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domingo, 26 de janeiro de 2014

De Repente

Por Elaine Matos
De repente tudo vai ficando tão simples que assusta.
A gente vai perdendo algumas  necessidades, antes fundamentais e que hoje chegam a ser insignificantes.
Vai reduzindo a bagagem e deixando na mala apenas as cenas e pessoas que valem a pena.
As opiniões dos outros são unicamente dos outros, e mesmo que sejam sobre nós, não têm a mínima importância.
Nada vai mudar.
De repente passamos a valorizar o que tem valor de verdade, e a amar de forma diferente de todas já vividas.
De repente vamos abrindo mão das certezas, pois com o tempo já não temos mais certeza de nada.
E de repente isso não faz a menor falta, pois o que nos resta é ser apenas feliz.
Percebemos que o hoje é apenas agora, e nada, absolutamente nada além disso.
Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado, mas sim a vida que cada um escolheu experimentar.
De repente não existe pecado, mas sim ponto de vista. 
O improvável passa a ser regra.
O extremo passa a ser meio termo, pois no dia a dia percebemos que nada é exato, e tudo chega a ser inconstante demais para ser determinante ou absoluto.
De repente o inverso vira verso.
Por fim entendemos que tudo que importa é ter paz e sossego.
É viver sem medo, e simplesmente fazer algo que alegra o coração naquele momento.
É ter fé. E só.
De repente a saudade se torna um sentimento devastador e descobrimos que o coração fala mais alto, então este sentimento único e profundo fica acima de qualquer razão.
De repente tentamos compreender sentimentos, jamais compreensíveis aos olhos de outras pessoas.
Descobrimos o verdadeiro valor da verdade e com ela chega a plena certeza de que ter dignidade, transparência e retidão de caráter são qualidades obrigatórias para se viver bem com os outros, com o mundo e, principalmente, consigo mesmo.
De repente descobrimos que os planos traçados e escolhidos por nós são unicamente nossos, pois de repente, em meio aos nossos planos, chegam as escolhas de Deus.

Elaine Matos é Jornalista, Publicitária e Radialista (elaine@cbanoticias.com)

Retirado de: http://www.cbanoticias.com/web/index.php/artigos/2266-de-repente

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Sobre Ler

"Ler é amarrar-se a outras circunstâncias e fraternizar-se com ela.
Ler é tomar fôlego, face aos mistérios e enigmas que configuram o direito à vida.
Ler é resignar-se diante da democracia do tempo que corre sempre.
Ler é descobrir-se na experiência do outro.
E, muito mais, ler é experimentar os deslimites da liberdade e equilibrar-se no mundo, tomando como alicerce as sutilezas das divergências.
Ler é o preço que pagamos por sermos alfabetizados.
Ter em mãos o livro literário é defrontar-se com o desequilíbrio.
É bom que assim seja.
Capaz de inaugurar reflexões a literatura nos estimula a buscar outros prumos, a perseguir outras ilusões, a nos dobrarmos sobre nossos limites, e descobrir a fragilidade como sendo a nossa condição possível.
É certificar-se de que são muitos os significantes.
Ter em mãos um livro é inscrever-se nas orações que configura o texto literário.
Ler é povoar o silêncio, é reconhecer-se como um ser propício a solidão, que procura encontros, coesões, laços."
(Bartolomeu Campos de Queirós)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

As Ideias Dominantes Numa Época são da Classe Economicamente Dominante

Para Marx não há verdades eternas ou metafísicas que percorram a história das sociedades humanas à margem das transformações que a vida dos homens sofre.
Todas as ideias que os homens produzem são «acontecimentos históricos», resultam de uma evolução histórica: são dominantes numa determinada época e deixam de o ser noutra, estando intimamente ligadas à evolução das condições concretas de vida dos homens.
Vimos acerca das duas dimensões essenciais de uma sociedade que a infraestrutura (a base econômica ou real) condicionava a superestrutura (as formas de consciência, as ideias, os valores).
Aquilo que os homens pensam acerca de si, da sociedade e do mundo é influenciado pelas suas condições materiais ou econômicas, pelo modo como estão inseridos nas relações de produção que se dão numa sociedade historicamente determinada.
Ao longo da história e excetuando uma fase incipiente — o comunismo primitivo — as relações de produção têm sido relações de desigualdade econômica. A evolução econômica das sociedades — a passagem de um modo de produção a outro — está na origem da divisão da sociedade em classes
As classes são grupos de indivíduos com interesses econômicos antagônicos que, no interior das relações de produção, possuem um estatuto diferente a respeito da propriedade dos meios produtivos: a classe economicamente dominante num certo modo de produção é aquela que possui a propriedade privada dos meios produtivos, negando assim à outra esse estatuto.
Assim, no modo de produção feudal — essencialmente agrícola — a classe economicamente dominante é aquela que possui a fonte produtora de riqueza: a terra. Essa classe é a nobreza.
Em geral, aqueles que não possuem esse meio produtivo por excelência estão reduzidos à servidão.
Se passarmos do modo de produção feudal ao modo de produção capitalista — essencialmente industrial — a classe economicamente dominante é aquela que possui em exclusivo os meios de produção de riqueza (fábricas, minas, máquinas, meios de transporte, etc).
O que há de comum entre estas duas classes, entre a nobreza feudal e a burguesia industrial? O que aproxima duas classes cujo domínio se exerceu em épocas diferentes (a burguesia mediante a revolução industral retirou à nobreza o seu estatuto de classe dominante)?
Quem possui os meios de produção pode pôr ao seu serviço, submeter à sua vontade e ao seu interesse, aqueles que, não os possuindo, se veem obrigados para sobreviver a vender ou alienar a sua força de trabalho.
A classe economicamente dominante, em determinada época, tem sempre ao seu dispor um grande número de homens cujo trabalho não só lhe garante a subsistência e a riqueza como também a deixa disponível para um outro tipo de produção que não a material: a produção intelectual.
Por outras palavras, certos membros da classe economicamente dominante, libertos da necessidade de se empenharem na produção material da sua vida, podem dedicar-se ao trabalho intelectual, à elaboração de teorias ou doutrinas acerca do mundo, da sociedade, do homem, etc.
Por isso não é de admirar que Marx denuncie que as ideias dominantes numa determinada época são as ideias da classe economicamente dominante, ou seja, que quem controla os meios de produção material exerce o seu domínio sobre a produção mental ou intelectual. E porquê denunciar tal fato?
Porque as doutrinas ou concepções da classe dominante são apresentadas como se não fossem suas, isto é, como se fossem universais ou não condicionadas por interesses particulares. Os produtores dessas ideias dão-nos a impressão de falar em nome da razão humana universal.
Segundo Marx devemos suspeitar desta aparente objectividade. Com efeito, nessas doutrinas ou teorias pretensamente autónomas ou objectivas, os intelectuais da classe dominante, muitas vezes sem disso terem explícita consciência, exprimiam o interesse da classe a que pertenciam.
Tais ideias, apresentadas, consciente ou inconscientemente, sob o disfarce de leis da natureza e de princípios morais e religiosos absolutos (imutáveis, como se não tivessem história), tendem a ser encaradas como verdades eternas pelos próprios oprimidos.
Segundo Marx, elas refletiam os interesses econômicos e políticos da classe dominante. Apresenta--se o interesse da classe dominante como verdade natural, universal ou absoluta. Qual o objetivo?
Nega-se idealmente a razão de ser dos conflitos e contradições existentes numa sociedade determinada, fomentado-se assim uma atitude conformista em relação ao estado de coisas vigente.
Não dizia Aristóteles que uns homens nascem para mandar e outros para serem mandados?
Não refletirá esta ideia os interesses econômicos da classe dominante que vivia do trabalho de escravos?
O mesmo Aristóteles afirma que o ideal de vida próprio do homem é a vida contemplativa. Esta ideia, conjugada com a anterior, traduz o desprezo pelo trabalho manual, considerado como condição natural ou destino de homens inferiores.
Quer Aristóteles disso tivesse consciência ou não, estava no plano das ideias a traduzir o interesse da classe dominante em perpetuar uma organização social fundada no modo de produção escravagista.



terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Podemos Seguir Pelo Caminho Espiritual e Continuarmos com as Atividades da Vida Diária?

É um vulgar falso conceito no Ocidente achar que orientação espiritual significa o abandono de tudo que a gente fazia anteriormente.
A inverdade disto é brilhantemente ilustrada pela vida de Lahiri Mahasaya, um grande sábio da índia do século XIX. Ele trabalhou grande parte de sua vida como ferroviário, mesmo depois de ter atingido total iluminação e união com o Ego. Passava as noites em profunda meditação, harmonizando-se com a Consciência Cósmica, enquanto passava as horas do dia, sem lamúrias, num pequeno escritório de estrada-de-ferro, realizando suas atividades interiores e as do mundo exterior.
A mensagem do Oriente, a que se deveria dar atenção no Ocidente, é esta: quando estás espiritualmente orientado/libertado, podes continuar fazendo parte do fluxo dos acontecimentos, vivendo o dia-a-dia, mas serás menos afetado pelas marés da emoção que estão necessariamente vinculadas à maioria das ações humanas.
No estado egocêntrico, a tensão e a ansiedade resultam em mal-estar e angústia. Para mitigar esta angústia, vamos buscar alívio nas distrações. As distrações dão alívio temporário, mas de nada servem para livrar-nos do mal-estar que retoma sempre que outra situação nos angustia. Vagando nesse oceano de experiências com as suas ondas de atividades egocêntricas, experimentamos repetidos períodos de sofrimento, seguidos de períodos de alívio temporário.
O Caminho Espiritual é um modo de prolongar a paz de espírito através da libertação das emoções que produzem tensão. As pessoas espiritualmente orientadas não se rendem aos sentimentos de ansiedade ou desespero, sabendo que se trata de estados de espírito negativos, egocêntricos, que consomem energia e desviam a nossa atenção na busca da paz de espírito.
O que podemos aprender dos sábios do Oriente pode auxiliar-nos a escapar da desordem dos constrangimentos mentais, permitindo-nos refletir sobre as razões do nosso sofrimento.
Há várias abordagens, filosofias e religiões no Oriente, mas a iluminação e a libertação constituem as metas do caminho espiritual. Todos os caminhos verdadeiros são o Caminho e levam, quem os procura, ao mesmo estado de espírito e à Pura Luz Radiosa da Consciência Universal.

(A Sabedoria do Oriente, Ellen Kei Hua, Ediouro, 1982)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Sobre Aceitação e Rejeição

Ser rejeitado ou aceito é uma coisa. Sentir-se rejeitado ou aceito, apegar-se à ideia de rejeição ou de aceitação, já é outra coisa bem diferente. De tudo isso, somos forçados a concluir que os sentimentos de rejeição ou de aceitação não passam de estados mentais sobre determinadas realidades. O que aprofunda o dualismo, o conflito entre o sujeito e o objeto. Entre a coisa ou o fato e o que pensamos e sentimos.
Se uma pessoa não gosta de mim, isto é um fato que está no eu dessa outra pessoa, não em mim. É a outra pessoa, não eu. Agora, quando eu sinto em mim e não gostar do outro, quando me aborreço com o fato de outro tira gostar de mim, aí meus sentimentos passam a existir em função dos sentimentos do outro. E o mesmo com relação ao fato de um outro gostar de mim.
Como, por conta própria, não temos muita certeza se somos ou não o que imaginamos ser, precisamos da aceitação dos outros para confirmar. Daí a necessidade de nos apegarmos ao sentimento de rejeição ou de aceitação. E quanto mais o homem cultiva o seu eu, se fecha em si mesmo, mais ele tem a necessidade de ansiar pelo aplauso e de temer a vaia. Porque ao se apegar demais a si mesmo, só pensar em si mesmo, o homem está ao mesmo tempo procurando uma definição para o seu ser.
Quem se fecha em si mesmo não é, como parece, alguém que não liga para a opinião dos outros, mas quem está mais necessitado dela.
Se não tivermos na mente as ideias contraditórias de aceitação e rejeição, seremos aceitos por quem tiver necessidade de nos aceitar e rejeitado por quem tiver necessidade de nos rejeitar. Só isso.
Somos aceitos ou rejeitados de acordo com circunstancias determinantes e não porque sejamos essencialmente uma entidade aceitável ou rejeitável. Mas seremos entidades aceitáveis ou rejeitáveis se colarmos em nós esses rótulos. É sabido que uma pessoa apegada a ideia de rejeição induz os outros a rejeitá-la
Quando temos, a priori, o conceito de sermos rejeitados, nos fica difícil compreender a realidade circunstancial da rejeição.


(Nelson Coelho, Zen: Experiência Direta de Libertação, Editora Itatiaia, 1978.)

domingo, 12 de janeiro de 2014

Sobre a Busca de Deus, Carma e Iluminação


Por Gerta Ital
Desde que o homem começou a pensar, existem demandantes que procuram a iluminação e encontram-na. A cadeia jamais foi rompida, mas a única coisa que chegou até nós foram os nomes dos mestres do zen de maior fama. A grande maioria dos que chegaram à iluminação é formada por anônimos.
O homem vem procurando Deus desde a aurora da história: nas cavernas da Idade da Pedra, na América do Norte dos tempos antigos, muito antes da chegada do homem branco, no culto da “Grande Mãe” da Europa, no culto de Ísis e Osíris do Egito e, posteriormente, nas chamadas Religiões Universais. E não importa onde nem em que condições, sempre que o homem procurou Deus, encontrou-o. Mesmo antes de construir um templo para o Divino ou para os atributos dele, que eram os deuses, nunca houve um único lugar desta Terra em que o Homem não estivesse orando, procurando e meditando. Em nossa Terra, onde quer que ponhamos os pés, estamos pisando em solo sagrado.
Não há como negar a verdade miraculosa do seguinte: desde tempos imemoriais o homem sempre carregou em si a centelha divina, e sempre conseguiu perceber o potencial divino que há em si próprio. A expressão exterior desta percepção pode ter sido diferente em épocas diferentes e em sociedades diferentes, mas sempre existiu. Na realidade, o homem é imortal.
Nossa tarefa, que é desejo de Deus, é despertar a centelha interior e, se possível, abaná-la para obter uma chama bem grande. A eterna pergunta é: "Como?" O melhor meio de começar é fazer um exame objetivo da situação em que você se encontra, tomando muito cuidado para não permitir que nenhuma emoção distorça suas observações.
Depois, independentemente de sua situação ser boa ou má, satisfatória ou insatisfatória, sua próxima tarefa é aceitá-la. Este é o primeiro obstáculo grande a ser transposto, e só pode ser transposto se você conhecer a natureza do carma.
A situação em que nascemos, nossos pais, o ambiente e a profissão que temos, tudo é determinado pelo carma, isto é, tudo é fruto do que fizemos nas encarnações anteriores a esta. Tendo compreendido perfeitamente isso, você vai começar a ver que, na realidade, está exatamente onde precisa estar, e na Terra não há outro lugar mais adequado a você nesta fase de seu desenvolvimento, mesmo que agora não lhe pareça que tudo está tão satisfatório assim. Compreender isso é o começo da aceitação.
O ponto que precisa ser reforçado a seguir é que você tem de aceitar seu carma incondicionalmente, sem nenhum "e se..." nem "mas..." Tudo tem que vir do coração. Não cometa o erro de esperar que as coisas vão melhorar se você se obrigar a “aceitar”: isso não vai adiantar absolutamente nada. Você tem de entender de verdade e aceitar de verdade, completamente. Mas depois de conseguir isso pode estar certo de que já superou o maior dos obstáculos do caminho Tenho que confessar que não é nada fácil, por que exige muita intuição e resistência interior, mas a recompensa é incrivelmente grande. (...)
Depois de conhecer bem a própria situação e aceitá-la, o terceiro passo do caminho é começar a livrar-se do carma que você trouxe das vidas anteriores. Não se importe em saber se o carma de agora é bom ou não; todas as pessoas que fazem parte do drama de sua vida estão aqui para equilibrar tudo que aconteceu antes; e cada ator tem alguma coisa a aprender.
Geralmente, as relações cármicas que há nas famílias, entre pais e filhos ou entre irmãos e irmãs, são extremamente negativas. Tanto são que infelizmente as pessoas que tomam parte nesse tipo de relacionamento começam não querendo ou não conseguindo examinar melhor seu próprio carma.
Se você está nessa situação, precisa entender que tem de encará-la; acontece que não há outra saída. O caminho para Deus, que você está ansiando por encontrar, só vai ficar livre quando você jogar fora o carma que veio junto consigo para esta vida. Literalmente falando, o carma é um obstáculo que há no caminho, um obstáculo que você não pode contornar nem saltar. Você Tem de enfrentá-lo e negociar com ele; de outra forma, não consegue continuar. Apesar de tudo, não é tão difícil como parece no começo. E uma simples questão de perseverança e paciência. (...)
Ao mesmo tempo, você precisa esforçar-se para apagar todos os pensamentos negativos que tiver em relação aos outros, especialmente as pessoas que encara como inimigas. Provavelmente vai verificar que pensa demais nisso, com uma intensidade muito grande; o fato é que os hábitos e as emoções entranhadas em você resistem muito a mudar. Mas, por mais paradoxal que pareça, trata-se de um ótimo sinal. É uma indicação, embora negativa, de que alguma coisa começou a movimentar-se em seu mundo interior. A pergunta seguinte é: "Como se deve lidar com os pensamentos negativos desse tipo?" A tendência inicial do principiante, que tem de ser evitada a qualquer custo, é suprimir esses pensamentos. Logo que você perceber estar pensando mal de alguém, simplesmente ordene-se para pensar bem, sem imaginar o que pode acontecer depois. Concentre-se em formar um pensamento positivo, sem procurar lutar contra o pensamento negativo. Por exemplo, você poderia dizer algo como: "Desejo que tudo esteja bem com ele (ou com ela)".
Os pensamentos negativos nos chegam com certa regularidade e, cada vez que um deles chegar, você deve equilibrá-lo com um pensamento positivo. Se persistir em fazer isso durante alguns meses, vai perceber que os seus pensamentos negativos ficam cada vez menos frequentes. Com o decorrer do tempo, vai admirar-se quando vir que todo o problema que havia com a pessoa em questão simplesmente se dissolveu no ar, e os sentimentos de repulsa e raiva que haviam pesado em você se transformaram em equanimidade. Essa descoberta sempre é acompanhada de um sentimento de beatitude assombroso e indescritível, pois significa que já foi eliminada uma partícula de sua carga de carma. Duvido que a maioria das pessoas entenda exatamente a importância deste primeiro caso, pois as implicações verdadeiras disso estão além da compreensão humana. Mas isso não tem importância. Tudo que você real mente tem de saber é que agora está livre para se empenhar na tarefa seguinte,
Há uma coisa à qual você tem de resistir a todo custo enquanto estiver praticando estes exercícios e posteriormente: a tentação de confrontar seus “inimigos” com demonstrações sentimentais de amor. Esse tipo de ato constitui um obstáculo para o progresso, pois são coisas motivadas por desejos e anseios humanos que, como tais, só conseguem produzir resultados negativos Um exercício espiritual silencioso é muito mais eficiente do que 100 mil boas ações. O motivo disso é que todo aio físico produz uma reação igual e isso cria mais carma. Só a “ação” espiritual dissolve o carma em vez de criá-lo.
Se você quiser aproximar se mais do divino, primeiro precisa libertar-se de sua carga de carma, começando com o carma que consegue ver e reconhecer. Depois, o restante se revelará por si.
Você pode perguntar: "E quanto a meu inimigo? Ele é tão responsável pela situação quanto eu. Por que não faz nada? Por que só eu tenho que agir?” A resposta é que o “trabalho” de transformação espiritual sempre tem que ser feito por quem sabe. Se você recebeu a graça de ver e entender , você é a única pessoa responsável por efetuar a mudança necessária.
Um dos aspectos miraculosos deste processo de transformação bem separado da libertação da própria pessoa, é o fato de o inimigo da pessoa também ficar livre da carga de carma, ao menos no que diz respeito a situação em questão. Quando uma pessoa consegue eliminar os próprios sentimentos de ódio e o desejo de se vingar de ofensas imaginadas, uma parte do carma do inimigo também desaparece ao mesmo tempo.
Digo “ofensas imaginadas” por um bom motivo, pois na realidade não existe algo chamado ofensa. Injustiça é uma ilusão que desaparece logo que a pessoa compreende a lei do carma. Se tosse possível haver injustiça, se mesmo uma única pessoa tivesse de sofrer uma injustiça verdadeira, o universo não seria divino, seria um caos arbitrário.
No entanto, o fato de o universo ser de lato divino foi mais do que comprovado por todos os que procuraram e encontraram Deus, desde o início da história da humanidade. E esta não é a única prova: o simples fato de a raça humana ainda estar aqui, procurando, buscando e discutindo, apesar da terrível miséria e do desespero horrível em que vive a maioria das pessoas, demonstra que existe uma centelhinha minúscula de Verdade Eterna dentro de cada um de nós, sem exceção. Lá está ela, nós todos nascemos com ela e, independentemente dos infernos por que passamos, não pode ser destruída. Se pudesse, a humanidade teria morrido há muito tempo. Somente esta centelha do Divino, que liga tudo e todos, deu aos filhos e às filhas do homem a força para sobreviverem e prosseguirem no meio do desespero que os cerca. Visto neste contexto, o desespero do homem não é simplesmente desespero, é também uma parte do processo de purificação.
Se você proceder como descrevi acima, vai verificar que consegue muita coisa por conta própria, desde que persista com paciência. Tendo conseguido libertar o coração do maior obstáculo ao progresso (ou seja, das formas mais pesadas do carma, que implicam seu relacionamento com o ambiente e com as pessoas que estão a seu redor, ou de outros obstáculos que poderá descobrir no decorrer de suas meditações), pode começar a trabalhar nas suas fraquezas e defeitos. Comece com seus defeitos maiores e mais óbvios e trabalhe neles devagar e com muita paciência, um de cada vez, seja eliminando-os completamente, seja transformando-os em propriedades positivas.
É possível efetuar todo este “trabalho preparatório” sem o auxílio de nenhum mestre. Se você for severo e honesto consigo mesmo, a centelha divina que há em si virá em seu auxílio, capacitando-o tanto a encontrar os obstáculos de seu caminho como a eliminá-los. Cada passo bem sucedido dessa viagem para Deus vale os esforços de uma vida inteira. Esta autodisciplina é difícil, mas possível. Qualquer pessoa consegue mantê-la. Posso confirmar isso por experiência própria, pois eu mesma fiz isso.

(Gerta Ital, No caminho do Satori, Editora: Siciliano, 1992.)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Casamento: Modo de Usar

Por Diego Engenho Novo
 Case-se com alguém que adore te escutar contando algo banal como o preço abusivo dos tomates, ou que entenda quando você precisar filosofar sobre os desamores de Nietzsche.
Case-se com alguém que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar; ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância, quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando. Observe se não há desespero ou  insegurança no silêncio mútuo, assim sendo, case-se.

Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer, é rir de si mesmos. E não há nada mais cruel do que estar em apuros com alguém sem espontaneidade, sem vida nos olhos.

Case-se com alguém cheio de defeitos, irritante que seja, mas desconfie dos perfeitinhos que não se despenteiam. Fuja de quem conta pequenas mentiras durante o dia. Observe o caráter, antes de perceber as caspas.

Case-se com alguém por quem tenha tesão. Principalmente tesão de vida. Alguém que não lhe peça para melhorar, que não o critique gratuitamente, alguém que simplesmente seja tão gracioso e admirável que impregne em você a vontade de ser melhor e maior, para si mesmo.

Para se casar, bastam pequenas habilidades. Certifique-se de que um dos dois sabe cumpri-las. É preciso ter quem troque lâmpadas e quem siga uma receita sem atear fogo na cozinha; é preciso ter alguém que saiba fazer massagem nos pés e alguém que saiba escolher verduras no mercado. E assim segue-se: um faz bolinho de chuva, o outro escolhe bons filmes; um pendura o quadro e o outro cuida para que não fique torto. Tem aquele que escolhe os presentes para as festas de criança e aquele que sabe furar uma parede, e só a parede por ora. Essa é uma das grandes graças da coisa toda, ter uma boa equipe de dois.

Passamos tanto tempo observando se nos encaixamos na cama, se sentimos estalinhos no beijo, se nossos signos se complementam no zodíaco, que deixamos de prestar atenção no que realmente importa; os valores. Essa palavra antiga e, hoje assustadora, nunca deveria sair de moda.

Os lábios se buscam, os corpos encontram espaços, mas quando duas pessoas olham em direções diferentes, simplesmente não podem caminhar juntas. É duro, mas é a verdade. Sabendo que caminho quer trilhar, relaxe! A pessoa certa para casar certamente já o anda trilhando. Como reconhecê-la? Vocês estarão rindo. Rindo-se.


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Perguntas e Respostas Sobre Almas Gêmeas

[Marcelo] Del Debbio, essa coisa de Alma gêmea existe mesmo ou é besteira?

@MDD – Besteira. Existem “Almas Afins” que são espíritos tão próximos da essência primordial que são complementares, mas estes só conseguem se reconhecer e se localizar se AMBOS estiverem muito próximos da Verdadeira Vontade de cada um… ou seja, gente problemática, ciumenta, doente, drogada, com vários problemas amorosos que procura a “alma gêmea” em outra criatura toda zoada através de pais de santo picaretas e amarrações NUNCA são almas gêmeas reais no sentido esotérico do termo.


Marcelo, pode falar mais sobre o casamento espiritual, ou é uma coisa que não dá pra sair divulgando assim?

@MDD – O chamado “Casamento espiritual” é extremamente raro porque precisa de duas almas que estejam sintonizadas em Verdadeira Vontade compatível. Isso demanda que AMBAS as pessoas estejam com suas vidas em movimento (realizando ambas as VVs) e dentro da vibração das oitavas altas do que quer que tenham se proposto a fazer neste planeta. As doutrinas espíritas e cabalistas vão falar em “merecimento” mas isso é só semântica… você atrai o que você está vibrando… para duas almas gêmeas se encontrarem, AMBAS precisam estar no mesmo patamar de vibração, e só conseguirão isso se ambas estiverem próximas do Eu Superior (a vibração em sintonia com a Verdadeira Vontade)… Alguém que vai em uma casa desses picaretas fazer “amarração” em outro fulano COM CERTEZA ABSOLUTA não está nessa faixa de vibração.
Então a dica para arrumar o “amor da sua vida” é realizar a verdadeira Vontade e torcer pra sua alma gêmea também estar fazendo a parte dela…



Você faz amarração? Estou procurando alguém que faça. Tô sofrendo muito. Dá para fazer pela internet? Se puder por favor te peço tua ajuda (sic)

@MDD – Repetindo as palavras da Caroline Scodeler: “Por que você não tenta fazer o seu amor próprio e a sua vergonha na cara voltarem pra você? Quer dizer que você tem direito a sua liberdade e ela não tem? Eu vou fazer um trabalho, sim, mas é pra foder com você e jogar teu espírito no umbral quando você morrer. Aí tu vai ver como é bom ser escravo. Nada mais justo, já que você quer tanto assim escravizá-la.
Deve ter sido por essa fraqueza moral, consciencial e espiritual tua que ela te largou. E fez muito bem. Seu bosta.
Espero sinceramente ter ajudado.”

(Nascido em 1974, Marcelo Del Debbio  é hoje considerado um dos maiores pesquisadores sobre Ordens Iniciáticas, Oráculos e Ocultismo no Brasil.)



“Educação para a Vida Deveria Incluir Aulas de Solidão”

Por Graça Taguti
Quem nunca sentiu em plena luz do dia o mundo cinzento e circunspecto à sua volta, levante a mão. As palavras saindo da boca sem ordem e sem juízo. O discurso atrapalhado, estendendo os braços por detrás de sentenças inteiras sobrepostas umas sobre as demais.

Brincadeira ainda verde de cabra-cega, esgueirando os restos de infância através de um corpo decididamente maduro. Quem nunca ansiou compor de quietude seus gestos e de apaziguamento sua mente? Confesse enquanto há tempo.

Afinal, qual a diferença entre solidão e o se sentir solitário?

Solidão é algo imenso, calmo, às vezes até grandioso. Uma nobreza ímpar — tingida, com frequência, de um lilás bem clarinho.  Uma cor que se mantém delicada e transparente mesmo em dias de vento forte. Em um de seus líricos desabafos, Machado de Assis sentenciou: “Desesperado, cuidei que o ar e a solidão me aplacassem o ânimo”.

Os dicionários comentam da qualidade feminina e substantiva da solidão. Entretanto, há controvérsias que se agitam nas definições. Alguns arriscam entendê-la como um “estado de quem está totalmente só; imerso em Isolamento moral e interiorização espiritual”. Outros atribuem modalidades ásperas, ariscas, queixumes de abandono a esta palavra, que se preenche inteira de suas singulares percepções.

Estados particulares de experimentar momentos quase orientais de aprofundamento e introspecção.  Um mergulho calmo e visceral, recheado de possibilidades de se constatar como alguém único.

Faremos agora um passeio pelo cotidiano. Pela existência opaca de muitos de nós, enfiados frequentemente em relacionamentos sem eco e sem ruídos. A não ser diante das sublevações caseiras, em cujo contexto antecipam-se fagulhas de raiva acumulada, impropérios contra a falta de dinheiro, negado pelo marido para as multicompras sonhadas naquele shopping sofisticado e  inaugurado recentemente.

“Eu quero, eu preciso daquele vestido!” a mulher se exaspera, ameaça iniciar um escândalo a varejo, dentro do quarto e sala sem varanda, e nem vaga de garagem. Um antigo ditado sentencia: “antes só do que mal acompanhado”. Mas quem aguenta a própria e mirrada companhia, confundida com uma legião de avatares dispersos nas comunidades de infinitas redes sociais.

Admita: você nunca se multiplicou em tantos personagens, nos dias atuais e nem se sentiu tão sozinho. São as frágeis promessas da vida virtual que o cercam, enroscadas em carências de todos os tamanhos e procedências.

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Não é vergonha, porém, flagrar-se habitando um imóvel vazio, tedioso e mofado que é o seu próprio corpo. Mais que depressa, entretanto, em regime de semi-histeria, e diante de desalentadora situação, a ordem é cobrir-se  de tatuagens estranhas, algumas agressivas, bizarras,  iconoclásticas.  Outras simbolizando seres míticos, tracejados por dragões, serpentes e guerreiros medievais.
Conferir um upgrade na potência de existir, afinal, faz bem à vaidade, e também, a um difuso sentimento de insegurança. Introduzir piercings e próteses debaixo da pele, adereços de contornos surreais, traduz-se em gesto solidário para combater a própria solidão.

Imiscuir-se no álcool e em outras deleitáveis drogas traz um conforto sem precedentes a tantas criaturas toscas que vagueiam pelas noites à espreita de minguados e provisórios contatos físicos. Porque convenhamos, agora você tira sarro é do seu smartphone, dos tablets e gadgets afins ávidos de sua plena atenção.

O casal almoçando aos sábados sempre no mesmo restaurante — há alguns anos ungido pelo sagrado exercício do matrimônio, mas sem emitir qualquer som, durante o pretenso momento de lazer, é digno de registro. As conversas, convém elucidar, foram esquecidas no sótão da casa onde moram, junto a utensílios em desuso.

Separação? Nem pensar. Imagine o que os casais amigos, as famílias em comum comentarão do fracasso conjugal? Sorrir é preciso, a qualquer preço — ainda que o esgar desarticulado no rosto sem esperanças resulte de antidepressivos. Transmitir alegria a dois — mais um dentre os indiscutíveis deveres sociais.

“Antes mal acompanhado do que só” —  é a máxima vigente nos mínimos intercâmbios cotidianos. Decidir pela separação assemelha-se para muitos a um ato deplorável. Nada mais lamentável e desolador, resolver quebrar as algemas daquela funesta união.

Poucos são os que fruem de uma solidão próspera, rica de pormenores tão íntimos quanto os discretos recantos da alma. Solidão grávida de inventividade, carisma, originalidade e prazer, por que não?

A solidão fecunda, enraizada nos jardins das legítimas escolhas pessoais gera milagres, encantos, deliciosas  singelezas. Talvez quase ninguém se dê conta disso, nesta “Era do Vazio”, título, aliás, de uma obra do  pesquisador Gilles Lipovetsky,  centrada no  hipernarcisismo e individualismo contemporâneos.

Sentir-se solitário, entretanto, faz-se acompanhar de muletas de toda espécie. Drogas, sexo indistinto e em profusão, gula gigantesca, fala interminável, saídas compulsivas para programas em todos os lugares, apenas com o intuito de se livrar da própria tenebrosa e asfixiante companhia.

Os eremitas, anacoretas, monges silentes deslizando por mosteiros enormes soam incompreensíveis às regras de bem-viver coletivo, delineadas pelas instituições, família, escola, igreja, antes mesmo de nascermos.

A solidão para muitos significa exílio e prisão. Sem entender que estes  raros e consentidos encontros devem ser  brindados especialmente  Com um champanhe dos deuses, sorvido prazerosamente em taças do mais puro cristal francês.

Título tomado de empréstimo de Mauro Santayama. Ilustração: Mary Jane Ansell.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A Perfeição Não Existe!

Por Allan Watts
"(...) Para o Taoísmo, tudo o que está absolutamente tranquilo ou absolutamente perfeito está completamente morto, pois o que não tem mais a possibilidade de crescimento e de mudança não pode ser o Tao.
Na realidade, nada há no universo que seja inteiramente perfeito ou completamente tranquilo; só na mente dos homens é que esses conceitos nasceram, e são exatamente esses conceitos que, de acordo com o taoísmo, constituem a raiz da miséria humana.
Pois o homem se apega às coisas na vã esperança de que elas possam permanecer imóveis e perfeitas; ele não se reconcilia com o fato da mudança; ele não deixa o Tao seguir o seu curso.
Assim, Lao Tzu e seu grande expoente Chuang Tzu ensinaram que a mais elevada forma do homem é a do que se adapta e mantém o passo com o movimento do Tao.
Somente esse homem poderá achar a paz, pois o fato de o homem notar e lamentar a mudança mostra que ele próprio não está se movendo com o ritmo da vida.
O movimento só é notado em relação a algo que esteja relativamente tranquilo, mas essa é uma falsa tranquilidade, pois cria atrito com o que está em movimento.
Se o homem acertar o passo com o Tao, encontrará a verdadeira tranquilidade, pois então estará se movendo com a vida e não haverá o atrito.
Essa doutrina pode degenerar facilmente num mero laissez-faire, e, assim, o taoísmo eventualmente se tornará um simples fatalismo, ao passo que o ensinamento original está muito longe disso. Pois, conjugado com a doutrina do Tao, está o ensinamento do wu-wei, o segredo de dominar as circunstâncias sem nos envolvermos com elas.
Wu-wei tem sido traduzido por muitos eruditos ocidentais como não-ação e num adulterado taoísmo recebeu o mesmo significado. Atualmente, é o princípio subjacente do jiu-jitsu – uma forma muito bem-sucedida para dominar o oponente numa luta -, o princípio de lidar com uma força que se opõe a nós de tal maneira que ela seja incapaz de nos fazer mal, e, ao mesmo tempo, mudando a sua direção, empurrando-a por trás em vez de tentar resistir a ela frontalmente.
Assim, um mestre perito da vida nunca se opõe às coisas; nunca tenta mudar as coisas tentando se afirmar contra elas; ele cede à sua plena força, ou a impele ligeiramente para fora da sua linha direta, ou então move-a na direção oposta sem nunca opor-se diretamente a ela. Isso quer dizer que ele trata as coisas de forma positiva; provoca-lhes a mudança ao aceitá-las, ele as aceita confiantemente, nunca com uma negativa brusca.
Talvez wu-wei possa ser mais bem compreendido pelo seu contraste com o seu oposto, yu-wei. O caráter para yu compõe-se de dois símbolos - mão e lua -, significando, assim, a ideia de capturar a lua como se ela pudesse ser capturada. Mas a lua impede qualquer tentativa de submissão e nunca fica parada no céu; além do mais, nenhuma circunstância pode impedir suas mudanças, apesar de tentarmos segurá-la conscientemente.
Portanto, enquanto yu significa tentar captar o que é ilusório (e a vida como o Tao são essencialmente ilusórios), wu não é somente "não segurar", mas também É aceitação positiva da ilusão e da mudança.
Assim, a mais elevada forma do homem transforma-se num vácuo, de forma que todas as coisas são atraídas por ele; ele aceita tudo, até que, ao incluir todas as coisas, torna-se o seu mestre. Trata-se, portanto, do princípio de controlar as coisas entrando em harmonia com elas, do lomínio através da adaptação."

(Allan Watts – O Espírito do Zen - Coleção L&PM Pocket, 2008)

domingo, 5 de janeiro de 2014

Conselhos Realmente Úteis que Ninguém Dá

Que o mundo não é colorido, acho que você sabe. Mas que as pessoas gostam de enfeitar, ahhh.. isso gostam, poucas as pessoas que sabem como dizer as verdades quando realmente precisamos ouvi-las.

#1
Pessoas que ferram qualquer um, vão mais que provavelmente pisar na sua cabeça pra ferrar qualquer um. Afaste-as da sua vida.

#2
Algumas pessoas acham normal te julgar… tente não ser como elas. E as ignore.

#3
As coisas mais bonitas da vida são inúteis.

#4
Não force seus amigos para as suas coisas… Deixe que eles busquem e gostem se quiserem.

#5
Ninguém se importa com as duas semanas que você “viveu” na America/Europa/Asia… Pare de ficar se gabando.

#6
Filmes pornô e Disney, são responsáveis pelos seres humanos mais frustrados que conheço.

#7
Ser bem sucedido tem significado diferente para cada pessoa. Respeite isso.

#8
As vezes, foda-se (vai se foder) é a melhor resposta. Mas não sempre… infelizmente.

#9
Está tudo bem em relação a mudar sua opinião sobre pessoas ou coisas da sua vida… Apenas tente manter a coerência.

#10
Não espalhe sua raiva pela internet, é idiota e todos vão poder dizer que você faz isso porque tem um pinto pequeno.

#11
Sempre use uma peça íntima bacana, você nunca sabe quando pode tirar a sorte grande ou precisar de um médico.

#12
Não reclame da sua vida porque não tem um carro, ou a casa que gostaria… não ter sorte significa outra coisa.

#13
Fato: Grande empresas vão sugar seu sangue e alma… Tente evita-las.

#14
É bom ter grandes esperanças e expectativas, mas mantenha-as de forma lógica.

#15
Você não é tão estranho quanto acha que é… Todo mundo se sente diferente dos outros.

#16
Você não pode se livrar dos seus medos… Mas pode aprender a viver com eles.

#17
Boa imaginação é sinal de inteligência.

#18
Não confie em pessoas que não confiam em ninguém.

#19
Culpa é um sentimento inútil.

#20
Você não precisa da permissão de ninguém para fazer o que acha que é o melhor para você.

#21
A realidade é superestimada.

#22
Algumas vezes, desistir é a decisão mais corajosa.

#23
Refletir demais pode te levar a conclusões equivocadas.

#24
Ninguém vai conceder seus desejos, o melhor é você mesmo fazer eles acontecerem.

#25
Sua pior suspeita está correta… Todo mundo menos você está transando agora.

#26
Pessoas que sempre falam a verdade, independente de quão dolorida for, são babacas. Fim da história.

#27
Ser Indiferente mas com educação, é sexy.

#28
Faça como se não houvesse chances de errar.

#29
Ingenuidade pode ser perigosa.

#30
Ninguém fica realmente mantendo o controle de quantas vezes você errou… então relaxa porra.

#31
Quando a maioria dos bares da cidade estão mais limpos que a sua casa, é hora de fazer uma limpeza… ou de ir para os bares.

#32
Sempre vai ter alguém mais bonito e feio que você. Aceite isso e viva…

#33
Pensar muito sobre um problema, não vai necessariamente torna-lo mais fácil de resolver.

#34
Aceite o fato que vai errar um pouco tentando fazer algo novo, então vai ser muito mais fácil.

#35
Sempre tem um modo melhor de expressar a sua opinião.

#36
Apressar-se nunca é uma boa ideia

#37
“Oi”é a palavra mais poderosa contra solidão

#38
Pessoas que tentam bravamente parecer duronas, muitas vezes são as que mais precisa de afeto.

#39
Cerque-se de coisas e pessoas que te inspiram.

#40
Coisas são somente coisas. Não se apegue a elas.

#41
Se você sempre tenta parecer inteligente, vai acabar parecendo estúpido.

#42
Encontre alguém que consiga rir com você sobre tudo e o resto vai ficar bem.

#43
Devagar é o novo rápido. E incrível também.

#44
Ser normal é provavelmente a coisas mais fraca que você pode tentar (ser).

#45
Coisas que são difíceis de falar, são normalmente as mais importantes.

#46
Se desafie um pouco todos os dias.

#47
Qualidade ganha da quantidade.

#48
Não é uma coincidência que as pessoas mais admiráveis são também as mais modestas.

#49
Moda e tendência são bobagens. Não deixe-as te enganar.

#50
Confie nos seus instintos.

#51
Não se leve tão a sério

#52
Nenhuma marca é sua amiga.

#53
Os problemas da sua família não são os seus.

#54
Esteja aberto a coisas novas.

#55
Não esconda nada e então não terá nada a esconder.

#56
Pessoas que só te ligam quando precisam de alguma coisa, não são seus amigos.

#57
Dormir é a coisas mais saudável que se pode fazer sem fazer nada.

#58
Ninguém ouve os barulhentos.

#59
Sempre seja você mesmo, a não ser que seja um idiota arrogante.

#60
Diversão é um conceito relativo.

#61Seu salário não determina o quanto você é bom como pessoa.

#62
Você não precisa participar da sacanagem de ninguém.

#63
Algumas vezes ser preguiçoso é bom para você.

#64
Reclamar não resolve nada.

#65
Mulheres tem tanto tesão quanto os homens. Elas só escondem a paudurecência melhor.

#66
Você não é especialmente preguiçoso… é apenas um mamífero.