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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Charles Disco e o Sequestro Misterioso (Capitulo 26)

CAPÍTULO 26
No outro dia, Disco acorda cedo e prepara-se para sair após ter tomado o café.
- Vou ao escritório – Fala de pé para Virginie que ainda estava na cama – Mas antes de sair quero lhe pedir duas coisas...
- Você manda, capitão... – Diz ela fazendo uma continência.
- Não saia daqui em hipótese alguma.
- OK.
- E quero que fique com isto sempre perto de você. – Estende uma pistola 9 mm. – Está carregada.
- Eu imaginei... - Diz pegando sem jeito e sentindo o peso – Só que eu não sei atirar com isso.
- Não tem mistério – Fala ele pegando de volta a arma e ensinando – Engatilhe puxando assim... - a arma dá um clic metálico – já tem uma bala na agulha e está pronta para atirar. Aponte para o alvo, desarme a trava com o polegar direito, puxe o cão para trás, segure firme e dispare.
- Você falando parece simples...
- E é simples, até demais... Acho que aí é que está o maior problema. Só que não posso te deixar indefesa... Sei que estão atrás de mim.
- Tenha cuidado.
Horas depois a pick-up toca o asfalto diante do escritório e Charles Disco salta. As portas metálicas das lojas próximas ainda estavam fechadas. Era uma segunda feira e o expediente ali começava mais tarde do que de costume.
Despreocupadamente, Disco dirige-se a entrada de seu prédio quando um veículo dobra  a esquina em alta velocidade. Ele mal tem tempo de virar-se e ver o furgão preto com suas portas abertas por homens fortemente armados, vomitando chumbo em sua direção.
Joga-se atrás de seu próprio carro, enquanto as balas pipocam a sua volta, perfurando toda a lataria e as paredes arrancando lascas que caem sobre Disco. Ele saca sua pistola mas não tem tempo de disparar um só tiro. Tudo é muito rápido e logo o furgão some da mesma forma que apareceu. Disco permanece de pé com sua arma na mão.
- Uma cilada! – Desabafa batendo com o punho fechado sobre o capot do seu veículo. – Uma Maldita cilada! E eu caí como um patinho.
Sobe ao escritório e encontra tudo revirado.
- Praga! – Diz irritado.
Telefona para a empresa onde a Sheila trabalha e não consegue falar com ela. Liga para a propriedade dos Monte Verde e não tem melhor sorte.
- Ela não está. - Diz a irmã – Aliás tem estado muito estranha de uns tempos para cá, nem passou esta noite em casa. Quer deixar algum telefone para que ela possa se comunicar com o Sr.?
- Não. Não é necessário.
Minutos depois Disco leva sua pick-up para a oficina do pequeno Carlos.
- Minha Nossa Senhora! – Espanta-se o garoto – O que foi isso “seu” Disco?
- Balas, meu amigo, muitas balas.
- Uau! Exclama o garoto examinando os buracos – como conseguiu escapar.
- Meu anjo da guarda é esperto. Sempre faz hora extra. Pode dar um jeito?
- Vou tentar.
- Faça o que puder. Tem algum carro que eu possa usar enquanto conserta esse? – Pergunta olhando em volta – Não estou com vontade de sair de moto e bancar o alvo móvel.
- Tenho um velho volks que foi deixado pelo dono porque não tinha dinheiro para pagar o conserto. Está meio caidinho, mas o motor está 100%. É aquele amarelinho ali no canto.
- Serve.

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