Cada
vez mais preciso do silêncio.
Cada
vez mais preciso agir.
Cada
vez mais corro da multidão.
Cada
vez mais preciso da unidade,
mas
a divisão manifesta seu nome.
O
círculo cada vez mais se fecha.
Estou
exposto. Eu me coloquei exposto.
Faço
as contas: somo alguns pensamentos,
subtraio
algumas filosofias, divido alguns conceitos
e
os resultados são sempre alguns padrões.
Engraçado
como essas contas sempre dão resultados exatos.
O
círculo está se fechando porque ele existe
e
é natural tudo que existe ter um movimento.
Mas
o círculo existe porque existe um centro.
Se
eu eliminar o centro, o circulo deixa de existir
e
assim, automaticamente, ele deixa de fechar.
Bimba!
Equação resolvida.
Nem
tanto, ainda não.
Um
detalhe: para eliminar o centro é preciso saber como ele surge.
Ele
está lá porque eu estou a observá-lo.
Se
eu não estiver mais lá, será que ele deixa de existir?
Bom,
pelos para mim vai deixar
e,
no momento, nessa conta, não existe outra ser se não eu.
Será?
Pois
se o centro não existir é porque não existe o observador.
Se
não existe o observador não existe EU.
Resultado:
equação quase resolvida.
(André
Auke)
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