Quando o amor acenar, siga-o
ainda que por caminhos
ásperos e íngremes.
E quando suas asas o envolverem,
renda-se a ele ainda que
a lâmina escondida
sob suas asas possa feri-lo.
E quando ele falar a você,
acredite no que ele diz,
ainda que sua voz possa
destroçar seus sonhos,
assim como o vento norte
devasta o jardim.
Pois, se o amor o coroa,
ele também o crucifica.
Se o ajuda a crescer,
também o diminui.
Se o faz subir às alturas e acaricia
seus ramos mais tenros que
tremem ao sol,
também o faz descer às raízes e abala
a sua ligação com a terra.
Como os feixes de trigo,
ele o mantém íntegro.
Debulha-o até deixá-lo nu.
Transforma-o, livrando-o de sua palha.
Tritura-o, até torná-lo branco.
Amassa-o, até deixá-lo macio;
e então submete ao fogo para que
se transforme em pão no banquete
sagrado de Deus.
Todas essas coisas pode o amor fazer
para que você conheça os segredos
do seu coração,
e com esse conhecimento se torne
um fragmento do coração da Vida.
(Gibran Kahlil Gibran – O Profeta)
Quem diria... Dimas-san citando Khalil Gibran, ora, ora... como o tempo passa. (ironic mode on)
ResponderExcluirGibran, sempre Gibran!
ResponderExcluirBjs!