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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Os Gladiadores Romanos III

Há algum tempo atrás publiquei aqui e aqui uma série com dois posts sobre os gladiadores romanos e ilustrei um deles com uma bela imagem do quadro Pollice Verso de 1872, pintado pelo artista francês Jean-Léon Gérôme. Agora, descobri no site do Mdig que além de ter um erro sobre o modus operandi do Circo Maximus romano, o quadro contribuiu para propagar esse erro, que passou a ser imitado em diversas representações posteriores. Segue a reparação...

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O quadro mostra a cena do circo anfiteatro no qual um gladiador espera a decisão do imperador: morte ou vida do gladiador caído. O povo, sedento de sangue, estica o braço e estende o dedo polegar para baixo e devido a uma tradução errônea do título interpreta-se "pollice verso" como "polegar para baixo".


Você já deve ter se lembrado de algumas cenas do cinema que imitam o quadro, inclusive podemos acrescentar o mais famoso: Ridley Scott teve a mesma ideia em mente quando dirigia o filme Gladiador, onde o gesto do polegar para baixo ficou marcado como a "morte".

Só que a realidade é bem diferente: "pollice verso" significa "polegar estendido" não "polegar para baixo". E tem mais. Este gesto nunca foi utilizado pelos romanos. 


O gesto que significava morte era realizado com o polegar para cima (nosso sinal de positivo, representando a espada desembainhada) e o gesto que significava vida era feito com a mão fechada e o polegar oculto (representando a espada embainhada). 


De fato, a expressão latina que define este gesto (o polegar oculto) é "pollice compresso favor iudicabatur" que significa "a boa vontade é decidida pelo polegar comprimido".

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