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segunda-feira, 12 de março de 2012

Uma "Marca" Chamada Jesus


Por Gilson Medeiros
Sempre que estou no trânsito, procuro observar os adesivos com motivos cristãos que os donos colam em seus "possantes".

Um dia desses, percebi que um pouco mais à frente também seguia outro carro, fazendo zigue-zague no trânsito, algo muito comum... infelizmente.

Mas o que me causou admiração, e deu motivação para escrever esta postagem, foi que a traseira do carro estava cheia de adesivos "cristãos".

"Jesus mudou meu viver"
"Jesus te ama"
"Deus é fiel"

Continuei dirigindo, e pensando...

Que espaço Jesus ocupa, de fato, na vida dos que se rotulam de "cristãos"? Segundo a Bíblia, os seguidores dEle foram chamados assim pela primeira vez, exatamente porque as pessoas viam que eles eram "diferentes" (cf. Atos 11:26). Eram o Cristo no "aumentativo"!

O que vejo hoje é que muitas pessoas se auto-proclamam de "cristãs", mas usam Jesus apenas como "marketing", como uma espécie de "marca publicitária". Ou seja, parece que ficou "chique" assumir a fé nEle.

Se considerar "cristão", mas furar fila de banco, dirigir irresponsavelmente, agir com egoísmo no trabalho ou na família, ter um comportamento durante a semana e outro no dia de ir pra igreja, tratar colegas e amigos com arrogância e falsidade... tudo isso me parece muito hipócrita, e não creio que o Senhor Se alegre com este tipo de "profissão de fé".

Em nossos dias, tem sido muito comum adesivar os carros ou vestir camisetas com "slogans" bonitos e inspiradores, mas me parece que o mundo está mais desejoso (e carente) de ver pessoas que pratiquem e vivam a fé que Jesus ensinou, e isso de forma autêntica.

Quando vejo reportagens sobre o aumento da miséria; sobre a grande quantidade de crianças abandonadas nos orfanatos; sobre a robalheira envolvendo políticos que usam a "máscara" de cristãos... me pergunto: para que serve, de fato, a religião? Apenas para "acalmar a consciência" em momentos de luto, por exemplo no "Dia de Finados"... ou é algo mais?!

O que Jesus ensinou foi exatamente este "algo mais": uma vida abundante, próspera (mas não como os mercenários da fé televisiva pregam hoje), produtiva, e solidária; e tudo isso com base na graça e na justificação pela fé nEle, e não como "meio" de se conseguir favores divinos, como algumas correntes religiosas pregam.

"mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação" (1Ped. 2:12).

Seja o "algo mais".
O mundo precisa disso!

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