Era uma vez um pássaro que não gostava de migrar para o sul no inverno.
Então, num certo ano, resolveu que não viajaria.
Contou a seus companheiros que, em vão, tentaram demovê-lo da ideia.
Chegado o tempo de partir, todos os demais se despediram, ficando ele sozinho.
Com o passar dos dias, a temperatura caindo, percebeu que realmente seria impossível ficar e se preparou para viajar.
Entretanto, sua decisão fora tardia: começou a voar e, após algum tempo, viu que suas asas congelavam e seu esforço não seria o bastante para continuar.
Foi perdendo altura, perdendo altura… até cair num pátio de estrebaria.
Quando lançava o que pensava ser seu último suspiro, uma vaca saiu da baia sem percebê-lo, para exatamente sobre ele e… enche o pássaro de bosta.
Indignado, pensou: “vou morrer e, ainda por cima, cheio de merda de boi”.
Mas como a natureza é caprichosa, como resultado disso, o sangue do passarinho recomeçou a circular normalmente...
E a vida do passarinho lentamente normalizou-se.
A cagada quentinha lhe aquecia e foi lhe devolvendo à vida.
Cantou de felicidade, cada vez mais alto.
O barulho atraiu um gato que se encontrava próximo...
O grande e gordo gato que vivia por perto ouviu o seu cantar, pulou o muro, futucou o monte de bosta e… comeu o passarinho.
Essa história tem 4 morais:
Moral 1. Nem sempre quem caga na tua cabeça e te põe na merda é seu inimigo;
Moral 2. Nem sempre quem te tira da merda é seu amigo;
Moral 3. Se você está quente e confortável, mesmo que seja na merda, mantenha o bico fechado;
Moral 4. Quem está na merda não canta!
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