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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Charles Disco e o Sequestro Misterioso (Capitulo 21)

CAPÍTULO 21
Horas depois chega o Delegado Matias.
- O que houve aqui?
Vários carros de polícia estavam estacionados e todos os policiais de plantão chamados para o local. Os bombeiros já começavam a retirar os carros avariados.
- Um grande acidente.
- Isso dá pra ver, Camargo. – Fala para  policial alto e magro que comandava a operação. – Quero saber o porquê.
- Não sabemos a causa, Delegado Matias, mas detivemos um suspeito.
- Ótimo.
- Mas está se recusando a cooperar.
- O que temos contra ele?
- Testemunhas viram esse homem perseguindo um outro. Ambos armados.
- Pegaram o outro também?
- Infelizmente não sobrou muita coisa dele. Tentou atravessar as pistas correndo e causou tudo isso que pode ver.
- Muito bem... Tragam o suspeito aqui. Quero falar com ele.
- Está algemado dentro da viatura logo alí. Tem uns trinta anos, barba por fazer e usa um sobretudo jeans. Aqui está a sua pistola.
Matias passa a mão impaciente por todo rosto.
- Tragam o cara té aqui pra ver se o Delegado o conhece. – Ordena Camargo.
- Não pode ser ele... – Diz Matias como para si mesmo – Não pode ser...
- Olá, Matias! – Cumprimenta Disco ao aproximar-se com os pulsos presos para trás pelas algemas.
- Disco, seu miserável, desta vez você passou dos limites!
- Mas eu não fiz nada!
- Todas as vezes que há uma catástrofe não natural com incêndio e mortos, lá está Charles Disco!
- Está exagerando, Matias...
- É Delegado Matias, seu pulha! – Esbraveja – E desta vez você não me escapa.
- Qual é a acusação?
- Você troca tiros com um desconhecido, porta uma arma que parece uma bazuca, causa um dos maiores acidentes rodoviários de todos os tempos e ainda pergunta qual é a acusação?
- Eu tenho porte de arma e você não pode provar que eu troquei tiros com ninguém... Só me diga quanto é a fiança que eu pago e vou embora.
- A arma dele foi disparada recentemente, Matias...
O Delegado olha de cara feia para o policial
- Quer dizer...Delegado Matias. E estão faltando algumas balas no pente.
- O que diz a isso, Disco?
- Faltam balas porque esqueci de recarregar minha arma depois de praticar. Estava chegando do clube de tiro quando ouvi disparos sob minha janela. Desci com a arma na mão para ver o que era e vi um homem passar correndo parecendo estar ferido. Eu o segui e quando cheguei aqui o guarda me prendeu.
- Bela saída, Disco. Será que se álibi resiste a uma ligação ao clube de tiro?
- O telefone está no meu bolso. Chame Antonio Carlos Vizigotto e ele lhe dirá a verdade.
- Você é cheio de truques, mesmo...
- Sou um cidadão cumpridor da lei.
- Sim... E eu sou a Branca de Neve. – Retruca Matias com deboche.
- Será que pode mandar alguém tirar essas pulseiras? – Fala Disco - Não são do modelo que eu gosto.
- Soltem o homem! – Ordena o Delegado.
- Obrigado, Matias. – Fala enquanto Camargo abre as algemas.
- Se me chamar mais uma vez assim, vai passar a noite na cadeia!
- O.k... O.k... Me dê minha arma que eu vou embora. - Diz  com as mãos abertas diante do corpo.
- E perder a chance de te aborrecer? Nunca!
- Você não vai fazer isso... Não pode fazer isso... Sabe que eu tenho autorização para usá-la.
- Eu me esqueci... – Fala sorrindo ironicamente – É a idade, sabe? – Aponta o dedo para ele. – Agora suma da minha frente!
- Tudo bem... Você venceu...

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