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quarta-feira, 13 de junho de 2012

História do lanche XI: As Bebidas

Os Sucos
Um suco (português brasileiro) ou sumo (português europeu), refresco ou ainda néctar é uma bebida produzida através do líquido extraído de quase todos os frutos, geralmente despejando-o em um recipiente.
Opcionalmente, o líquido pode ser coado antes do consumo. Certa quantidade de água também pode ser adicionada ao recipiente para a diluição do suco. Por fim, geralmente adiciona-se uma dosagem de açúcar ou adoçante ao suco para deixá-lo mais saboroso, com dosagem variada de acordo com o gosto.
Além dos frutos, sucos também podem ser obtidos pelo processamento de outras partes dos vegetais, tais como folhas, talos ou raízes.
É disponível no comércio o suco concentrado, que requer a adição de água para reconstituir o líquido ao estado (aproximado) do suco original.
Recentemente, tornou-se popular a combinação de sucos de diferentes frutas em uma única bebida.
Apesar de similares, há uma diferença entre as definições de suco, néctar e refresco:

Suco é mais concentrado, integral, com 100 % de fruta. Se contiver açúcar, a quantidade máxima permitida é de 10 % da composição e no rótulo deve haver a frase “suco de fruta adoçado”. Corantes e conservantes não podem ser adicionados ao suco.
Existem algumas exceções a essas regras, como os sucos de frutas tropicais, nos quais a polpa de fruta pode ser diluída em água potável numa proporção mínima de 35 % de polpa, dependendo do sabor.

Néctar possui uma concentração menor de polpa de fruta em relação ao suco. Esta concentração, nos néctares, varia de 20% a 30% conforme a fruta. E, ao contrário dos sucos, pode receber aditivos, como corantes e conservantes[10].

Refresco é uma bebida não gaseificada, não fermentada, obtida pela diluição, em água potável, do suco de fruta, polpa ou extrato vegetal de sua origem, com a adição de açúcares. O teor de fruta varia de 2 a 10%. Não há a obrigatoriedade de haver fruta in natura na composição. Contudo, neste caso, devem estar claras no rótulo as expressões “artificial” e “sabor de”.

O Ministério da Agricultura brasileiro obriga os fabricantes a estamparem no rótulo se a bebida é suco, néctar ou refresco.

O Caldo de cana
Caldo de cana ou garapa é o nome que se dá ao líquido extraído da cana-de-açúcar no processo de moagem. É rico em sacarose, sendo usado como matéria-prima na fabricação de açúcar, etanol (álcool etílico) e cachaça. O resíduo industrial na destilação, para fabricação de álcool e cachaça, é o melaço, ou mel-de-furo.
O caldo de cana é consumido também in natura, como alimento muito energético. É ainda apreciado após iniciado seu processo de fermentação, embora haja controvérsia quanto aos efeitos de tal ingestão no organismo, se benéficos ou não. Neste estado, em fermentação, adquire sabor semelhante ao do aluá, bebida fermentada típica das festas juninas brasileiras, similar ao quentão, como é chamada no Sudeste do país. Também é utilizado como base para a produção de melado e rapadura, alimentos muito populares na região nordeste do Brasil.
O valor nutricional da cana está diretamente ligado ao seu alto teor de açúcar (40% a 50% de açúcares na matéria seca), uma vez que o seu conteúdo protéico é extremamente baixo, o que lhe confere a característica de ser um alimento muito desbalanceado em relação a seus nutrientes.


O Refresco em pó (ou Ki Suco)
No Brasil largamento popularizado como Ki-Suco, o refresco em pó nasceu Kool-Aid nos EUA em 1927, inventado por Edwin Perkins, no estado do Nebraska. Engraçado que Nebraska sempre me remeteu à neve, em sensação bastante semelhante à jarra que poreja, geladinha.


Antes de inventar o Kool-Aid, Edwin vendia suco concentrado em garrafas. Mas era um produto caro e se quebrava com facilidade. Ao tentar encontrar a solução, transformou o suco em pó e, no ano seguinte, lançou o novo suco no mercado, com seis diferentes sabores: cereja, uva, laranja, limão, morango e raspberry.


Em 1953, a empresa de Edwin foi vendida para a General Foods Company que, em 1989, seria incorporada pela Kraft para formar a Kraft Foods. Em 1955, foram acrescentados à linha Kool-Aid mais dois sabores: root beer e lemonade.


No Brasil, o Kool-Aid chegou em 1961, com o nome de Ki-Suco. Três anos depois, as embalagens foram reformuladas, com a adição do Kool-Aid Man, personagem bonachão que é uma jarra estilizada cheia de suco suculento e que no Brasil recebeu o nome "Jarrão". (Esse também era um dos apelidos preferidos para chamar os colegas que estavam acima do peso...).


Muitas mudanças ocorreram para revitalizar a marca no Brasil, inclusive o lançamento de outras que concorreriam diretamente com o próprio Ki Suco. Dentre elas a marca Tang, lançada no Brasil no ano de 1978, e que hoje é líder de marcado, surgida em 1957, cuja mistura em pó já vinha adoçada com açúcar, não sendo necessário acrescentar nada além da água. A marca Tang tem sido pioneira em diversos segmentos de bebidas em pó, como a primeira a utilizar a combinação de duas frutas (1997), a adicionar polpa de fruta em sua composição (1999), também a primeira bebida em pó a adicionar vitaminas e ferro em sua composição (2003).

O Refrigerante
Refrigerante é uma bebida não-alcoólica e não fermentada, fabricada industrialmente, à base de água mineral e açúcar, podendo conter edulcorante, extratos ou aroma sintetizado de frutas ou outros vegetais e gás carbônico. Neste grupo, encontra-se também a água tônica. No século XVI, a fabricação e a elaboração dos refrigerantes eram exclusivamente realizadas por farmacêuticos que, devido aos seus conhecimentos de química e medicina, produziam e comercializava como produtos farmacológicos.

O refrigerante é uma bebida rica em corantes e conservantes que contém grande quantidade de açúcar, exceto nas versões light e diet que apresentam menor quantidade. Possui aroma sintético de fruta e gás carbônico.

Os primeiros refrigerantes surgiram em 1676, em Paris. Na verdade, a mistura era mais um suco artificial do que um refrigerante. Nela continha água, sumo de limão e açúcar.

Naquela época, não havia ainda descoberto a água misturada ao gás carbônico. Em 1772, Joseph Priestley realizou experiências acrescentando gás em líquidos, mas foi somente comercializado em 1830. Nessa época, os farmacêuticos tentavam associar ingredientes curativos às bebidas gaseificadas exclusivamente para fins farmacêuticos, como no auxílio da digestão, por exemplo.

Duas das maiores fabricantes de refrigerantes do mundo, Coca-Cola e Pepsi, também foram pioneiras na produção da bebida e suas fórmulas tiveram o mesmo fim: ajudar na digestão. O farmacêutico John Pemberton criou uma mistura de cor caramelo e a juntou com água gaseificada. Seu contador, Frank Robinson, batizou a bebida de Coca-Cola, passando a vendê-la na farmácia pelo preço de U$ 0,05.

No caso da Pepsi, o propósito da bebida também era o de ajudar e melhorar a digestão. Um reflexo disso é o próprio nome “Pepsi”, que veio da palavra pepsina, principal enzima que atua no processo da digestão e que estava presente na composição da bebida junto com nozes de cola.


Retirado e adaptado de:

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