O Pão Francês
A
receita do pão francês hoje mais consumido no Brasil surgiu no início do século
XX, provavelmente perto da Primeira Guerra Mundial, por encomenda de
brasileiros endinheirados que voltavam de viagem a países da Europa.
Até
o fim do século XIX, o pão mais comum no Brasil era completamente diferente,
com miolo e casca escuros. Na época, era bastante popular em Paris um pão curto
com miolo branco e casca dourada - espécie de precursor da baguete, atual
predileção dos franceses. Os viajantes de famílias ricas que voltavam de lá
descreviam o produto a seus cozinheiros, que tentavam então reproduzir a
receita pela aparência.
O
resultado foi a invenção do pão francês brasileiro. Em algumas regiões do país
ele se difere de sua fonte de inspiração européia, por poder levar um pouco de
açúcar e gordura em sua composição. Com o tempo, o novo pão foi ganhando
apelidos locais diferentes, como pãozinho (São Paulo), pão massa grossa
(Maranhão), cacetinho (Rio Grande do Sul, Bahia), pão careca (Pará), média
(Baixada Santista), filão, pão jacó (Sergipe), pão aguado (Paraíba), pão de
sal, ou pão carioquinha (Ceará) em diferentes cidades do Brasil.
Ao
contrário do biscoito, esse alimento tem alta umidade – quase 1/3 de água – e,
em contato com o ar, tende a perdê-la e ficar duro. O endurecimento do pão
francês pode ser retardado, se você fechá-lo em um saco plástico ou em um
vidro. Entretanto, dificilmente você conseguirá mantê-lo crocante, pois a perda
da crocância desse pãozinho se deve à migração de umidade do miolo – mais úmido
– para a casca, que é menos úmida. Assim, mesmo que bem guardado para não
endurecer, ele ficará murcho...
O Croissant
Sua
origem é atribuída aos padeiros de Viena. Segundo a tradição, em 1683 (Batalha
de Viena), enquanto trabalhavam à noite, estes ouviram o barulho que o inimigo
otomano fazia ao cavar um túnel, e ao dar o alarme sobre o que estava
acontecendo, conseguiram impedir o êxito do ataque. O formato em crescente
seria alusivo à bandeira do Império Otomano. Os franceses ainda hoje chamam
este tipo de pão amanteigado de viennoiserie’’.
Alguns
pesquisadores atribuem sua invenção ao comerciante vienense de origem polonesa
Franz Georg Kolchitsky que vivia em Constantinopla. Esse homem conheceu o café
nessa cidade em 1475 e, com cerca de 500 sacas do produto abandonadas pelos
Turcos após derrota em batalha, abriu um "café" onde passou a servir
a bebida. Aí, para acompanhar o café, inventou esse pão em formato de crescente.
Maria
Antonieta, originária de Viena, introduziu e popularizou o croissant na França,
a partir de 1770, onde hoje é um elemento tradicional do desjejum matinal com
uma boa xícara de café com leite.
Retirado
e adaptado de:
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