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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Zen na Vida Diária

No Zen a pessoa não busca a verdade somente meditando; também a procura na própria vida diária. (...) é preciso encontrar a resposta de uma pergunta que é: "Como vou passar minha vida?" Devemos lembrar as lições do Buda que tratam de autodisciplina e consciência.

Quando uma piada não pretende ofender, ninguém tem nada em contrário. Mas a inimizade que vem do coração é bem outra coisa.

A primeira coisa que vocês devem fazer é parar um instante, examinar, e ver que motivos têm para se irritarem e se aborrecerem. Esses momentozinhos de percepção consciente ajudam a verificar que ser amável é melhor do que ser grosseiro.

Essas intuições são muito importantes e cada qual tem de ouvi-las e segui-las. Conseguindo encontrar a força necessária para se perceber e controlar-se, qualquer pessoa tira dois proveitos: em primeiro lugar, esse processo ajuda o desenvolvimento espiritual interno e, em segundo, ocorre uma transformação surpreendente na pessoa que você costuma atormentar. Nunca se sabe, mas sempre é possível conseguir deixar contente alguém que costumava ser triste e infeliz.

Mas tudo isso é apenas o começo. Depois, cada qual deve examinar os inesgotáveis defeitozinhos que cada um de nós e quando os encontrar, começar a trabalhar para elimina devagar, um a um, a fim de se livrar de todos eles. Isso seria o resultado da vida no zen.

A autodisciplina é muito importante, é a base da verdadeira espiritualidade. Ao ouvir isso muitos vão tomar bastante cuidado para ficarem de olho em si mesmo. Mas também garanto que em pouco tempo vão achar tudo isso muito cansativo e mandar as boas intenções para o ar, como se fossem penas ao vento.

Simplesmente sei que esquecer é humano. Até os discípulos do Buda se esqueciam das coisas e ele sabia muito bem disso; por isso vivia pedindo a todos que tivessem consciência, que ficassem sempre alerta e cientes de tudo que faziam e pensavam.

Ser consciente, ou seja, perceber as coisas conscientemente é a base da autodisciplina espiritual, não só no zen como em todas as religiões do mundo. Entretanto não se deve esquecer da alegria O mundo seria triste demais se ninguém pudesse rir e brincar.

Uma sugestão para nunca esquecer o que fazer seria desenhar um sinalzinho e pendurá-lo em seus quartos, por exemplo, para lembrarem de tudo isto quando olharem para ele.

Escrevam isto: "Quero viver de modo a me respeitar sempre".

(Retirado e adaptado de “No Caminho do Satori” de Gerta Ital, Editora Siciliano)

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