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segunda-feira, 5 de março de 2012

Táticas Femininas de Guerrilha para Discussões de Relacionamento IV - Mais Um Estudo de Caso



Só para relembrar, seguem enumeradas abaixo as sete táticas esmiuçadas num post anterior (http://abcimaginario.blogspot.com/2012/03/taticas-femininas-de-guerrilha-para.html) sobre as táticas de guerrilha feminina para D. R. e  mais dois estudos de caso, além desse, para exemplificar:
http://abcimaginario.blogspot.com/2012/03/taticas-femininas-de-guerrilha-para_03.html
http://abcimaginario.blogspot.com/2012/03/taticas-femininas-de-guerrilha-para_04.html

1. Faça parecer que você é Madre Teresa de Calcutá
2. Quando encurralada, desvie o assunto para discussões que você pode ganhar
3. Chute as bolas dele no ringue emocional
4. Lembre-se que a vítima é sempre você
5. Faça-se de desentendida
6. Quando estiver perdendo, apele:
    a) reclamar de como ele sempre joga os erros na sua cara.
    b) reclamar da situação e exaltar como vocês não discutiam assim antigamente.
    c) tentar pedir desculpas e dar o assunto como encerrado.
7. Concorde ironicamente com ele

***

Por Paulo Henrique Martins
Agora veja em alguns exemplos meramente ilustrativos como elas usam como maestria cada um dos tópicos abordados. Numerei as táticas para facilitar o reconhecimento.



Caso 3: O programa
Você liga para combinar alguma coisa com ela…

— Alô, querida?

— Oi amor! Tudo bom?

— Tudo. Quer ir jantar alguma coisa e ir no cinema depois?

— Hmmm… Pode ser… O que você quer fazer?

— Ah… Tava pensando em ir no Outback ou comer uma pizza e depois a gente podia assistir “Machete”!

— Ai, amor! Machete? Ouvi falar que esse filme é babaca e machista! Aposto que a gente vai se divertir mais assistindo outra coisa [1]

— Hmmmm… o que você sugere?

— Ah, eu queria ver “Esposa de Mentirinha”, que tem até aquela loirinha que você adora! [1]

— Porra! Comédia romântica? Sério que você vai me fazer assistir isso?

— Ai, seu grosso! [4] Não precisa ver nada que você não queira não! Não precisa gastar seu precioso tempo no cinema comigo. [1, 3]

— Ah, eu não gosto muito de comédia romântica, você sabe!

— Você nem conhece o filme! Não precisa também… eu tou cansada, não precisamos ir no cinema não. [3]

— Tá bom! Tá bom… A gente pode ver isso sim… A gente pode se encontrar pra comer uma pizza e depois a gente vai assistir “Esposinha de mentira”

— “Esposa de mentirinha”

— Que seja!

— Nossa, como você tá rude hoje! [4] Se for pra ficar assim, nem precisa vir! [3]

— Tá bom, gata… desculpa, viu?

— Mas eu não queria comer pizza não… Vamos comer comida japonesa!

— De novo? A gente já comeu semana passada!

— Ah, mas eu estou com vontade! E pizza a gente já comeu semana passada também!

— Mas existem 734 sabores de pizza. E semana passada a gente foi no rodízio e comemos todos os temakis que existem!

— Ah, amor, mas comida japonesa vai te fazer melhor! É mas saudável! [1]

— E mais cara!

— Nossa! Não precisa gastar seu rico dinheirinho comigo não. [3]

— Ô saco! Não precisa levar tudo por esse sentido não… Tá bom, olha… a gente vai comer naquele restaurante japonês do shopping que é bacaninha e não é tão caro! Pode ser?

— [...] Hmmm… [...] Pode sim. Você passa aqui pra me pegar que horas?

— Errr… eu tava pensando que a gente podia se encontrar por lá…

— Ah não… é até melhor que você venha me pegar porque daí a gente foge do trânsito pela marginal [1]

— Mas eu vou ter que desviar meu caminho, amorzinho…

— Puxa! Não precisa vir se eu sou um estorvo tão grande! [3]

— Cacete!… Vamos fazer o seguinte então… Eu passo aí 7 da noite, ok?

— Tá! Beijos!

— Beijos… se eu me atrasar é porque…

Garota desliga. Você fica pensando como ela conseguiu mudar seu filme, seu jantar e seu percurso de forma tão fácil.

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