Um
discípulo pergunta ao Osho:
Buda
disse a respeito da alma: “Era apenas uma bolha que já não existe mais. Eu não
estou aqui, assim, para onde irei?”. Então, o que é isso que não morre nem
nasce?
Existe
um Mar sobre o qual as ondas vêm e vão, mas o mar permanece o mesmo. As ondas
não estão separadas do mar, mas não são o mar. As ondas são formas nascidas do
mar, são aparências que tomam forma e morrem. Uma onda que permanece onda para
sempre não pode ter esse nome. A palavra onda significa que ela morre logo que
nasce. Aquilo de onde a onda se ergue está sempre presente, mas o que se ergue
não está. É uma dança do transitório no seio do eterno. O mar nunca nasce; a
onda está nascendo. O mar nunca morre; a onda está sempre morrendo. No momento
que a onda fica sabendo que é o mar, ultrapassa a cadeia de vida e morte. Mas
enquanto acredita ser onda, está dentro da possibilidade de nascimento e morte.
O
tempo não interfere nisso. Esta existência não está ao nosso alcance porque
nossos sentidos só podem compreender a aparência e a forma. Nossos sentidos não
podem compreender aquilo que está além do nome e da forma.
Portanto,
quando Buda disse que nasceu como uma bolha, está se referindo aos dois
aspectos de uma bolha. O que contém uma bolha? Se entrarmos numa bolha,
descobriremos que uma quantidade muito pequena de ar, o mesmo ar infinitamente
espalhado no exterior, está contido numa fina película de água. Essa película
aprisionou uma pequena porção de ar, e essa pequena quantidade de ar tornou-se
uma bolha.
Naturalmente,
assim como tudo, a bolha também se expande. Expandindo-se, ela se rompe e
estoura. Então o ar que estava dentro da bolha une-se ao ar de fora e a água
une-se a água. Mas o que veio à existência nesse meio tempo foi um “Arco-íris
existencial”. Nada mudou no ar ou na água; eles permaneceram os mesmos. Mas
nesse meio tempo uma forma nasceu e morreu.
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