Seguidores

sábado, 10 de julho de 2010

Charles Disco e o Sequestro Misterioso (Capitulo 29)

CAPÍTULO 29
Disco despede-se dos homens e vai na direção indicada por eles. Passa direto pela entrada da fazenda e consegue divisar homens que não esforçam-se para ocultar seus armamentos. Circula a propriedade para avaliar sua extensão e a deixa para trás em direção a uma aeroclube.
Lá entra em contato com Virginie e lhe põem a par da situação. Contrata um avião e sobrevoa a fazenda, procurando analisar e memorizar a localização dos prédios. Havia uma casa grande com piscinas e quadras de tênis, campo de futebol e estábulos. Toda propriedade era cercada por pastagens onde se podia ver numerosos cavalos soltos.
- Sun Tzu dizia que é importante conhecer o inimigo e as terras do inimigo – Pensa Disco ao volante de um outro carro, alugado por ele para não ser reconhecido.
Encontra um homem parado numa estradinha próxima à fazenda ao lado de seu antigo caminhão.
- Está com algum problema? – Pergunta Disco pela janela do carro.
- Isto é o problema! – Fala com raiva batendo no capot do velho veículo. -  Essa lata velha já deu tudo o que tinha de dar!
- O que está transportando?
- Apenas uns galões vazios.
- Quer vender?
- Os galões?
- Não. O caminhão.
- O Sr. Fala sério?
- Seríssimo. Me deixe dar uma olhada nele e pode fazer o preço. Isso se ele ainda andar um pouco...
- Nisso eu posso dar um jeito.
Disco fecha o negócio com uma condição.
- Quero que o leve e estacione perto do portão principal da fazenda dos Monte Verde. Eles são meus amigos e vão providenciar um lugar para guardar.
- Tudo bem... Só não entendo porque quer uma coisa velha como essa.
- Sou colecionador. Pode fazer isso?
- Pelo preço que pagou, amigo, eu levo ele onde quiser.
- Então é só deixar e ir embora.
Disco espera o cair da noite e estaciona o carro estrategicamente junto ao muro menos vigiado do haras.
- Espero que o cara do caminhão não tenha problemas para deixar aquela sucata próxima da entrada, nem mexa no pequeno presente que eu deixei para os seqüestradores.
Abre seu porta-malas e retira armas e munição. Pinta seu rosto com uma tinta escura e está pronto para a ação. Penetra na propriedade e pára um instante, retirando de dentro da jaqueta uma pequena caixa preta, esticando uma antena e apertando um botão vermelho.
Próximo a entrada principal, o velho caminhão comprado por Disco explode numa bola de fogo que clareia a escuridão. Os homens da fazenda correm para o local de armas em punho.
- Enquanto todos estão com sua atenção na frente eu posso entrar tranqüilamente. - Pensa ele.
Ele invade a propriedade sem ser notado e instala-se num pequeno bosque ao lado de um campo de golfe, único local onde pode ficar protegido pelas árvores altas e próximo da casa grande.
- O próximo passo é saber quantos realmente são e quais são as suas armas. – Pensa.
Poucas horas depois tudo volta ao normal. Alguns extintores de incêndio e muitos baldes d’água acabam com o incêndio e todos voltam para dentro do haras.
Costa é um dos mercenários encarregados da vigilância. Caminha pelo escuro portando uma pistola e um fuzil.
- Merda! – Xinga ele falando sozinho – Aquele Filho da puta do Carvalho tinha de ficar doente logo hoje! Falei pra ele maneirar na pimenta.
- Boa noite! – Cumprimenta Disco saindo das sombras e apontando sua mini metralhadora com silenciador para a cabeça do homem.
- Quem é você? – Pergunta o mercenário erguendo as mãos.
- Aqui quem faz as perguntas sou eu! – Diz Disco Ríspido – Largue o fuzil e tire o cinturão.
Minutos depois o homem é interrogado suspenso pelos pés no galho de uma árvore.
- Preciso que me diga umas coisas...
- Cê pirou, cara? – Pergunta debochado – O que te diz que eu vou cooperar com você?
- Nada. Mas já sei que existem pelo menos mais dez iguais a você. Pode falar e continuar vivo, mas se não quiser eu te mato e vou atrás de alguém que seja mais receptivo. – Disco engatilha a pistola e aponta para a cabeça do homem que arregala os olhos.
- Calma aí, cara! Não é por aí...
- Então vai falando... Quantos são ao certo.
- Quinze homens mais o chefe e a mulher.
- Não sei o nome... só sei que se juntou a gente por último.
- Que tipo de armas estão usando?
- Desse tipo que estava comigo.
- Nada mais pesado?
- Não. É difícil de transportar e esconder.
- Onde estão os prisioneiros?
- Numa das estrebarias.
- Onde fica?
- A oeste daqui, atravessando o campo.
- Seu chefe está lá?
- Não. Está na casa principal
- Como estão divididos os homens?
- Patrulhas por área, dois a dois.
- E porque está só?
- Meu parceiro comeu demais e ficou doente.
- Obrigado. – Fala Disco acertando a cabeça do homem com a coronha da pistola e pondo-o para dormir.- Você ajudou muito.
Ele fecha a boca do mercenário com uma fita adesiva metálica e o suspende deixando-o vários metros acima do chão.
- Foi muita sorte pegar logo um covarde... me poupou muito trabalho. – Pensa - O próximo passo é eliminar os sentinelas.

0 comentários:

Postar um comentário