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domingo, 4 de julho de 2010

Charles Disco e o Sequestro Misterioso (Capitulo 18)

CAPÍTULO 18
Ao Chegar em seu apartamento entra aborrecido, joga o sobretudo sobre o encosto do sofá, retira o coldre de axila, colocando-o sobre o assento ao seu lado e deixa-se cair sentado pesadamente.
- Disco? – Fala Virginie vindo da cozinha enxugando as mãos num pano. – É você?
Ele não responde. Estica os pés e encolhe-se cruzando os dedos sob o queixo.
- Algum problema? – Pergunta ela.
- Não. – Responde ele sério.
- Consegui o endereço da agência mas não consegui o paradeiro do tal cara que trabalhou para os Monte Verde.
- Então meu palpite estava correto.
- Completamente. Só que tenho de pensar em outra estratégia para descobrir o tal sujeito.
- Já tem algo em mente?
- Vi que o computador da agência é ligado a rede telefônica. tentarei conseguir a informação direto do banco de dados.
- E como vai fazer isso?
- Vou usar um programa de rastreio. Comprei certa vez um pacote com um hacker meu amigo. Já me foi útil muitas vezes. Com ele entro até na Biblioteca do Vaticano.
Disco levanta-se e vai até um canto da sala e instala-se diante da tela de um computador negro ligado a um cem número de periféricos e gadgets.
- Isso é muito útil no tipo de serviço que eu faço.
- Calculo que sim. – Diz Virginie aproximando-se.
- Só que antes eu vou entra na Central da polícia, para ver se consigo a folha corrida do nosso homem e do dono da agência. Elas podem nos dizer algumas coisas importantes.
Virginie observa Disco acionar os comandos.
- Matias daria um braço para me ver fazendo isso. Consegui instalar um link na Central com a ajuda de uns amigos meus.
- Quem é Matias?
- É um delegado que vive pegando no meu pé. Acho que ele tem inveja de eu sempre solucionar os meus casos à sua frente. Ou então tem despeito por eu nunca ter querido entrar para a polícia.
- E Por que não? – Pergunta a moça -
- Existe uma diferença muito grande entre o que é legal e o que é justo. Às vezes fazer cumprir a lei não significa fazer justiça. Sendo assim, eu prefiro tentar fazer justiça, mesmo se tiver que infringir algumas leis.
- Entendo... Mas dessa forma você corre o risco de se exceder, não? Passar dos limites?
- Sim. Há esse risco. E é para isso que existe gente como o Matias. Ele é o meu termômetro. Eu sei, e ele sabe, que o dia que eu sair do controle ele me põe atrás das grades. Até lá é obrigado a me tolerar.
A moça se cala
Minutos depois saí da máquina a ficha de Richard Castro.
- É... Nada sobre o nosso jardineiro... Deve estar usando um nome e documentos falsos. Mas quanto ao dono da Agência de Empregos... O homem não está limpo não... Tem várias passagens antigas pela polícia... Se bem que atualmente não esteja fichado... mas essas acusações de estelionato falam mal a seu respeito.
- E agora, o que vai fazer?
- Vou tentar acessar a agência antes que termine o expediente.
- Faz o seguinte... Me mostra como é o procedimento e vai lá dentro tomar um banho e comer alguma coisa. Deixa que eu continuo daqui.
- Se você acha que pode...
- Claro que posso! – Fala indignada – Acha que no interior não tinha computadores?
Disco fica calado.
- Antes de perder a minha família estava me preparando para um cargo na prefeitura, além de tentar a faculdade. Só devo estar um pouco enferrujada, mas isso é como andar de bicicleta, quando se consegue andar em uma, todas as outras tornam-se mais fáceis.
- Tudo bem. Vou deixar por sua conta.
- Deixe comigo. Eu descubro o que quer.
Ele vai para seu quarto e horas depois volta e pergunta a Virginie:
- E aí, conseguiu a informação?
- Sim e não. Consegui vincular nossa máquina a deles e retirar todo o seu conteúdo, mas um maldito hacker se intrometeu e agora tenho que ir atrás dele para recuperar a informação.
- Vai demorar muito?
- Aconselho a não esperar
- E pode se virar sozinha?
- Esse seu programa é muito bom. Só preciso dizer o que eu quero e ele faz o resto. Deixe por minha conta. Vá dormir.
Disco dá de ombros.
- Você é que sabe...- Diz ele e pensa – Se não der certo, amanhã tento de novo.

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