrente do somatório dos pensamentos, sentimentos e energias de um grupo de pessoas voltado para a produção de climas virtuosos do mundo.

É a atmosfera psíquica resultante da reunião de grupos voltados para trabalhos e estudos baseados na LUZ.

Pode-se dizer que toda reunião de pessoas para prática do Bem e da virtude (independente de linha espiritual) forma uma egrégora específica, uma verdadeira entidade coletiva luminosa, a qual se agregam várias outras consciências extrafisicas alinhadas com aquela sintonia espiritual para um trabalho interdimensional.

Provavelmente foi por isso que Jesus ensinou: “onde houver dois ou mais em meu nome, ai eu estarei”.

O trabalho ritual regular, constante, harmônico somado aos interesses superiores de seus praticantes é fonte gerada de um nível vibratório elevado, alimentador constante de uma Egrégora capaz de gerar paz, evolução espiritual e conhecimento aos que dela usufruem.

Todos os agrupamentos humanos possuem suas egrégoras características: todas as empresas, clubes, religiões, famílias, partidos, etc. Muitos dizem que nãoo se deve misturar egrégoras de trabalhos diferentes, porem quando o AMOR se manifesta, desaparece qualquer ideologia doutrinaria, e só fica o que interessa: a LUZ.

Egrégora é como um filho coletivo, produzido pela interação "genética" das diferentes pessoas envolvidas. Se a egrégora é produzida por grupos de pessoas, basta você se aproximar e frequentar as pessoas certas: gente feliz, descomplicada, saudável, de bom caráter, boa indole. Mas também com fibra, dinamismo e capacidade de realização; sem vícios nem mentiras, sem preguiça e morbidez.

Uma vez obtido o grupo ideal, todas as egrégoras geradas ou nas quais você penetre, vão induzi-lo a saúde, ao sucesso, à harmonia e à felicidade.

O dia em que os homens despertarem para climas mais universalistas e cosmoéticos, com certeza esse mundo será melhor de viver.

Viva a luz, pouco importa o nome, o grupo ou a doutrina que fale dela. E viva os mentores espirituais que ajudam a todos, independente de credo, raça ou cultura esposada.

Adaptação dos textos de Wagner Borges e o Instituto de Pesquisas Pisquicas Imagick.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Que Deus Não Permita...

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo eu sabendo que as rosas não falam.

Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre.

Que eu não perca a vontade de VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...

Que eu não perca a vontade de ter grandes AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...

Que eu não perca a vontade de AJUDAR as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.

Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.

Que eu não perca a VONTADE de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim...

Que eu não perca a LUZ e o BRILHO no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos...

Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos.

Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.

Que eu não perca o sentimento de JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.

Que eu não perca o meu forte ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...

Que eu não perca a BELEZA e a ALEGRIA de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...

Que eu não perca o AMOR por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia.

Que eu não perca a vontade de doar este enorme AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado.

Que eu não perca a vontade de ser GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...

E acima de tudo...

Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois a vida é construída nos sonhos e concretizada no amor!

(Chico Xavier)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Da Simplicidade

 As coisas simples são as mais poderosas. 
Qualquer um pode sugerir uma solução complicada para um problema. 
O verdadeiro gênio é capaz de encontrar uma solução simples e elegante.
Para adquirirmos a aptidão para a simplicidade, devemos experimentar a vida de forma direta. 
Devemos procurar o verdadeiro sentido das coisas, e não complexos significados ocultos.
Para podermos experimentar o sereno poder da simplicidade, devemos aquietar a ira, a inveja, o remorso, a preocupação e a decepção.
A simplicidade vive na beleza e na honestidade. 
A simplicidade pode envolver o mundo inteiro sem ser consumida por ele. 
Aceite as coisas como elas são e você alcançará o poder da simplicidade.
(Autor Anônimo)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sobre o Despego e a Felicidade

"Tudo aquilo que você acha que possui, ou aquilo que você deseja neste mundo, está passando e daqui a pouco não vai mais estar Aqui.
Experiencie, desfrute isso.
Mas, quando passar, quando isso for embora, não se lamente, porque isso não era para você manter – pela lei natural nada pode ser mantido.
Até mesmo esse corpo, que é necessário para que todas as outras coisas possam ser alcançadas, esse corpo você não pode mantê-lo; então, da mesma forma, desfrute desse corpo – ele é seu amigo por um tempo.
Mesmo os seus ideais, eles vão continuar mudando, você não os pode manter os mesmos.
Então desfrute sem apego. 
Esse é o estilo de vida da Liberdade, do Estado de Paz e Felicidade, na verdade é o nosso estado natural.
Se você olhar ao redor poderá pensar “bom eu acho que isso, de fato, não é o natural”, porque há tanta gente estressada, agressiva, infeliz, se lamentando, envolvida em ilusões. 
Mas, você tem a chance de ser verdadeiramente feliz.
De ser Feliz sem nenhuma razão, sem nenhum motivo, pois a sua natureza é a Felicidade; mas, você É além, até mesmo, desta felicidade, você É consciente da felicidade e da tristeza. 
Lembre-se d’Isto, seja Isto, reconheça Isto e desfrute d’Isto."

(Mooji - pelo seu tradutor Thyagi Das).

Trecho de Sat Sang do Mooji no Brasil/2006.

Retirado de: 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Como Tornar-se Poético

Um poeta vem a conhecer certas coisas que são reveladas somente em um relacionamento poético com a realidade.
No que se refere à esperteza mundana, o poeta é um tolo.
Ele nunca se desenvolverá no mundo da riqueza e do poder.
Mas, em sua pobreza, ele conhece um tipo diferente de riqueza na vida que ninguém mais conhece.
O amor é possível a um poeta, Deus é possível a um poeta.
Somente aquele que é inocente o bastante para desfrutar pequenas coisas da vida pode entender que Deus existe, porque Deus existe nas pequenas coisas da vida: ele existe no alimento que você ingere, na caminhada que você faz pela manhã, no amor que você tem por seu amado ou por sua amada, na amizade que você tem com alguém.
Deus não existe nas igrejas; estas não são parte da poesia, mas da política.
Torne-se mais e mais poético.
É necessário ter coragem para ser poético; você precisa ser corajoso o bastante para ser chamado de tolo pelo mundo, mas somente então poderá ser poético.
E para ser poético, não quero dizer que você precisa escrever poesia.
Escrever poesia é apenas uma parte pequena e não essencial de ser poético.
Uma pessoa pode ser poeta e jamais escrever uma única linha de poesia, e uma outra pode escrever milhares de poemas e ainda não ser um poeta.
Ser poeta é um estilo de vida.
É amor pela vida, é reverência pela vida, é um relacionamento sincero com a vida.

Osho, em "Osho Todos os Dias - 365 Meditações Diárias

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A Equação Quase Resolvida

Cada vez mais preciso de ação.
Cada vez mais preciso do silêncio.
Cada vez mais preciso agir.
Cada vez mais corro da multidão.
Cada vez mais preciso da unidade,
mas a divisão manifesta seu nome.
O círculo cada vez mais se fecha.
Estou exposto. Eu me coloquei exposto.
Faço as contas: somo alguns pensamentos,
subtraio algumas filosofias, divido alguns conceitos
e os resultados são sempre alguns padrões.
Engraçado como essas contas sempre dão resultados exatos.
O círculo está se fechando porque ele existe
e é natural tudo que existe ter um movimento.
Mas o círculo existe porque existe um centro.
Se eu eliminar o centro, o circulo deixa de existir
e assim, automaticamente, ele deixa de fechar.
Bimba! Equação resolvida.
Nem tanto, ainda não.
Um detalhe: para eliminar o centro é preciso saber como ele surge.
Ele está lá porque eu estou a observá-lo.
Se eu não estiver mais lá, será que ele deixa de existir?
Bom, pelos para mim vai deixar
e, no momento, nessa conta, não existe outra ser se não eu.
Será?
Pois se o centro não existir é porque não existe o observador.
Se não existe o observador não existe EU.
Resultado: equação quase resolvida.
(André Auke)


Retirado de:

domingo, 18 de novembro de 2012

Uma Oração de Mahatma Gandhi

Deus, ajudai-me a dizer a verdade para o forte
e a esquivar-me de contar mentiras para ganhar o aplauso do fraco.
Se me derdes fortuna, não me tireis a razão.
Se me derdes sucesso, não me tireis a humildade.
Se me derdes humildade, não me tireis a dignidade.
Deus, ajudai-me a ver o outro lado da moeda.
Não me deixeis acusar outros de traição só porque não pensam como eu.
Deus, ensinai-me amar as pessoas como amo a mim mesmo
e a julgar a mim mesmo como julgo os outros.
Por Favor, não me deixeis ser orgulhoso se for bem-sucedido,
ou cair em desespero se fracassar.
Recordai-me de que o fracasso é a experiência que precede o triunfo.
Ensinai-me que perdoar é o mais importante no forte
e que vingança é o sinal mais primitivo do fraco.
Se me tirardes meu sucesso,
deixai-me manter minha força para conseguir sucesso a partir do fracasso.
Se eu falhar com as pessoas,
dai-me coragem para me desculpar,
e se as pessoas falharem comigo, dai-me coragem para perdoá-las.
Deus, se eu me esquecer de vós, por favor, não vos esqueçais de mim.

(Mahatma Gandhi)

sábado, 17 de novembro de 2012

Quem é o Diferente?

Diferente não é quem o pretenda ser.
Este é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado de alguns "mais" e de alguns "menos" em hora, momento e lugar errado. Para os outros que ficam de inveja de não serem assim.E de medo de não aguentarem, caso um dia venham a ser.
O diferente é sempre um ser mais próximo da perfeição.
O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido com ele por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente.
Talentos são rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças são mortas.
Um diferente medroso, este sim acaba transformando-se num chato.
Chato é um diferente que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes entendem porque os outros não os entendem.
Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro.
Diferente que se preza entende o porquê de quem agride.
O diferente paga sempre o preço de estar – mesmo sem o querer – alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores.
O diferente aguenta no lombo a ira do irremediavelmente igual; a inveja do comum; o ódio do mediano.
O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas sempre está certo.
O diferente começa a sofrer cedo, desde o primário escolar, onde todos os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns professores por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial, em aleijão e caricatura.
O que é percepção aguçada em : “Puxa, Fulano, como você é complicado”  
O que é o embrião de um estilo próprio em:  “Você não está vendo como todo mundo faz?”.
O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações nos quais acaba se transformando.
Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformam nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe do que o consenso.
O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber.
Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham.
Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera.
Chora onde outros xingam; 
Estuda onde outros burram.
Quer onde outros cansam.
Espera de onde já não vem.
Sonha entre realistas.
Concretiza entre sonhadores.
Fala de leite em reunião de bêbados.
Cria onde hábito rotinizara.
Sofre onde os outros ganham.
Aceita empregos que ninguém supunha.
Perde horas em coisas que só ele sabe importantes.
Engorda onde não deve.
Diz sempre na hora de calar.
Cala sempre nas horas erradas.
Não desiste de lutar pela harmonia.
Fala de amor no meio da guerra.
Deixa o adversário fazer o gol porque gosta mais de jogar do que de ganhar.
Diferente é o que aprendeu a superar o riso, o deboche, o escárnio e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.
Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, bonitos demais, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, feios, de roupas erradas, cheios de espinha, de mumunha, de malícia ou de baba.
Os diferentes aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além.
A estrela dos diferentes tem moradas deslumbrantes.
Que eles guardam para os poucos que forem capazes de os sentir e entender.
Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana de que os diferentes são capazes.
Não mexa com o amor de um diferente.
A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.

(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Todo Ponto de Vista é a Vista de um Ponto

"Ler significa reler e compreender. 
Cada um lê com os olhos que tem. 
E interpreta a partir de onde os pés pisam. 
Todo ponto de vista é a vista de um ponto. 
Para entender como alguém lê 
é necessário saber como são seus olhos 
e qual a sua visão de mundo. 
Isso faz da leitura sempre uma releitura. 
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. 
Para compreender é essencial 
conhecer o lugar social de quem olha. 
Vale dizer: como alguém vive, 
com quem convive, 
que experiência tem, 
em que trabalha, 
que desejos alimenta, 
como assume os dramas da vida e da morte 
e que esperanças o animam. 
Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. 
Sendo assim, 
fica evidente que cada leitor é sempre um co-autor. 
Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. 
Porque compreende e interpreta 
a partir do mundo que habita."

(Leonardo Boff)