Por Marcelo Deldebbio
Trecho
extraído do livro: “A Magia das Oferendas na Umbanda” – autoria: Pai Juruá
Oferenda: Objeto
ou coisa qualquer que se oferece: presente; dádiva – Diz-se na Umbanda, que
oferenda é um presente para captar apenas vibrações, ou melhor, para harmonizar
vibrações.
Despacho: Ato ou
efeito de despachar (dispensar os serviços de; mandar embora; despedir).
Muitos
acreditam ser a encruzilhada de Guardiões estas de rua ou de cemitério. Mas a
verdadeira “Encruza” está no campo astral e não no campo físico (pedimos aos
leitores estudarem o assunto: Linhas de Ley; aí, encontrarão muitas respostas
para a questão “encruzilhada”).
@MDD
– Meditem sobre o fato de praticamente todos os Templos Antigos estarem
localizados sobre os cruzamentos das Linhas de Ley, e sobre a posição do
Guardião Energético do Templo, que dá a permissão para se iniciar os trabalhos
(na Maçonaria: Primeiro Vigilante, por exemplo).
Os
Guardiões somente realizam “despachos” em encruzilhadas de rua e de cemitério,
desde que sejam para fins específicos, quando à necessidade de manipular
energias humanas que se entrecruzam. Fora disso, as encruzilhadas de rua e de
cemitério não são os pontos de força dos Guardiões.
Aquilo
que rege o Macrocosmo também rege o Microcosmo, pois existe apenas uma Lei que
comanda os mundos, adaptada conforme a forma de vida que esteja debaixo de sua
ação e reação. As leis que ordenam e coordenam os astros, a natureza e os
elementos são as mesmas leis que coordenam a biologia e a física do ser humano,
exatamente por ser este influenciado pelo meio e pelas regras matemáticas dos
astros e das potestades.
E
a Lei que dá formação e ajuste à matéria e que faculta, inclusive, o próprio
modo de ser da movimentação Cármica, a Lei Mater aplicada a movimentação dos
elementos, é sintetizada na Encruzilhada dos Guardiões, ou na Roda Cabalística
da Encruzilhada.
Sabemos
que muitos irmãos realizam seus trabalhos ritualísticos nas chamadas
encruzilhadas de rua ou cemitério. Achamos por bem alertar que encruzilhadas de
rua e de cemitério são locais onde existem determinadas portas dimensionais que
se ligam diretamente às covas mais profundas do Baixo Astral. São as chamadas
“Portas Cruzadas” e os trabalhos feitos nestes locais, tem aceite somente por
entidades que nada tem a ver com os verdadeiros Guardiões, ou são efetuados por
ordens dos Guardiões de Lei, quando da manipulação energética necessária.
Nas
encruzilhadas de rua e de cemitério habitam os seres mais estranhos e
terríveis, verdadeiros monstros, que alteraram a forma de seu corpo astral
(Zoantropia), devido a sua própria conduta mental e emocional. Adulteraram
completamente seus sentidos e seus objetivos na caminhada evolutiva, sendo
seres viciados, dementados e na sua maioria perversos, coléricos e vingativos.
Estes são os famigerados quiumbas, seres que habitam a contraparte astral de
locais como prostíbulos, matadouros, casas de jogos, cemitérios, bares e mesmo
churrascarias, pois são loucos por sangue, morte, bebida e vícios, os mais
variados.
E
são eles que recebem nas encruzilhadas de rua e de cemitério as oferendas
feitas com sangue, animais mortos, ossos e todos os tipos de materiais de baixa
vibratória.
Estes
seres se agregam na aura dos infelizes que realizam tais práticas, como se
realmente os vampirizassem, fomentando-os a realizarem sempre tais oferendas
sangrentas no intuito de alimentá-los vibratoriamente. Muitos destes são
acompanhados por outros seres que são chamados de “larvas astrais”. Estas são
formas pensamentos viciadas, que possuem a forma de baratas ou de algo
semelhante a lagostas, polvos, lombrigas, etc. Tais coisas se agregam à vítima
e funcionam como um sensor que a liga ao quiumba, mesmo à distância.
Estas
larvas trazem realmente muitas doenças, tanto mentais como físicas fazendo com
que a vítima se sinta, na maior parte das vezes desanimada e sem força de
vontade, só se recuperando quando estão em qualquer prática viciosa.
Esses
quiumbas são combatidos pelos Guardiões de Lei da Umbanda, que exercem
verdadeiro policiamento nas zonas onde existem o tóxico, o álcool, a
prostituição e coisas piores. Os Guardiões os policiam para não utilizarem a
contraparte etérica de elementos como o sangue, ossos, etc., por exemplo, para
fins de contundência.
Na
verdade, estes quiumbas são igualmente nossos irmãos, estando apenas caídos na
rota evolutiva, desviados que foram por outros seres sumamente poderosos,
embora intencionalmente voltados para o mal; os magos negros.
Quando
os Guardiões aprisionam estes quiumbas, os levam a determinados postos
corretivos no astral, onde ficarão recebendo um tratamento que lhes facultará a
retomada de sua linha evolutiva afim e o possível reencarne. Dissemos possível
pelo fato de muitos deles não terem condições vibratórias de reencarnarem, pois
que seus corpos astrais se encontram em terrível desajuste e mesmo suas mentes
estão em tal estado de revolta e ódio que seria prejudicial a si e as outras
pessoas o passe reencarnatório.
Mas
perguntará o leitor: já não encarnam tantos assassinos, facínoras e corruptos?
Como estes conseguem o tal passe? E responderemos que estes se encontram nesta
condição por já estarem extremamente melhorados e que as coisas no submundo
astral são bem piores.
Determinados
assassinos que reencarnam (ou mais exatamente são como que “jogados” na roda da
encarnação para reajustar-se com seus afins. Só o mal corrige o mal) já foram e
vieram muitas e muitas vezes, sendo que o seu livre arbítrio se torna cada vez
menor enquanto não corrigirem as suas ações.
Para
muitos o passe da reencarnação é vedado e são estes – os mais perigosos –
aprisionados em sua consciência como se fossem certas formas ovóides, em
estágio estacionário. Mas este é um aspecto dos mais terríveis e perturbadores
e que deixaremos de citá-lo de forma mais aprofundada para não causar traumas
ao inconsciente de muitos…
É
bom frisarmos que a Umbanda não doutrina o maniqueísmo, ou a dicotomia BEM/MAL
como se Deus fosse um déspota que se deleitasse em ver seus filhos sofrendo num
inferno eterno. A única coisa eterna é o bem, o Amor Cósmico; sendo o mal uma
distorção destas realidades e um artifício utilizado pelo Criador, a fim de
sabermos diferenciar o bem do mal. O inferno está na consciência de cada um,
sendo esta direcionada e escalonada de acordo com as atitudes que se realizem
durante as encarnações. Pois a verdade é uma só: podemos enganar aos outros,
mas jamais enganaremos a nós mesmos, que somos testemunhas de nossos próprios
atos, ninguém escapa do passado e os erros são contados e pesados não somente
pelos Tribunais Cármicos, mas muito principalmente pela nossa própria
consciência, pois quem já sentiu dentro de si uma fagulha que seja da Verdade e
do Amor das Almas, sabe o quanto pesa as atitudes passadas e os atos infelizes
realizados contra a natureza e os semelhantes.
E
o que acontece com aqueles que não se questionam sobre seus atos?
Estes,
quando seu Karma se torna impraticável, repleto de ações negativas são
direcionados a seus afins, para determinados planetas menos evoluídos ou mais
primitivos que o nosso. Como? Se em nosso mundo que é uma casa abençoada
necessitamos ainda pagarmos para nos alimentar, (o que já é resultado de
excessivas ganâncias do passado…) embora não paguemos pela luz, ou pelo ar,
existem mundos onde estas coisas são pagas, pois que estes seres formaram tal
condição negativa sobre si que seus próprios atos os forçaram a construir uma
sociedade afim a suas experiências passadas.
Achamos
importante, para esclarecer os irmãos umbandistas, repetir que fazer entregas
em encruzilhadas de rua ou de cemitério é atividade perigosíssima,
principalmente quando estas entregas levam elementos animais ou mesmo materiais
densamente negativos. Repetimos que a Umbanda não usa matar animais em hipótese
alguma, seja para louvar Orixás ou para resolver qualquer desmando com o baixo
astral. A Umbanda também não usa colocar sangue na cabeça de seus iniciados.
Acreditamos
– pois temos certeza – de que o sangue atrai esta classe de espíritos do quais
falamos. Os irmãos dos Cultos de Nação muitas vezes questionam a nós
Umbandistas sobre o uso do sangue, alegando que este é Axé e que a sua
utilização revitaliza todo o sistema magístico de um ritual; mas isto não faz
parte da ritualística/doutrina da Umbanda Sagrada. Cada coisa no seu lugar, e
cada liturgia na sua religião.
Nós
também cremos que o sangue é Axé, mas este só realiza sua função de Princípio e
Poder de Realização quando no animal vivo. Matar um animal ou vários e
entregá-los no seio da Natureza é uma violação e uma afronta a esta mesma
natureza, pois as vibrações expressas em oferendas deste tipo agridem aos
espíritos elementares que atuam nas matas e nas cachoeiras, espíritos estes que
estão aprendendo e se adaptando às realidades que os aguardam e são agredidos
com estas vibrações negativas.
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