Por Tiago Mazon
Essa
sensação bloqueadora tão familiar, tão comum, que nos rouba o raciocínio e a
vontade, é uma das grandes vilãs para a manifestação dos nossos sonhos e
ideais.
O
medo parece ser algo baseado em uma construção negativa da realidade, julgando
que determinado curso de ação trará más consequências. Essa projeção negativa
do futuro nos deixa paralisados. Ora, se o futuro é ruim, então não posso
seguir nessa direção. Mas então, se eu não seguir esse direção, que é a que o
meu coração está pedindo, então como irei realizar meus sonhos? Quer dizer
então, que para realizá-los terei de passar por maus momentos?
Não,
não é isso que quer dizer.
Quando
sentimos medo, sentimos também um alto grau de determinismo no nosso curso de
ação. É como se aquela projeção fosse realmente acontecer e não tivesse
escapatória ou caminho alternativo ou consequências diferentes possíveis. Esse
sólido determinismo faz com que fiquemos ainda mais temerosos e bloqueados,
paralisados.
Porém,
ao solidificarmo-nos dessa forma, perdemos o panorama geral da situação.
Esquecemos que aquela projeção que fizemos do futuro não é real; é apenas uma
dentre infinitas possibilidades. Esquecemos, principalmente, da nossa própria
força e habilidades: nossa capacidade de reagir de formas diferentes a cada
instante.
Acho
que essa é uma de nossas maiores armas: poder reagir conforme a situação,
“injetando” na nossa realidade determinadas forças que a alteram ao nosso
comando. Experimentando com as respostas, podemos produzir a realidade que
almejamos desde o início, sem necessidade de medo ou de paralisação frente a um
futuro “incerto”.
É
claro que ao interagirmos com a realidade, na qual estão contidas todas as outras
entidades conscientes, como as pessoas e outros seres, também estamos
interagindo com outros “Criadores de Realidade”, dado que os outros também
possuem mais ou menos poder de moldar o futuro. E o presente é a somatória
desse Poder exercido por todas as criaturas conscientes.
Porém,
como cada um possui uma parcela que lhe cabe de alteração da Realidade, dada
suas habilidades, liberdade, imaginação e força de vontade, então, cada um pode
sim criar mudanças ao seu redor de acordo com esses parâmetros.
O
medo, então, é de certa forma uma ignorância temporária de suas habilidades, do
seu potencial e de como você cria a realidade, momento a momento. A melhor
forma de livrar-se do medo é abrir todos os seus sentidos, tanto físicos como
os psíquicos, para o que você realmente é. Sair dessa sala escura, na qual não
há luz, som, tato, cheiro ou paladar, em que você se encontra. Nem sempre é
fácil, pois essa situação pode parecer realmente terrível para a pessoa presa
nela. O conselho é o de dar a chance a si mesmo de um futuro diferente daquele
que se pressentiu. Pergunte-se: “e se…?” de forma positiva. Permita a chance de
dar certo, de tudo correr bem. Quem sabe? E lembre-se do Poder que você possui.
Pois você possui muito Poder. Só que o usa raramente, e de formas ineficientes.
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