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sábado, 9 de junho de 2012

História do Lanche VII: Os salgadinhos


O Pastel
Não existe registro oficial de como o pastel tenha surgido. As versões mais conhecidas é de que o pastel, no formato atual, deriva do “snack” norte-americano ou tenha sido criado a partir Gyosa, um tipo de pequeno pastel japonês, que é cozido em banho maria ou assado na chapa.


Numa outra versão, teria derivado do tradicional "Rolinho Primavera" da culinária chinesa. Sua introdução se deu através daqueles imigrantes, que tiveram de adaptar-se às matérias primas disponíveis no Brasil.


Acredita-se que, por acidente, um Gyosa tenha caído em óleo quente e a partir daí tenha surgido o pastel como conhecemos. Nesta época, os recheios eram apenas de carne e queijo.


No Brasil, o pastel é um dos produtos mais consumidos em todas as regiões. O produto apareceu inicialmente em São Paulo, entre os descendentes japoneses, por volta da década de 40. Sua popularização na cultura do brasileiro, veio através das mãos dos imigrantes japoneses que, por ocasião da 2º Guerra Mundial, vieram a abrir diversas pastelarias no intuito de se passarem por imigrantes chineses, livrando-se dessa forma, da discriminação que havia na época, contra a aliança entre Alemães, Italianos e Japoneses. 


Rissole
Rissole ou rissol é um salgadinho em formato de pastel, feito de massa cozida de farinha de trigo, com caldo de galinha ou de camarão e leite, recheado com creme béchamel e carne moída, camarão, palmito, frango ou queijo.


Envolto em farinha de rosca é frito em óleo quente. A mesma massa é usada para a coxinha e o enroladinho. Seu nome tem origem no francês rissole, alteração de roisole.

Kibe
Quibe (ou kibe) é um prato típico do Oriente Médio que consiste em um bolinho de carne moída (eventualmente substituída por proteína de soja), temperada com ervas, que pode ser cru, cozido ou frito.
O nome deriva de kubbeh que em árabe significa bola. É um prato muito popular e considerado o prato nacional no Líbano, Síria e Iraque. É também comum no norte da África, na Turquia, na península arábica e em parte do Cáucaso, como na Armênia. Imigrantes dessas regiões difundiram a receita para outras partes do mundo - em especial para o Brasil, onde se pode comer quibe em padarias, lanchonetes, restaurantes e bares.


No seu preparo mais comum consiste de uma massa de carne moída e trigo tabule, recheada originalmente com carne de carneiro e ervas. O formato, o tamanho e os ingredientes variam muito nos diferentes tipos de quibes. No Iraque existe um tipo de quibe onde a massa (crosta) é feita de arroz, chamado de Kubbat Halab. Também no Iraque, outro tipo de quibe é feito com a massa de carne e trigo, no formato arredondado e chato, chamado de Kubbat Mosul. Finalmente existe um tipo de quibe assírio/iraquiano, onde o quibe é misturado e depois cozido com tomates e temperos.


O quibe com a carne e a mistura de tabule, sem a massa (crosta), pode ser servido cru, chamado kibbe nayye, típico do Líbano, Síria e Iraque, acompanhado do licor de arak. No Líbano, o quibe cru servido num dia, é cozido para ser servido no dia seguinte. Um acompanhamento tradicional do quibe é o tahine ou a coalhada (labneh).


Apesar de ser originário do Oriente Médio, é um prato popular na América do Sul, onde foi introduzido pelos imigrantes sírio-libaneses, oriundos do antigo Império Otomano.

Coxinha
A coxinha é uma derivação dos croquetes europeus. O recheio em si (o frango/galinha), é um ingrediente muito popular na culinária francesa. A única diferença é o formato, que foi criado aqui, e o recheio extra de Catupiry.


Existe uma lenda em que um menino que tinha algum impedimento mental, filho da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, era mantido longe da corte real em Limeira, São Paulo. Por sabe-se lá qual razão, o menino tinha uma fixação em coxas e peitos de galinhas. Um dia, não havia galinha suficiente para ele comer, assim a cozinheira fez a galinha junto com uma massa para que rendesse e assim nasceu a coxinha.

Esfiha
Esfirra ou esfiha é uma pequena torta assada originária da Síria e do Líbano, e encontrada em outros países do Oriente Médio, como a Jordânia, Israel e Iraque, além do Brasil e Argentina, para onde foi levada por imigrantes árabes (sírio-libaneses) e tornou-se extremamente popular.

Existem diversas receitas de esfirra. A forma tradicional sempre é feita com massa de pão, assada no forno, com recheios que podem ser de carne bovina, carne de carneiro, queijo, coalhada ou verduras temperadas.


A Empada
A empada ou empadinha é uma espécie de salgado popular no Brasil e em Portugal. De origem desconhecida, é encontrado em quase todos os lugares do mundo.


Provavelmente, tem origem nos pastelões portugueses, que consistiam em grandes tortas salgadas, com recheios diversos, com forte influência medieval. No século XIX os pastelões pequenos eram conhecidos como empadas de caixa. Uma outra razão do sucesso das empadas e empadões, era de que serviam como refeições para os seguidores da Igreja Católica, nos dias de abstinência de consumo de carne de vaca ou suína. Em Portugal, as empadas de frango são hoje as mais populares, sendo possível encontrá-las na maior parte dos cafés e pastelarias, assim como adquiri-las em supermercados.


O salgado é feito de massa podre (massa preparada de farinha com gordura para assar), com recheios variados: carne, carne-seca, frango, requeijão (catupiry), camarão, palmito, entre outros.


 A etimologia da palavra empada é uma simplificação para a palavra empanada (também usada no idioma espanhol), com origem no latim panis, que significa pão. O significado mais próximo seria de iguaria de massa com recheio de carne (normalmente), com fechamento (tampa) da própria massa. Nos Estados Unidos da América pode-se encontrar uma empada de frango, chamada chicken pie, e na Inglaterra encontra-se uma empada de frango e cogumelos,e a famosa Melton Mowbray Pie, recheada com carne de porco picada e colágeno.
  
Retirado e adaptado de:

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