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domingo, 11 de julho de 2010

Charles Disco e o Sequestro Misterioso (Capitulo 32)

CAPÍTULO 32
O tempo passa lentamente, o dia se vai, a noite vem e novamente a manhã chega. Ali, amarrado e indefeso, Disco pensa inutilmente numa forma de escapar. Por volta das quatro horas da manhã, um ruído vindo da porta chama sua atenção. Uma baque surdo de uma pessoa caindo no chão se segue a uma cabeça que aparece na fresta da porta.
- Disco?
- Aqui, Sheila!
A moça entra com um pedaço de ferro na mão de mais ou menos cinquenta centímetros. Está descalça, com as roupas amarrotadas e com o cabelo desgrenhado, totalmente diferente do seu normal.
- Contaram que estava preso aqui. Consegui escapar do quarto onde estava presa e resolvi vir soltá-lo. – Diz a moça soltando o pedaço de ferro e desamarrando-o.
- Eles me pegaram a traição. O que fez com o sentinela?
- Acertei ele.
- Muito bem... Me escute com atenção. Quero que fique aqui com sua sobrinha e não saia em hipótese alguma.
- Temos que fazer alguma coisa...
- Deixe que eu faço. Mas é preciso que alguém tome conta de Anna Carla e de Eleonora. E você vai fazer isso. Sem discutir. A segurança de todos depende disso.
- Tudo bem.
- Vou sair para pegar seu noivo e a mulher.
Disco deixa o aposento e volta puxando o sentinela desacordado. Retira usas roupas, o amarra e amordaça.
- Tome. – Diz ele retirando a pistola do coldre do mercenário e entregando a Sheila. – Se alguém tentar entrar sem identificar-se atire.
Ainda estava escuro e Disco avança silenciosamente pela alameda até a casa. A porta principal e as janelas estavam fechadas. Havia apenas uma luz acesa no segundo andar.
- Aquele deve ser um dos quartos. Devem estar se divertindo um pouco.
Com efeito, Lá em cima, George e Jéssica estavam sob os lençóis em gemidos lascivos. Um estrondo de vidraças quebradas os trás de volta a realidade.
- O que foi isso? – Pergunta Jéssica.
- Disco! - Fala George levantando-se.
- Não é possível! Ele está bem preso!
- Aquele homem parece ter sete vidas! – Veste-se rapidamente – É ele, eu sei que é ele – Fica de pé pegando uma pistola na mesa de cabeceira.
- O que vai fazer?
- Acabar com ele de uma vez por todas. – Diz saindo – Vá até os furgões e prepare um deles para partirmos.
- Pode deixar comigo. – Diz Jéssica vestindo-se.
George avança pelo corredor à frente da mulher e depois desce lentamente as escadarias da mansão de arma em punho.
- Vou protegê-la para que saia pela porta dos fundos. Vá até a garagem e prepare nossa fuga.
Ao chegar no andar térreo, ele toma posição de tiro em direção a sala e comanda.
- Vá, Jéssica!
A mulher sai pela porta lateral e George segue até onde havia a grande vidraça da sala agora em cacos. O dia está amanhecendo e a luz do sol começa a invadir a casa.
- Apareça, Disco! Ordena ele de pé no meio da sala e de frente para a janela.
- Estou aqui!
A voz vinha de trás de George e quando ele se vira um potente golpe o joga sobre os móveis. Ele levanta-se rápido, mas não encontra seu inimigo. De arma na mão ele o procura no ambiente ainda na penumbra. Uma dor atinge o braço que empunha a pistola e ela cai no chão.
- Agora somos só nós dois – Fala Disco chutando a pistola para longe.
Jorge leva a mão a uma das suas botas e de uma bainha secreta retira uma faca.
- Quero ver se é bom mesmo, Disco!
George troca a faca de mãos várias vezes diante do corpo e investe contra Disco tentando cortá-lo com golpes horizontais. Disco esquiva-se a espera de uma oportunidade para desarmá-lo, que aparece quando seu oponente tenta uma estocada longa.
Disco pula para o lado, enlaçando o braço armado de George, torcendo-o e obrigando-o a soltar sua faca, ao mesmo tempo que o atinge com um potente soco no abdômen.
- Agora estamos iguais. - Diz Disco.
Lá fora o dia amanhecia e o sol surgia por trás das árvores entrando através do que sobrara da janela.
George atinge a virilha de Disco e o empurra com os ombros violentamente contra um móvel baixo encostado na parede, derrubando todos os bibelôs que estavam sobre ele e um grande espelho oval que pendia na parede logo acima. Tenta tapar o rosto de disco com uma das mãos para alcançar a ponta do queixo e quebrar-lhe o pescoço.
Disco revida, também atingindo-o no baixo ventre e em seguida com um poderoso martelo com as duas mãos nas costas, faz com que George caia sobre os joelhos. Ao cair ele puxa as pernas de Disco fazendo-o bater com as costas em outro móvel próximo.
George tenta alcançar a faca jogada longe, mas Disco simultaneamente a segura, erguendo-se junto com ele e batendo o punho armado sucessivamente contra o joelho até que a lâmina caia novamente sendo de novo chutada à distância.
Disco dispara uma furiosa seção de socos contra seu oponente castigando-o bastante no rosto e no abdômen e jogando-o longe.
- Está acabado! – Fala Disco para o inimigo ensanguentado e caído no chão.
- Acho que não! – Fala George triunfante, apontando a pistola que conseguira recuperar e que havia deixado cair no início da luta para Disco e atirando. A bala atravessa o seu ombro direito arremessando-o para trás.
- Você é um merda, Disco, - Diz com dificuldade limpando o sangue do rosto– Não é páreo para mim! – Chuta-lhe as costelas enquanto está tentando se levantar. – Vamos lá para fora! – Ordena.
George meio que chuta, meio que arrasta seu adversário para fora através da janela quebrada até a frente da mansão. O dia já tinha amanhecido.
- Vai ser um prazer matá-lo!
Disco estava ajoelhado com um das mãos no ombro ferido e a outra sobre as costelas. George aponta a arma para a cabeça de Disco e puxa o cão para trás.
- Adeus, Disco!

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