Por Tiago Mazzon
Dinheiro
é energia. Energia potencial. É uma energia acumulada que tem o potencial de
fazer um certo número de coisas. Essas coisas que o dinheiro pode adquirir ou
fazer são coisas que possuem um valor correspondente em quantidade de dinheiro.
Dessa
forma, o dinheiro é um medidor de valor pra coisas ou serviços.
Então,
o que realmente importa é o valor, não o dinheiro, visto que é o valor que
damos às coisas que é o que dita quanto essas coisas custarão.
O
valor vem de onde?
O
valor vem da necessidade e do interesse das pessoas acerca das coisas e
serviços. O valor vem do julgamento de que algo é mais ou menos importante.
Logo,
se as pessoas passarem a não dar mais valor a algo, a quantidade de dinheiro
necessária para adquiri-lo irá diminuindo pouco a pouco. Até que chegará num
ponto em que não valerá quase nada, ou terá um valor em dinheiro bastante
baixo.
O
contrário também é verdade. Quando o valor aparente de alguma coisa sobe devido
à necessidade, ao julgamento e/ou ao interesse das pessoas, o valor em dinheiro
daquilo também aumenta.
Ou
seja, se a maioria das pessoas julga que algo vale muito, o preço disso sobe, e
vice-versa.
Portanto,
o dinheiro é apenas um intermediário entre as coisas e serviços e as
necessidades e interesses das pessoas. E o valor que se paga por tudo isso é
algo subjetivo; é algo que está na nossa mente. Julgamos que algo possui um
valor alto ou baixo, e isso acaba virando realidade física, na forma de preços
altos ou baixos. Sem perceber, criamos os preços de tudo que nos rodeia, de
acordo com a oferta e a procura, interesse, necessidade, mercado, etc.
Mas,
então, as pessoas detêm em suas mãos o poder de mudar o preço das coisas e
serviços?
Sim,
em parte. Claro que há alguns bens de consumo e serviços que são extremamente
importantes, praticamente básicos para a manutenção da vida das pessoas, então
o preço deles é geralmente estável. Mas há MUITOS produtos e serviços que não
se enquadram nessa categoria, e é onde se encontra a maior discrepância
(diferença) entre Valor e Preço.
Mas
um fato interessante que quero apontar é o seguinte: hoje em dia quase tudo
possui um preço. Por causa disso, tendemos a pensar que “pode-se ter qualquer
coisa tendo-se muito dinheiro”, o que acaba tirando o nosso foco do que
realmente queremos, dos nossos objetivos. É um desvio de rota bastante eficaz,
pois acaba colocando-nos numa busca incessante por mais dinheiro, achando que
isso nos fará felizes. Esse paradigma é bastante divulgado nas grandes mídias,
nas propagandas, nas “rodas de amigos”, nas revistas e nas novelas.
Porém,
lembre-se que o dinheiro é apenas um intermediário. Ele não possui valor por si
próprio. É apenas uma muleta, um artifício para realizar uma troca. Apenas
isso. O que têm valor são as coisas e serviços, não a quantidade de dinheiro
que custam. Veja, por exemplo, o projeto de Hospitalaria do TdC: pode-se
adquirir um Mapa da sua Personalidade, completo com suas aptidões, maneirismos,
forma de pensar, desafios e todos os seus traços pessoais através da doação de
produtos ou dinheiro para instituições de caridade ou da doação de sangue em
Hemocentros e Hospitais. Perceba que há uma clara troca de energias bastante
benéficas de ambos os lados. Estamos ajudando pessoas, e estamos sendo ajudados
em retorno. Há Valor sendo trocado sem a necessidade de dinheiro; de fato, o
poder do dinheiro nessa transação perdeu totalmente a força, pois o foco é
outro. Repare que mesmo quando se “paga” pelo Mapa Astral, esse dinheiro vai
custear uma ajuda a alguma instituição filantrópica. É um exemplo bastante útil
para a idéia discutida nesse texto.
Onde
foi que erramos? Em que ponto da História o dinheiro passou a ter essa
importância por si próprio? Acredito que esse momento foi crucial para a
história da humanidade, pois definiu praticamente 90% da cultura ocidental
atual. Hoje damos valor demais para o dinheiro, e valor de menos para outras
coisas muito mais valiosas, as quais todos precisamos desesperadamente mas que
estão parcialmente veladas devido à essa “corrida-do-ouro”, do enriquecimento,
das posses… e também devido à busca pela segurança e pela auto-preservação.
Se
as pessoas conseguissem desvincular o valor das coisas do seu preço em
dinheiro, se conseguissem reavaliar o que realmente é valioso, separando do que
é pagável em dinheiro do que não é… a importância que hoje se dá ao dinheiro
diminuiria pouco a pouco, até chegar ao ponto ideal de equilíbrio.
Parece
que todos estão tão ocupados (e pre-ocupados) de tal forma que deixam de notar
algo muito importante: a vida está passando. O tempo está se esvaindo como
areia entre os dedos de nossas mãos. Vamos viver para trabalhar pelo dinheiro
ou viver de verdade? Como é dito em Wall-E, quando o capitão da nave grita a
plenos pulmões: “Eu não quero sobreviver, eu quero VIVER!”
Considero
o artifício do dinheiro como sendo bom e útil, desde que seja bem utilizado e
colocado no seu devido lugar. É o que vai acontecer, em algum momento. Pois o
equilíbrio é inevitável; uma hora ou outra chegaremos à neutralidade.
Entretanto, podemos escolher entre esperar MUITO tempo para isso, ou começar a
nos conscientizar e a agir desde já.
O
dia em que percebermos que o dinheiro é somente um intermediário e agirmos de
acordo com esse conhecimento, o reinado das Cascas Vazias sofrerá um terrível
abalo. Estruturas antigas (e desprovidas de verdade ou de significado) ruirão.
Mudanças jamais imaginadas ou sonhadas acontecerão. Mas antes disso é preciso
entender e absorver profundamente a verdade de que detemos o poder para mudar
nossas vidas para muito melhor, através da mudança na nossa forma de pensar e
agir.
Auto-análise
O
dinheiro comanda as suas escolhas?
A
sua maior felicidade é ganhar dinheiro ou fazer o que gosta?
Você
trabalha para ganhar dinheiro ou trabalha para exercer sua Verdadeira Vontade?
Retirado
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