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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

12 Palavras Erradas Para Se Descrever num Currículo

Muito adotados em currículos, perfis em redes sociais ou em materiais promocionais, termos podem parecer pedantes

Imagine isso. Você conhece alguém novo e a pessoa pergunta “O que você faz?”

“Eu sou um arquiteto”, você diz.

“Ah, é mesmo?” ela responde. “Você projetou algum edifício que eu possa ter visto?”

“Possivelmente”, você responde. “Nós fizemos o novo prédio de alunos da universidade...”

“Uau”, diz ela. “É um belo edifício ...”

Sem se esforçar, você causou uma boa impressão.

Agora, imagine isso. Você conhece alguém novo e a pessoa pergunta “O que você faz?”

“Eu sou um inovador, dinâmico, apaixonado e motivado provedor de serviços de arquitetura com uma abordagem colaborativa para a criação e entrega de excelentes experiências top de linha para o cliente”, você responde.

Ok, então.

Você se descreve, em seu currículo, redes sociais ou material promocional, diferentemente da forma como o faz pessoalmente? Você abusa de clichês, adjetivos e superlativos?

Você escreve coisas sobre si mesmo que nunca teria a coragem de realmente dizer?
Aqui estão algumas palavras que são ótimas quando outras pessoas usam para descrevê-lo, mas que você nunca deve usar para descrever a si mesmo. A seleção é do consultor Jeff Haden para o site de carreiras americano Business Insider, do qual é colunista.

1. Inovador - A maioria das empresas afirmam ser inovadoras. A maioria, no entanto, não é. E tudo bem, porque ser inovador não é um requisito para ter sucesso. Se você é inovador, não diga isso. Prove-o. Descreva os produtos que você desenvolveu. Descreva os processos que você modificou. Dê algo real, pois assim sua inovação não é divulgada, é evidente.

2. Top de linha - Usain Bolt: velocista top de linha, medalhas olímpicas para provar isso. Lionel Messi: jogador de futebol top de linha, quatro prêmios de melhor do mundo para provar isso. Mas o que é um profissional ou uma empresa top de linha? Quem define isso? No seu caso, provavelmente, só você.

3. Autoridade - Como disse Margaret Thatcher, "Ser poderoso é como ser uma dama: se você tem que dizer que você é, você não é." Mostre sua expertise em vez disso. Por exemplo: 'Prestou serviço para 9 das 10 melhores empresas para se trabalhar do país em 2012' indica um nível de autoridade.

4. Orientado para os resultados ou motivado - Sério? Algumas pessoas realmente se concentram em fazer o que elas são pagas para fazer? Nós não fazíamos ideia. Nunca fique com os créditos por coisas que você deveria fazer — ou deveria ser.

5. Criativo - Algumas palavras em particular que são usadas com muita frequência já não causam impacto. ‘Criativo’ é uma delas (experimente encontrar ‘criativo’ em perfis aleatórios no LinkedIn) E este é apenas um exemplo. A lista inclui ainda eficácia comprovada, influente, colaborativo... Alguns desses termos podem realmente descrevê-lo, mas a partir do momento em que também estão sendo usados para descrever todos os outros profissionais, eles perderam o seu impacto.

7. Dinâmico - Se você é ativo, dinâmico e cheio de energia, hum, fique longe.

8. Guru - Não seja um autoproclamado sábio, conhecedor ou guru... é incrível quando seus clientes carinhosamente o descrevem assim. Mas ao referir-se a si mesmo dessa forma fica óbvio que você está tentando impressionar.

9. Apaixonado - Muitas pessoas discordam, mas se você diz que é incrivelmente apaixonado por algo profissional, soa exagerado. Alguém é apaixonado por desenvolver soluções de longo prazo para os clientes? Tente foco ou especialização.

10. Único - Os clientes não se preocupam com o fato de uma empresa ser única, eles querem que ela seja a "melhor". Mostre que você é melhor do que a concorrência e nas mentes de seus clientes você será único.

11. Incrivelmente... - Confira alguns perfis aleatórios na internet e você vai encontrar muitos profissionais ‘incrivelmente apaixonados’, ‘profundamente perspicazes’, ‘extremamente cativantes’. Não é o suficiente ser perspicaz ou cativante? Você tem que ser profundamente perspicaz? Você não precisa usar tantos adjetivos, confie que seu cliente (ou recrutador) já entendeu.

12. Colaborativo - Você vai decidir o que é melhor para mim e me forçar a fazer do seu jeito? O ideal é que você me diga como você trabalha. Descreva o processo. Não alegue que vamos trabalhar bem juntos, diga-me como isso vai funcionar.


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