Só para relembrar, seguem enumeradas abaixo as sete táticas esmiuçadas num post anterior (http://abcimaginario.blogspot.com/2012/03/taticas-femininas-de-guerrilha-para.html) sobre as táticas de guerrilha feminina para D. R. e mais dois estudos de caso, além desse, para exemplificar:
http://abcimaginario.blogspot.com/2012/03/taticas-femininas-de-guerrilha-para_03.html
http://abcimaginario.blogspot.com/2012/03/taticas-femininas-de-guerrilha-para_04.html
http://abcimaginario.blogspot.com/2012/03/taticas-femininas-de-guerrilha-para_03.html
http://abcimaginario.blogspot.com/2012/03/taticas-femininas-de-guerrilha-para_04.html
1. Faça parecer que você é Madre Teresa de Calcutá
2. Quando encurralada, desvie o assunto para discussões que você pode ganhar
3. Chute as bolas dele no ringue emocional
4. Lembre-se que a vítima é sempre você
5. Faça-se de desentendida
6. Quando estiver perdendo, apele:
a) reclamar de como ele sempre joga os erros na sua cara.
b) reclamar da situação e exaltar como vocês não discutiam assim antigamente.
c) tentar pedir desculpas e dar o assunto como encerrado.
7. Concorde ironicamente com ele
***
Por Paulo Henrique Martins
Agora veja em alguns exemplos meramente ilustrativos como elas usam como maestria cada um dos tópicos abordados. Numerei as táticas para facilitar o reconhecimento.
Caso
3: O programa
Você
liga para combinar alguma coisa com ela…
—
Alô, querida?
—
Oi amor! Tudo bom?
—
Tudo. Quer ir jantar alguma coisa e ir no cinema depois?
—
Hmmm… Pode ser… O que você quer fazer?
—
Ah… Tava pensando em ir no Outback ou comer uma pizza e depois a gente podia
assistir “Machete”!
—
Ai, amor! Machete? Ouvi falar que esse filme é babaca e machista! Aposto que a
gente vai se divertir mais assistindo outra coisa [1]
—
Hmmmm… o que você sugere?
—
Ah, eu queria ver “Esposa de Mentirinha”, que tem até aquela loirinha que você
adora! [1]
—
Porra! Comédia romântica? Sério que você vai me fazer assistir isso?
—
Ai, seu grosso! [4] Não precisa ver nada que você não queira não! Não precisa
gastar seu precioso tempo no cinema comigo. [1, 3]
—
Ah, eu não gosto muito de comédia romântica, você sabe!
—
Você nem conhece o filme! Não precisa também… eu tou cansada, não precisamos ir
no cinema não. [3]
—
Tá bom! Tá bom… A gente pode ver isso sim… A gente pode se encontrar pra comer
uma pizza e depois a gente vai assistir “Esposinha de mentira”
—
“Esposa de mentirinha”
—
Que seja!
—
Nossa, como você tá rude hoje! [4] Se for pra ficar assim, nem precisa vir! [3]
—
Tá bom, gata… desculpa, viu?
—
Mas eu não queria comer pizza não… Vamos comer comida japonesa!
—
De novo? A gente já comeu semana passada!
—
Ah, mas eu estou com vontade! E pizza a gente já comeu semana passada também!
—
Mas existem 734 sabores de pizza. E semana passada a gente foi no rodízio e
comemos todos os temakis que existem!
—
Ah, amor, mas comida japonesa vai te fazer melhor! É mas saudável! [1]
—
E mais cara!
—
Nossa! Não precisa gastar seu rico dinheirinho comigo não. [3]
—
Ô saco! Não precisa levar tudo por esse sentido não… Tá bom, olha… a gente vai
comer naquele restaurante japonês do shopping que é bacaninha e não é tão caro!
Pode ser?
—
[...] Hmmm… [...] Pode sim. Você passa aqui pra me pegar que horas?
—
Errr… eu tava pensando que a gente podia se encontrar por lá…
—
Ah não… é até melhor que você venha me pegar porque daí a gente foge do
trânsito pela marginal [1]
—
Mas eu vou ter que desviar meu caminho, amorzinho…
—
Puxa! Não precisa vir se eu sou um estorvo tão grande! [3]
—
Cacete!… Vamos fazer o seguinte então… Eu passo aí 7 da noite, ok?
—
Tá! Beijos!
—
Beijos… se eu me atrasar é porque…
Garota
desliga. Você fica pensando como ela conseguiu mudar seu filme, seu jantar e
seu percurso de forma tão fácil.
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