CAPÍTULO 30
No quadrante sul, próximo aos pomares dois mercenários andam calmamente em sua ronda. Disco salta de dentro de alguns arbustos, atinge a cabeça de um deles com a coronha da metralhadora e antes que seu companheiro perceba o que acontece, certeira rajada de balas o joga no chão.
- Menos dois – Fala Disco arrastando os corpos inertes.
Paulatinamente Disco vai pondo os mercenários fora de combate. Movendo-se como um gato na escuridão com seus óculos infravermelhos. Ao atravessar a estreita alameda que liga a casa principal á piscina é surpreendido por dois sentinelas.
- Ei, Você! – Grita um deles.
Disco mal tem tempo de virar e as metralhadoras cospem fogo, atingindo-o em cheio no peito e atirando-o para trás.
- Quem é esse cara?
- Quer saber quem era esse cara? – Pergunta irônico aproximando-se do local onde atingira Disco – Não sei, mas agora é um defunto.
Disco levanta-se repentinamente e sua metralhadora dispara repetidas vezes com um sibilar, lançando s dois homens por terra.
- Bendito colete! – Fala Disco passando a mão sobre o peito e conferindo os cinco projéteis incrustados – Só que devo ter quebrado todas as costelas... Como dói!
Levanta-se com dificuldade.
- Preciso sair daqui o mais rápido possível. Os tiros vão atrair os outros.
Com efeito. Os seis mercenários restantes chegam ao local e encontram os companheiros caídos.
- Onde estão os outros?
- Devem estar muito longe para terem ouvido os tiros – Fala um.
- Ou mortos. Fala outro.
- Onde o chefe está? – Pergunta o primeiro.
- Na casa com a mulher.
- Há alguém matando nossos homens. Vá até lá e avise a ele. – Fala o que parece ser o líder.
- OK. – Diz o mercenário afastando-se correndo.
- Vocês dois. – Fala apontando para os companheiros – Cuidem dos corpos. Dêem um fim neles. Eu e os outros vamos vigiar as prisioneiras. Ele deve estar aqui por causa delas. Quando terminarem venham também.
Os homens se afastam deixando somente os dois encarregados da remoção dos corpos.
- O Hans me irrita! – Fala um dos que ficaram – Ainda vou dar um jeito nessa mania que ele tem de dar ordens como se fosse a um cachorro.
- Não se preocupe... Quando colocarmos a mão na nossa parte, faremos só mais um serviçinho antes de nos aposentarmos e irmos viver no Caribe. - Fala para o outro com um sorriso macabro.
- É isso aí. – Fala o outro puxando seu ex-companheiro pela perna da calça – O Hans não perde por esperar...
Porém, nem bem se afastam alguns metros, da escuridão surgem dois disparos que acabam com os sonhos de riqueza dos mercenários e os faz cair sobre os dois que já estavam no chão.
- Muito bem...Eles já sabem que eu estou aqui – Fala Disco saindo das folhagens com a mão no abdômen. – Mas restam apenas quatro.
Os estábulos ficavam numa região arborizada e próxima ao campo de golfe, que às vezes servia também como pasto e em cujo limite ficavam os currais a céu aberto.
Dois mercenários guardavam a parte de trás das estrebarias, enquanto Hans vigiava a parte da frente. Os primeiros a serem eliminados foram os que estavam nos fundos, abatidos a tiros de pistola. Hans, montava guarda perto da entrada. Disco aparece como se viesse do nada tapando-lhe a boca por trás. Uma lâmina brilha sob a luz da lua e o mercenário cai ao chão.
A construção das estrebarias era robusta e a porta não estava trancada. Na semi-escuridão, Disco divisa as duas mulheres e a menina como vira na TV. Os sequestradores fixaram um tubo sobre as baias, onde as amarraram pelos pulsos. Ele olha em volta, certificando-se que está só e aproxima-se das prisioneiras para examiná-las. O ambiente havia sido totalmente limpo e pintado para servir de cativeiro.
- Drogadas! - Constata ele – Já esperava por isso. Vai dificultar um bocado tirá-las daqui assim.
Olha uma por uma.
- Agora tenho que pegar o chefe e sua comparsa, Sheila Monte Verde. Com isso meu trabalho estará completo.
Ele dirige-se a porta, abrindo-a e olhando para fora, mas antes que possa sair, um golpe violento na cabeça o põe inconsciente.
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