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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sobre o Auto Conhecimento

Autoconhecer é autodestruir
Por Peterson
“A melhor maneira de alcançar o autoconhecimento não é pela contemplação, mas pela ação.” - Goethe

Adentrar no universo do autoconhecimento parece ser algo fácil. “Basta comprar uns livros de auto-ajuda, acender alguns incensos, meditar por algumas horas por dia e está tudo certo” dizem alguns… Ledo engano, digo eu. Mergulhar no âmago de si mesmo é um processo árduo, e sou capaz de afirmar que em 99,99% das vezes é uma tarefa dolorosa, desanimadora, deprimente e, em muitos casos, dura pouquíssimo tempo.

Espera aí, você vem falando todo esse tempo sobre autoconhecimento e agora joga esse balde de água fria?

Muito pelo contrário! O que acontece é que muito se fala de autoconhecimento como se fosse uma coisa fácil de se fazer. Como se revirando o baú interior você só encontrasse boas lembranças, qualidades e oportunidades quando, na maioria das vezes, o que se encontra é justamente aquilo que você insiste em esconder: seus defeitos, pontos fracos, negativismos…

É claro que não é só isso. Autoconhecer-se é também saber quais são suas habilidades, especialidades e apender como utiliza-las a seu benefício. Conhecer as ferramentas que você possui e aprender a utilizá-las a seu favor. Mas essa é a parte ”fácil”, o complicado é retirar os esqueletos do armário e coloca-los para dançar.

Hmmm… Entendi. Então você quer dizer que é muito mais do que ler o mapa astral?

De longe! Astrologia é uma das ferramentas existentes para isso, pois escancara muito daquilo que acontece sem você perceber, mas o desafio é saber interpretar o mapa com isenção e de forma correta, sem se perder nos arquétipos e suas oitavas, e não assumir como seu um comportamento que pode ou não ser tendência no seu mapa.

Buscar o autoconhecimento apenas fora de si mesmo é um erro crasso. Acreditar que uma pessoa além de você mesmo pode lhe dar as respostas que você precisa é pura ilusão. É claro que a visão que os outros possuem de você pode lhe ajudar a refletir em como você se apresenta para o mundo, mas reconhecer sua essência e aprender a dosá-la, em sua grande maioria, é um processo solitário, que exige dedicação, resistência e perseverança, pois a estrada é longa e sinuosa.

O que costumamos ver daqueles que dizem trilhar este caminho é uma exaltação de suas virtudes, escondendo de si mesmo todos os vícios e distorções do seu caminho. Na luz tudo é mais claro e de fácil visualização, muito diferente da escuridão, onde os monstros interiores se escondem e nem todos são fáceis de encontrar. A facilidade de uma leitura superficial ao invés de um mergulho na lama põe muito a perder nesse processo de busca interior… Não é a toa que a preguiça é o primeiro dos 7 “Pecados Capitais”.

Não exagere no otimismo e na superficialidade. Não caia na ilusão de que “o inferno são os outros”, e você é um incompreendido trilhando um caminho de iluminação. Também não busques mestres além do que seus próprios erros e acertos. Não espere que os outros evidenciam seus pontos negativos, pois geralmente o que eles veem são a sua casca, aquilo que você mostra para eles, e quem gosta de mostrar uma casa mal arrumada?

Também não seja pessimista. Utilize suas virtudes a seu favor já na hora de chafurdar na lama e domar seus medos e vícios. Já que elas são mais evidentes, aproveite-as como isca para pescar os tubarões.

Não há segredo senão a busca pelo equilíbrio.

“Busco-me e não me encontro. Pertenço a horas crisântemos, nítidas em alongamentos de jarros. Deus fez da minha alma uma coisa decorativa.” – Fernando Pessoa

Namastê!

Retirado de:

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Origem da Favela

Muitos que passam em frente a Central do Brasil, nem imagina o quando aquele aglomerado de casas atrás da estação, foi importante para a história do Brasil. 






Durante a Guerra de Canudos, as forças militares eram instaladas ao que hoje é o prédio atrás do comando militar do leste. Nesta guerra o governo prometeu aos soldados que quando eles voltassem iria providenciar moradias para eles, acabando a guerra os soldados acabaram se instalando atrás do prédio do comando militar, esperando as providências do governo, como nenhuma providência foi tomada até os dias atuais, o local ficou conhecido com Morro da Providência. 

Na Bahia os soldados conheceram uma planta africana chamada favela, por coincidência ao se instalarem no morro da providência encontraram a mesma planta, então começaram a chamar morro da favela. 

A favela é uma planta brasileira, típica da caatinga, tem espinhos na folhas e efeito urtigário, suas sementes são usadas como alimentos por animais e seres humanos e produzem um óleo semelhante ao óleo da mamona. A relação com o termo atual da favela é porque durante a Guerra de Canudos parte dos soldados ficavam acampado no Morro da Favela em barracos de lona.

Foi a primeira favela do Rio de Janeiro. Muitos historiadores dizem que foi a segunda , pois antes existia casas no morro Santo Antônio, porém as condições sanitárias do morro Santo Antônio eram proporcionais a época, e a toda a cidade.



terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Enso






















Enso é uma palavra japonesa que significa "círculo". Simboliza o absoluto, a iluminação, a força, elegância, o Universo e o vazio. Também simboliza a própria estética japonesa. O Enso é representado por um círculo feito com técnica de caligrafia oriental utilizando-se um único gesto em um movimento rápido com o pincel.

Retirado de: http://haikai.postbit.com/page/2/

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

12 Palavras Erradas Para Se Descrever num Currículo

Muito adotados em currículos, perfis em redes sociais ou em materiais promocionais, termos podem parecer pedantes

Imagine isso. Você conhece alguém novo e a pessoa pergunta “O que você faz?”

“Eu sou um arquiteto”, você diz.

“Ah, é mesmo?” ela responde. “Você projetou algum edifício que eu possa ter visto?”

“Possivelmente”, você responde. “Nós fizemos o novo prédio de alunos da universidade...”

“Uau”, diz ela. “É um belo edifício ...”

Sem se esforçar, você causou uma boa impressão.

Agora, imagine isso. Você conhece alguém novo e a pessoa pergunta “O que você faz?”

“Eu sou um inovador, dinâmico, apaixonado e motivado provedor de serviços de arquitetura com uma abordagem colaborativa para a criação e entrega de excelentes experiências top de linha para o cliente”, você responde.

Ok, então.

Você se descreve, em seu currículo, redes sociais ou material promocional, diferentemente da forma como o faz pessoalmente? Você abusa de clichês, adjetivos e superlativos?

Você escreve coisas sobre si mesmo que nunca teria a coragem de realmente dizer?
Aqui estão algumas palavras que são ótimas quando outras pessoas usam para descrevê-lo, mas que você nunca deve usar para descrever a si mesmo. A seleção é do consultor Jeff Haden para o site de carreiras americano Business Insider, do qual é colunista.

1. Inovador - A maioria das empresas afirmam ser inovadoras. A maioria, no entanto, não é. E tudo bem, porque ser inovador não é um requisito para ter sucesso. Se você é inovador, não diga isso. Prove-o. Descreva os produtos que você desenvolveu. Descreva os processos que você modificou. Dê algo real, pois assim sua inovação não é divulgada, é evidente.

2. Top de linha - Usain Bolt: velocista top de linha, medalhas olímpicas para provar isso. Lionel Messi: jogador de futebol top de linha, quatro prêmios de melhor do mundo para provar isso. Mas o que é um profissional ou uma empresa top de linha? Quem define isso? No seu caso, provavelmente, só você.

3. Autoridade - Como disse Margaret Thatcher, "Ser poderoso é como ser uma dama: se você tem que dizer que você é, você não é." Mostre sua expertise em vez disso. Por exemplo: 'Prestou serviço para 9 das 10 melhores empresas para se trabalhar do país em 2012' indica um nível de autoridade.

4. Orientado para os resultados ou motivado - Sério? Algumas pessoas realmente se concentram em fazer o que elas são pagas para fazer? Nós não fazíamos ideia. Nunca fique com os créditos por coisas que você deveria fazer — ou deveria ser.

5. Criativo - Algumas palavras em particular que são usadas com muita frequência já não causam impacto. ‘Criativo’ é uma delas (experimente encontrar ‘criativo’ em perfis aleatórios no LinkedIn) E este é apenas um exemplo. A lista inclui ainda eficácia comprovada, influente, colaborativo... Alguns desses termos podem realmente descrevê-lo, mas a partir do momento em que também estão sendo usados para descrever todos os outros profissionais, eles perderam o seu impacto.

7. Dinâmico - Se você é ativo, dinâmico e cheio de energia, hum, fique longe.

8. Guru - Não seja um autoproclamado sábio, conhecedor ou guru... é incrível quando seus clientes carinhosamente o descrevem assim. Mas ao referir-se a si mesmo dessa forma fica óbvio que você está tentando impressionar.

9. Apaixonado - Muitas pessoas discordam, mas se você diz que é incrivelmente apaixonado por algo profissional, soa exagerado. Alguém é apaixonado por desenvolver soluções de longo prazo para os clientes? Tente foco ou especialização.

10. Único - Os clientes não se preocupam com o fato de uma empresa ser única, eles querem que ela seja a "melhor". Mostre que você é melhor do que a concorrência e nas mentes de seus clientes você será único.

11. Incrivelmente... - Confira alguns perfis aleatórios na internet e você vai encontrar muitos profissionais ‘incrivelmente apaixonados’, ‘profundamente perspicazes’, ‘extremamente cativantes’. Não é o suficiente ser perspicaz ou cativante? Você tem que ser profundamente perspicaz? Você não precisa usar tantos adjetivos, confie que seu cliente (ou recrutador) já entendeu.

12. Colaborativo - Você vai decidir o que é melhor para mim e me forçar a fazer do seu jeito? O ideal é que você me diga como você trabalha. Descreva o processo. Não alegue que vamos trabalhar bem juntos, diga-me como isso vai funcionar.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Sobre Determinismo e Livre Arbítrio

Por Livio Nakano e Igor Teo
Existe um viés permanente de entendimento ao se imaginar que a realidade do filósofo ou das ideias estudadas equivaleria à sua própria, cidadão do século XX ou XXI. Na verdade, quando lemos um autor medieval, persa, romano ou helenístico, a ideia de historicidade não é apenas útil – é indispensável! Se não, caímos em lugares comuns, confundimos alhos com bugalhos e perdemos o fio da meada que estaríamos procurando encontrar. Foi tendo isto em mente que nós iniciamos uma interessante conversa que rendeu algumas reflexões.

Há uma linha de estudos acadêmicos conhecida como história da psicologia. Ao contrário do que o nome possa sugerir, ela não trata apenas do estudo da história da psicologia em si (como, por exemplo, em qual ano Freud escreveu seu último texto ou quando se abriu um cérebro pela primeira vez). Estudar história da psicologia é, sobretudo, estudar a história das ideias psicológicas, como estas surgiram, sobreviveram e cambiaram com o passar do tempo. Ideias psicológicas são, por sua vez, todas as concepções que o homem cria sobre si próprio, isto é, ideias que o homem construiu ao longo da história sobre emoção, razão, alma, e todas estas demais questões pertinentes que hoje são temas da recente psicologia científica. Pensar em termos da história da psicologia é entender a história e as motivações de nosso pensamento. Entender que ideias diferentes têm origens diferentes e razões diferentes, e essas diferenças refletem, sobretudo, o contexto socio-histórico das mesmas.

 Ao pensarmos nos rumos da história, o seu desenrolar óbvio e ao mesmo tempo incerto,  questionamentos nos podem vir à mente. Até que ponto somos produtos de um passado se projetando ao futuro? Até que ponto somos livres para reinventar o porvir? Que peso damos a própria noção de Livre-Arbítrio enquanto valor necessário e capaz de libertar qualquer mortal das tramas sórdidas do destino ou de criar crescimento e evolução a partir de dificuldades, dor e desgraças, ignorando até rumos mais fortes como circunstâncias ambientais e geográficas, ciclos celestes e até a providência divina?

 Na Grécia Antiga, por exemplo, salvo raras exceções, acreditava-se que o destino dos homens pertencia aos deuses e não cabia aos mortais o poder de mudá-lo A história de Édipo é um exemplo de que por mais que se tente fugir do seu destino, você ainda estará o executando. E mesmo os primeiros filósofos cristãos não eram partidários do livre-arbítrio. Agostinho de Hipona, uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente, já falava em predestinação divina muito antes de Calvino e da Reforma Protestante. No mundo moderno, por sua vez, é comum a crença de que somos capazes de tudo e só não obtemos por mera e talvez momentânea falha nossa. Estão aí os livros de autoajuda para todo mundo que quer abrir uma empresa e ser o próximo Eike Batista.

 Para quem se ergue é fácil compor todas as dificuldades da vida em uma sequência narrativa inevitável. Assim como para quem desaba.  Até onde nosso presente foi só fruto de nossas decisões e acordos, até que ponto foi fruto de um destino, e até que ponto, isto foi ou seria negociável? Isto lembra muito ao excelente filme “De Volta para o Futuro”, onde todo o futuro do protagonista dependia de um simples baile de formatura de ginásio nas mais variadas e diferentes direções – o presente original, o futuro alterado do primeiro filme, do segundo, e etc. E se tais momentos cruciais existem, seriam a todo o momento e a toda hora, e talvez, tão lábeis assim, como no filme? Afinal, para cada baile de formatura, existem centenas de tardes e noites que passamos no sofá de nossa casa (e talvez, nosso “livre arbítrio”, muitas vezes, se limite a escolher o passivo momento da inércia, em detrimento de uma trabalhosa e incerta oportunidade, que pode tanto oferecer tragédia como fortuna).

Indo na contracorrente de uma ciência determinista, que procura a medição e o controle absoluto de variáveis para determinar exatamente os possíveis resultados, Jean-Paul Sartre vai construir uma filosofia da liberdade. O filósofo não vai negar as determinações que condicionam uma realidade, mas ao mesmo tempo vai defender veemente a liberdade pessoal, ainda que condicionada aos determinantes. Dizia ele que a todo o momento nós estamos fazendo escolhas, e dizer que as determinações nos coagem a optar por algo, ignorando o nosso próprio poder de decisão sobre as mesmas, é o tipo de atitude que ele vai chamar de má-fé. A frase sintetizadora de sua filosofia é “o importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós“. Para Sartre, não posso evitar que alguém escolha me dar um tapa, mas eu posso escolher revidar ou me abster. Mas foi essa uma escolha verdadeira ou ela existiu apenas por causa de uma pré-disposição que eu já tinha em mim, produto de minha própria história pessoal, para revidar ou abster? Pois e se realmente não houver liberdade, dizer que alguém é responsável por seu sofrimento não seria culpar a vitima?

 Sartre resume bem o dilema: um mesmo fato, dividido em pessoas diferentes, pode resultar em traumas de infância, em perversões sexuais, em obras artísticas plásticas ou musicais, em anos e anos de análise ou em religiosidade e transcendência. Só que talvez não dependa unicamente de uma crucial decisão, mas sim, da estrutura e das ferramentas que o mesmo possuiria.

 Um limite da ciência, é que ela não tem como avaliar uma hipótese onde se observe múltiplas variáveis oscilando durante o período de estudo. Outra é que deve haver um limite para o período de observação. Mas uma coisa possível é reconhecer que pessoas são e serão diferentes. Há pessoas que toleram o treinamento do BOPE e outras que trincam e nunca mais se levantam na primeira decepção romântica. Não é todo o mundo que nasceu para ser caveira. E aquela criatura que carrega eternamente uma mágoa do bullying de infância pode não ser necessariamente apenas um “bunda mole”.

 Este tipo de questionamento pode estar presente na paternidade ou maternidade. Quando nossos filhos nascem, podemos querer que sejam doutores, meritíssimo e excelências, mas não dá para saber se eles serão revolucionários ou conservadores, homossexuais ou heterossexuais, hereges ou fanáticos, mesmo com todo nosso esforço, exemplo e educação doméstica. Ou seja, nossos amados filhos terão um destino próprio a cumprir, que podemos e iremos ajudar, mas jamais determinar. Que podemos oferecer valores, limites, disciplina, mas não temos como interferir na sua soberana escolha de exercício de sua afetividade (seja em gênero, classe social, raça, religião).

 E pensar seletivamente, em critérios de exclusão, pode ser legal em vestibular, em concursos, em atletas olímpicos, especialmente se você é um dos ungidos, um dos vencedores – mas não quando procuramos inclusão e abraçar ao todo, à humanidade em si, a valores como fraternidade, e quando queremos dividir tudo o que conquistamos com pessoas que “não se encaixariam” em extremos de meritocracia, mas que você tanto ama.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Casa Arrumada

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.

(Carlos Drummond de Andrade / 1902-1987)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Como ser Menos Autocrítico


Por Fabio Ramalho
Quando estamos em dias menos bons ou em momentos de stress, a verdade é que por vezes somos desnecessariamente duros com nós próprios. E a autocrítica pode converter-se rapidamente na nossa natureza personificada se não tivermos cuidado para a evitar. É importante sabermos que somos humanos com virtudes, qualidades e com grandes capacidades, e que não somos feitos de apenas defeitos.

Depois de procurar informação em livros de auto-ajuda e em artigos, recolhi três formas que no meu ver poderão ajudar uma pessoa num momento de autocrítica.

1) Reconheça os seus “talentos”
Todos nós somos bons em alguma coisa ou temos algo que nos APAIXONA, apesar de existirem pessoas que podem afirmar que não. Talvez não se tenha dado conta, mas no seu dia-a-dia dedica-se a utilizar muito do seu tempo livre a fazer, geralmente, algo de que gosta bastante. Pense nisto!
O reconhecer dos “talentos” é o primeiro passo para valorizar aquilo de que gosta e transformar-se de um ser humano normal num ser humano em que a paixão por uma situação/qualidade o torna numa pessoa mais feliz e com mais garra pela vida, mesmo naquelas situações menos boas.

2) Partilhe as suas alegrias/tristezas
Se você se encontra num estado de felicidade/tristeza, isso poderá ter sido originado por inúmeros factores, contudo, o conselho que todos os terapeutas sugerem é que, apesar da natureza do estado de espírito, comparta essa sensação, tornando-a numa boa sensação comum para muitos dos que consigo se cruzam. Pois, a verdade é que a partilha de sensações é o melhor modo de conseguir ser reconhecido e consequentemente fazer com que o seu ego seja aumentado ou apoiado num variado tipo de situações.

3) Tome consciência de que aqueles que o rodeiam contribuem para a sua definição pessoal
É muito importante saber que de quem gosta, os amigos que tem e a sua família foram e serão alguns dos elementos que fazem e fizeram  com que seja o sere humano que é hoje. Infelizmente, não escolhe em que família vai nascer, raras vezes controla as pessoas com quem se vai relacionar e dificilmente compreenderá o porquê dos seus gostos e do que o apaixona.
Aquilo que os investigadores sugerem é que tente aceitar-se e tome os pontos que referi como naturais. E deixe de se preocupar com coisas “impossíveis” de serem controladas ou alteradas.

Retirado de:

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

7 Comportamentos que te Farão mais Feliz

Por Natasha Romanzoti
Será que você sabe qual é o segredo da felicidade? Acredito que seja como eu, um incansável “buscador” da felicidade. Investigadores estudaram vários fatores, desde os genes até características pessoais e escolhas de vida, para descobrir o que coincide com a felicidade e o bem-estar na vida das pessoas.

Segundo vários estudos científicos, estes são os 7 segredos que você pode aplicar a partir de hoje para ser feliz:

1 – Tenha cultura
Segundo um estudo de 2012, homens que gostam de arte, balé e outras atividades culturais sentem-se mais felizes e saudáveis. O resultado manteve-se mesmo após os investigadores tentarem controlar outros fatores que influenciam a felicidade, como a renda mensal.
Para os homens, a atividade física, lazer ao ar livre e trabalho voluntário também influenciaram positivamente a felicidade. Já as mulheres mais felizes tinham participações em igrejas e em eventos desportivos.
A mensagem é clara: mesmo que as pessoas felizes tenham mais cultura e não a cultura faça as pessoas mais felizes, não custa tentar. A felicidade é o prêmio final.

2 – Tenha um animal de estimação
Donos de animais são um grupo que tende para uma maior felicidade. Uma pesquisa de julho de 2011 descobriu que as pessoas que têm cães dizem que os seus animais de estimação aumentam a sua autoestima, bem como os seus sentimentos de pertença e de significação.

A pesquisa também descobriu que os animais tinham uma capacidade semelhante a de amigos humanos em evitar sentimentos de rejeição.

3 – Seja positivo/a
O poder do pensamento positivo pode realmente funcionar. Um artigo que revisou 51 estudos anteriores sobre a felicidade encontrou que as pessoas que adquirem o hábito de escrever três coisas boas que lhes aconteceram durante a semana têm um aumento significativo na sua felicidade.
A pesquisa também descobriu que os participantes que escreveram cartas de gratidão para outros relataram um aumento de felicidade que durou semanas (sem sequer haver a necessidade de enviá-las). Parece que o que conta mais é ter uma atitude positiva e não pensar que coisas e curas mirabolantes cairão do céu.

4 – Seja altruísta
Essa mesma revisão de estudos descobriu que devolver coisas boas à sociedade pode dar dividendos à felicidade. Um estudo de 2008 também concluiu que as pessoas que doam dinheiro em vez de gastá-lo consigo mesmas têm um impulso de felicidade.
Não é só isso, mas as pessoas que se voluntariam por razões altruístas vivem mais. O altruísmo é ainda ligado a relacionamentos mais fortes. Um estudo de 2006 descobriu que as pessoas mais altruístas são também mais propensas a ter casamentos felizes.

5 – Seja nostálgico
Pessoas sociais, energéticas e extrovertidas são também as com tipo de personalidade que, por norma, são mais felizes. Não é fácil roubar a cena de uma pessoa extrovertida, mas dá pra roubar a felicidade: é só ver o passado através de óculos cor de rosa.
Uma pesquisa de 2012 descobriu que pessoas extrovertidas devem a sua vantagem de felicidade à sua tendência de olhar para trás (para o passado) com nostalgia. Saborear memórias felizes ou colocar as más sob uma ótica otimista pode ajudar a tornar a vida de uma pessoa mais feliz. Não confunda isto com ser saudosista, vivendo no passado.

6 – Faça amor
Apesar de soar superficial, a satisfação entre quatro paredes parece estar ligada à felicidade na vida diária.
Mulheres pós-menopáusicas com vida sexual mais satisfatória são mais felizes em geral. Da mesma forma, os recém-casados com personalidades neuróticas que aliviam suas ansiedades com sexo têm casamentos melhores. Abraços e afeto físico impulsionam a felicidade também nos homens.

7 – Não persiga a felicidade
Você pode praticar todos os itens dessa lista e ainda não se sentir feliz. Isso porque um estudo de 2012 descobriu que uma hiperconcentração na felicidade pode, paradoxalmente, tornar as pessoas menos felizes.
“Querer ser feliz pode torná-las menos felizes”, disse a investigadora  Iris Mauss. “Se você explicita e propositadamente foca na felicidade, isso parece ter uma qualidade autodestrutiva”.
O estudo mostrou que as mulheres que valorizam em demasia a felicidade ou se focam exclusivamente nisso têm problemas para alcançá-la. Talvez essas pessoas estabeleçam padrões altos demais para a felicidade, ou se concentram na felicidade pessoal à custa de coisas que realmente fazem as pessoas felizes, como relacionamentos com amigos e familiares.

Retirado de:
ou

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sempre Cumpra as suas Promessas


Diz a sabedoria indígena que quando não cumprimos o que prometemos, o fio de nossa ação, que deveria estar concluída e amarrada em algum lugar, fica solto ao nosso lado. Com o passar do tempo, os fios soltos enrolam-se em nossos pés e impedem que caminhemos livremente... E se não cumprimos o que prometemos ficamos impossibilitados de andar com naturalidade. Como se desse dois passos para frente e quatro para trás.

Ficamos amarrados às nossas próprias palavras. Por isso os nativos têm o costume muito antigo de 'pôr-as-palavras-a-andar' que significa agir de acordo com o que se fala. Isso conduz à integridade entre o pensar, o sentir e o agir no mundo e nos conduz ao Caminho da Beleza onde há harmonia e prosperidade naturais. Por isso, aquele que promete e não cumpre fica rodando em círculos sem sair do lugar. Para libertar desta energia, é bom procurar a pessoa, reatar laço pessoal e realizar aquilo que prometeu.

Depois de compreender que essa prática é necessária, além de tudo, como aprendiz deve estar atento a 'cumprir o que promete', o Xamã, rico de sabedoria e iluminação sempre se reúne para estudar e praticar o "fio da nossa ação", para que ele não fique solto...

Quando os aprendizes se encontram para praticar e debater, após ter compreendido que a mudança tem de ser íntima e no próprio coração, então eles dizem: "o Xamã se aproxima de seu templo". Aqui o Xamã é o sábio e traduz a linhagem dos mestres; o templo é o coração purificado. E neste estado a pessoas mais desenvolvida da tribo, dirigir-se-á aos lugares sagrados para buscar inspiração e iluminação cada vez mais profunda para realizar ensinar práticas mais eficazes na realização do "fio da nossa ação".

Muito interessante esta prática e, Carlos Castanheda conta num de seus livros, que seu mestre Dom Juan Matus índio da tribo Yaqui do deserto de Sonora no México, mandou que ele procurasse todas as pessoas que ele havia prometido alguma coisa, desse um presente especial, algo que elas estavam precisando e agindo assim libertaria de suas promessas, ficando livre para andar no caminho da beleza.

Segundo Louise Hay essa sabedoria indígena de 'pôr-as-palavras-para-andar', em que a pessoa diz claramente o que se pensa é extremamente necessária, pois, se guardar estas reflexões, ficará bloqueado. “É preciso falar, mas usando as palavras e pensamentos certos. Afinal, se somos o que pensamos, precisamos ter muita atenção com o nosso pensamento”.

Hei cara-pálidas! Tem gente que dá dois passos pra frente e quatro pra trás e vive culpando os outros! Ponha as palavras para andar!! É muito forte esta prática. Eu já pratico e vou continuar a praticá-la. Ensina ser mais cuidadoso com a vida que levamos, com a palavra que empenhamos. O ser humano de antigamente era conhecido por ser uma pessoa de palavra. E diziam assim: fulano empenhou a palavra, ele vai cumprir. Noutras vezes diziam: fulano é um homem de palavra. A palavra de fulana é um contrato...


Serve para reflexão...
Paz Profunda! Grande abraço perfumado com palavras de luz.

Fonte: Don Miguel Ruiz. Os Quatro Compromissos: O livro da Filosofia Tolteca. Editora Best Seller.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Belíssima (e Falsa) Carta do Chefe Seatle


Em 1852, o governo dos EUA fez um inquérito a respeito da compra de terras tribais para os imigrantes que chegavam ao país. Em 1854, o chefe Seattle escreveu, em resposta, uma carta que simboliza um dos últimos testemunhos orais da ordem moral paleolítica


"O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.

Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.

Minha palavra é como as estrelas - elas não empalidecem.

Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.

O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem à mesma família.

Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.

Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar d‘água é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.

Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.

Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.

O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.

O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.

Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios ) matamos apenas para o sustento de nossa vida.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.

Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.

De uma coisa sabemos. A terra não pertence, ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.

Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.

Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.

Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometestes. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.

Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Proteja-a como nós a protegíamos. "Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse": E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”
***

Esse texto vem sendo veiculado pela internet há tempos, mas infelizmente, apesar de lindíssimo ele não foi escrito por que lhe é atribuído. Foi obra de um jornalista na década de 1970:


No dia 11 de março de 1854, segundo várias fontes, Si'Ahl (Ou Seattle na versão anglicizada) fez um discurso a uma multidão em resposta à compra de suas terras pelo Governador Isaac Ingalls Stevens. O problema é que ninguém hoje sabe realmente o que ele falou, já que o discurso foi em Lushootseed, que foi traduzido por alguém em Chinook e posteriormente um fragmento deste texto em Chinook foi passado para o inglês em uma versão pouco confiável. No texto suspeito, Si'Ahl agradece a generosidade do homem branco por comprar suas terras, pede acesso aos cemitérios, entre outras coisas (o texto traduzido pode ser conferido (em inglês) em:
http://www.chiefseattle.com/history/chiefseattle/speech/speech.htm... 
e um histórico em: 
http://www.historylink.org/index.cfm?DisplayPage=output.cfm&file_id=5071)

A carta do Chefe Seattle que é veiculada como verdadeira, no entanto, tem sua origem facilmente decifrada: Foi escrita pelo roteirista Ted Perry para um filme ecológico de 1972 chamado "Home", onde ele usou como base a tradução em inglês (O roteiro é real, mas jamais poderia ter sido atribuído ao Chefe Seattle e é bastante diferente da tradução em si. O Ted Perry levou um tempo tentando ser reconhecido pela autoria do texto, sem muito sucesso). Acredito que o filme tenha sido em resposta ao crescente movimento ambientalista, gerado pela publicação do livro "Primavera Silenciosa", de Rachel Carson.

A afirmação de que mentira tem perna curta (mais uma pérola da sabedoria popular que não funciona no mundo real) pode ser substituída, em História, pela frase "Uma mentira contada mil vezes, torna-se verdade", do Goebbels. Faz mais sentido.


Retirado de:
E do comentário de Maxoel Barros da Costa no site:

sábado, 19 de janeiro de 2013

Os Sinais Femininos da Paquera


Retirado de: http://manualdasencalhadas.com.br/wp-content/uploads/2012/12/sinais-femininos-da-paquera.jpg

Gráfico Posicional de Religiões, Ordens ou Seitas




Por Marcelo Deldebbio
Muita gente tem me perguntado a respeito do que seja “Caminho da Mão Direita”, “caminho da Mão Esquerda”, quais ordens seguem quais caminhos, quais são engajadas na Expansão de Consciência e quais são furadas. Para tentar ajudar, elaborei, com a ajuda de vários leitores, um diagrama onde colocamos as Ordens mais comuns de serem encontradas na internet e sua “posição” em um grafico.

O gráfico está dividido em três partes verticais: Mão Esquerda, Mão Direita e Caminho do Meio. Isso tem a ver exclusivamente com o MÉTODO da Ordem. Ordens do caminho da Mão Esquerda lidam primariamente com a esfera de HOD, na árvore da Vida. São Ordens que priorizam a chamada “Via Seca” na Alquimia. Ordens de estudo, auto-conhecimento e ordálias. As Ordens do Caminho da Mão Direita são ordens que lidam com a esfera de NETZACH, a chamada “Via Úmida” na Alquimia, que priorizam a caridade, fraternidade e amor. As ordens do Caminho do meio fazem um meio-termo entre os dois (estudos e caridade).

Também existe uma segunda divisão, Horizontal: As Ordens de Iluminação, Expansão e Evoluçao em contrapartida com as Ordens de Vampirização, Parasitismo e Involução.

Incluímos também uma “zona cinza” entre as duas, que são Ordens que, apesar de Evolutivas, possuem muitos dogmas, restrições ou messianismo exagerado, mas os leitores acreditam que vale à pena participar destas Egrégoras se relevar estas intransigências.

Existem exemplos de todos os tipos, como vocês podem ver. Uma Ordem de Evolução permite que seus membros estudem outras filosofias e é comum que façam parte de diversas destas ordens ao mesmo tempo. Já as Ordens de Aprisionamento lidam com “certezas absolutas”, “verdades inquestionáveis”, “messias únicos” e “único caminho para a salvação”, etc. São regidas por dogmas e são agressivas com outras egrégoras. A maioria delas alimentam eguns, demônios ou pastores com o seu sangue e dinheiro…

Retirado de: 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Feijões


Diz a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia. Para sanar as dúvidas sobre qual seria o escolhido, o mestre lançou um desafio, colocando a sabedoria deles à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha.

Dia e hora marcados, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista.

Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:

- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei!

Carregando feijões ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. Os problemas são inevitáveis, mas a intensidade e a duração do sofrimento é você quem determina.

(Autor desconhecido)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Estepe ou Banco de Reservas no Amor = Friend Zone

Por Vana Medeiros
O relacionamento terminou há semanas, mas vocês continuam conversando. Ele diz que ainda te ama, que você é o homem da vida dela, mas que não está preparada para enfrentar as dores e os problemas da relação. Que não é para ser. Mas não deixa de te ligar de madrugada depois de uma bebedeira daquelas. Nem de te marcar naquele recadinho fofo no Facebook. Amigo, parabéns, você foi rebaixado à categoria de step.

A definição técnica do step diz que você acaba de se tornar uma pessoa com chances próximas a zero de entrar para a lista de pretendentes dela. Mas que, como ego bom é ego inflado, ela não vai te dispensar na cara dura para não passar por aquele momento chato de não ter ninguém à mão. Quanta gente já se adaptou a essa técnica mais velha do que papai-e-mamãe! São os sem coragem para assumir a solidão.

Desde pequenos, ouvimos dos mais velhos uma verdade bastante triste, e inacreditavelmente difícil de se aceitar: estamos todos sozinhos. A família não vai poder estar do seu lado em todas as decisões que você tomar. Os amigos, com o tempo você vai descobrir, são dois ou três durante a vida toda. O resto são colegas. Se você for uma pessoa super hiper mega boga popular, vai encontrar uns quatro, e desconfie.

Nossos parceiros na vida acabam sendo o depositório máximo das esperanças, o último suspiro daquele soprinho no seu ouvido dizendo que vovó estava errada, de que do seu lado alguém quis ficar, alguém que pode te ajudar por dentre os problemas mais emaranhados deste mundo, e nos empurrar sãos e salvos sempre para frente.

A solidão, mesmo que dure poucos meses entre um namoro e outro, tem a capacidade de nos lembrar, em um processo quase inconsciente, que o mundo não gira em torno de nós. Que, por um momento, pode ser que ninguém esteja se importando com onde e como você está. O step é, do ponto de vista de quem o pratica, o conforto para essa dura verdade.

Porque é difícil aceitar isso, não? Mesmo a menos egoísta das criaturas constrói uma fantasia muito particular em torno de si. Uma espécie de jornada do herói para enfrentar um cotidiano dos mais difíceis e aterrorizantes plots, antagonistas, e twists já escritos. A trama máxima, uma espécie de autor invisível que nos conduz por entre as páginas de um romance, e chega ao prólogo, ao final feliz, feliz, feliz. Manter um quase-relacionamento de reserva, alimentar as esperanças de quem nos gosta, faz parte de um medo imaturo e mal resolvido dessa solidão, de não ter seu final feliz reservado e garantido, com todos os direitos e tal. Todos querem o papel do personagem principal, e pouca gente se importa em fazer do coadjuvante o seu protagonista.