Diz
a sabedoria indígena que quando não cumprimos o que prometemos, o fio de nossa
ação, que deveria estar concluída e amarrada em algum lugar, fica solto ao
nosso lado. Com o passar do tempo, os fios soltos enrolam-se em nossos pés e
impedem que caminhemos livremente... E se não cumprimos o que prometemos
ficamos impossibilitados de andar com naturalidade. Como se desse dois passos
para frente e quatro para trás.
Ficamos
amarrados às nossas próprias palavras. Por isso os nativos têm o costume muito
antigo de 'pôr-as-palavras-a-andar' que significa agir de acordo com o que se
fala. Isso conduz à integridade entre o pensar, o sentir e o agir no mundo e
nos conduz ao Caminho da Beleza onde há harmonia e prosperidade naturais. Por
isso, aquele que promete e não cumpre fica rodando em círculos sem sair do
lugar. Para libertar desta energia, é bom procurar a pessoa, reatar laço
pessoal e realizar aquilo que prometeu.
Depois
de compreender que essa prática é necessária, além de tudo, como aprendiz deve
estar atento a 'cumprir o que promete', o Xamã, rico de sabedoria e iluminação
sempre se reúne para estudar e praticar o "fio da nossa ação", para
que ele não fique solto...
Quando
os aprendizes se encontram para praticar e debater, após ter compreendido que a
mudança tem de ser íntima e no próprio coração, então eles dizem: "o Xamã
se aproxima de seu templo". Aqui o Xamã é o sábio e traduz a linhagem dos
mestres; o templo é o coração purificado. E neste estado a pessoas mais
desenvolvida da tribo, dirigir-se-á aos lugares sagrados para buscar inspiração
e iluminação cada vez mais profunda para realizar ensinar práticas mais
eficazes na realização do "fio da nossa ação".
Muito
interessante esta prática e, Carlos Castanheda conta num de seus livros, que
seu mestre Dom Juan Matus índio da tribo Yaqui do deserto de Sonora no México,
mandou que ele procurasse todas as pessoas que ele havia prometido alguma
coisa, desse um presente especial, algo que elas estavam precisando e agindo
assim libertaria de suas promessas, ficando livre para andar no caminho da
beleza.
Segundo
Louise Hay essa sabedoria indígena de 'pôr-as-palavras-para-andar', em que a
pessoa diz claramente o que se pensa é extremamente necessária, pois, se
guardar estas reflexões, ficará bloqueado. “É preciso falar, mas usando as
palavras e pensamentos certos. Afinal, se somos o que pensamos, precisamos ter
muita atenção com o nosso pensamento”.
Hei
cara-pálidas! Tem gente que dá dois passos pra frente e quatro pra trás e vive
culpando os outros! Ponha as palavras para andar!! É muito forte esta prática.
Eu já pratico e vou continuar a praticá-la. Ensina ser mais cuidadoso com a
vida que levamos, com a palavra que empenhamos. O ser humano de antigamente era
conhecido por ser uma pessoa de palavra. E diziam assim: fulano empenhou a
palavra, ele vai cumprir. Noutras vezes diziam: fulano é um homem de palavra. A
palavra de fulana é um contrato...
Serve
para reflexão...
Paz
Profunda! Grande abraço perfumado com palavras de luz.
Fonte:
Don Miguel Ruiz. Os Quatro Compromissos: O livro da Filosofia Tolteca. Editora
Best Seller.
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