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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Três Pela Manhã

Por Chuang Tzu
Toda vez que gastamos nossas mentes, apegando-nos teimosamente a uma visão parcial das coisas, recusando uma concórdia mais profunda entre este ou aquele contrário que o complementa, temos o chamado «três pela manhã».

O que vem a ser esse «três pela manhã»?

Um domador de macacos dirigiu-se a eles e disse-lhes:

«Quanto às suas castanhas, vocês terão três quantidades pela manhã, e quatro à tarde».

Ouvindo isso, os macacos ficaram com raiva.

Então, o domador lhes disse:

«Está bem, neste caso, eu lhes darei quatro pela manhã e três à tarde».
Ouvindo isso, os macacos ficaram satisfeitos.

As duas sugestões eram equivalentes, pois o número das castanhas não se alterava. Mas, em uma delas os macacos ficavam descontentes e, na outra, ficavam satisfeitos.

O domador teve vontade de modificar a sua sugestão pessoal, de modo a satisfazer às condições objetivas. E nada perdeu com isso!

O verdadeiro sábio, considerando todos os lados da questão imparcialmente, vê-os todos à luz do Tao.

A isto chama-se seguir dois cursos de uma só vez.


Chuang Tzu foi um grande filósofo taoísta chinês do Séc. IV a.C.


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