Por Gilson Medeiros
Sempre
que estou no trânsito, procuro observar os adesivos com motivos cristãos que os
donos colam em seus "possantes".
Um
dia desses, percebi que um pouco mais à frente também seguia outro carro,
fazendo zigue-zague no trânsito, algo muito comum... infelizmente.
Mas
o que me causou admiração, e deu motivação para escrever esta postagem, foi que
a traseira do carro estava cheia de adesivos "cristãos".
"Jesus
mudou meu viver"
"Jesus
te ama"
"Deus
é fiel"
Continuei
dirigindo, e pensando...
Que
espaço Jesus ocupa, de fato, na vida dos que se rotulam de
"cristãos"? Segundo a Bíblia, os seguidores dEle foram chamados assim
pela primeira vez, exatamente porque as pessoas viam que eles eram
"diferentes" (cf. Atos 11:26). Eram o Cristo no
"aumentativo"!
O
que vejo hoje é que muitas pessoas se auto-proclamam de "cristãs",
mas usam Jesus apenas como "marketing", como uma espécie de
"marca publicitária". Ou seja, parece que ficou "chique"
assumir a fé nEle.
Se
considerar "cristão", mas furar fila de banco, dirigir
irresponsavelmente, agir com egoísmo no trabalho ou na família, ter um
comportamento durante a semana e outro no dia de ir pra igreja, tratar colegas
e amigos com arrogância e falsidade... tudo isso me parece muito hipócrita, e
não creio que o Senhor Se alegre com este tipo de "profissão de fé".
Em
nossos dias, tem sido muito comum adesivar os carros ou vestir camisetas com
"slogans" bonitos e inspiradores, mas me parece que o mundo está mais
desejoso (e carente) de ver pessoas que pratiquem e vivam a fé que Jesus
ensinou, e isso de forma autêntica.
Quando
vejo reportagens sobre o aumento da miséria; sobre a grande quantidade de
crianças abandonadas nos orfanatos; sobre a robalheira envolvendo políticos que
usam a "máscara" de cristãos... me pergunto: para que serve, de fato,
a religião? Apenas para "acalmar a consciência" em momentos de luto,
por exemplo no "Dia de Finados"... ou é algo mais?!
O
que Jesus ensinou foi exatamente este "algo mais": uma vida
abundante, próspera (mas não como os mercenários da fé televisiva pregam hoje),
produtiva, e solidária; e tudo isso com base na graça e na justificação pela fé
nEle, e não como "meio" de se conseguir favores divinos, como algumas
correntes religiosas pregam.
"mantendo
exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam
contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras,
glorifiquem a Deus no dia da visitação" (1Ped. 2:12).
Seja
o "algo mais".
O
mundo precisa disso!
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