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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Uma Prece dos Índios Ojibwa

Por Paulo Coelho
“Grande Espírito, 

Já que procurei entender a voz do vento e o sopro que me criou, escuta-me.

Eu venho a Ti como um de Teus numerosos filhos.

Sou falível e pequeno; preciso de Tua sabedoria e Tua força.

Deixa-me andar na Tua beleza, e faz com que meus olhos sempre percebam o vermelho e a púrpura do entardecer.

Faz com que minhas mãos respeitem as coisas que criastes, e que minhas orelhas consigam entender Tua voz.

Faz-me sábio, de modo que eu possa absorver o que ensinastes a meu povo, e aprender as lições que escondestes em cada folha e em cada rochedo.

Eu Te peço força e sabedoria; não para ser superior a meus irmãos, mas para que possa vencer o maior inimigo que tenho: eu mesmo.

Assim, meu espírito poderá retornar a ti sem pecado”.


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