por Vitor Manuel Adrião
«O Discípulo evolui
pelos seus próprios méritos», isto é, pelo seus próprios esforços já que
ninguém evolui por alguém. Quem pensa o contrário, recorrendo a santões,
profetas, adivinhos, médiuns, promessas devocionalistas, crença em datas
apocalípticas, etc., etc., inclusive pagando para afinal ser enganado, está
caindo no maior logro prejudicando gravemente a seu evolução verdadeira
desperdiçando tempo e vida em superstições pueris.
«A si mesmo
transformando, transforma o mundo», ou seja, pelo EXEMPLO dando à prática o
Bem, o Bom e o Belo influindo positivamente na Aura Colectiva dos seus
semelhantes em Humanidade. Uma Mente no Bem influi beneficamente no anulamento
do Mal na Mente alheia; um Sentimento de Bom ou Bondade impõe-se ao Mau
Sentimento e emoções passionais de toda a espécie do próximo; um Corpo
cultuando o Belo faz com que o imite o Corpo que cultua o Feio, criação dos
vícios sociais.
O Bem da Sabedoria, o Bom do Amor, o Belo da Vontade em servir
desinteressadamente a favor dos seus Irmãos de Grupo e de todos seres viventes.
Ademais, «Quem equilibrar a sua Mente e o Coração na Terra, alcançará as
maiores venturas do Céu» (JHS).
Já agora, para
terminar: nós não precisamos dos Mestres mas os Mestres de nós. Isto é, como
criaturas limitadas sujeitas aos vícios corporais e que, sendo mais comum do
que aparenta, por um desaire psicomental qualquer mandamos às urtigas a
espiritualidade, de facto assim não precisamos dos Mestres Vivos que são Seres
muitíssimo ocupados. Mas Eles precisam de nós para o cumprimento no Plano
Físico denso do Desígnio de Deus em cada Ciclo. Por isso, os Mestres de
Amor-Sabedoria procuram os verdadeiros Discípulos a guisa de Diogenes com a sua
lanterna à procura de um Homem.
Quem se torna Discípulo de um Mestre Verdadeiro
tem tudo a ganhar e tudo a perder: ganha em Iniciação Verdadeira que é
ampliação da Vida-Consciência e perde em Vida-Energia ou condição profana que
ao comum da Humanidade abarca, esta que também tem tudo a ganhar em
espiritualidade e tudo a perder, desaire após desaire, decepção após decepção,
na vivência profana do dia-a-dia, colecionando ilusões e mentiras para um dia,
à porta do túmulo, as perder todas, e continuar além vida em condição igual à
corpórea.
Nisto, o verdadeiro Iniciado, que é todo o verdadeiro Discípulo
(aquele que é aceite pelo Mestre após o aceitar incondicionalmente em seu
peito), «não está sujeito à lei da morte», citando Camões.
Espero ter feito
entender-me. Saudações amigas.
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