CAPÍTULO 03
Disco abre um dos alforjes pendurados na lateral de sua moto e retira de lá dois objetos. Do outro lado retira uma espingarda de dois canos e vira-se para a praça.
O tempo estava quente e uma brisa fresca balança as árvores.
Disco coloca uma das granadas no bolso externo do sobretudo, a espingarda sob o braço direito e dá uns passos em direção da praça. Com o indicador da mão direita puxa o pino da granada em sua mão e lança-a no meio dos punks. A explosão apanha-os em cheio, arremessando corpos para todos os lados. Segundos depois os punks jaziam espalhados por toda a praça.
Disco avança lentamente. O silêncio que se faz só é quebrado por seus passos no asfalto e depois sobre a grama e pelos débeis gemidos dos punks que ainda estavam conscientes. Ele dirigiu-se mais uma vez ao líder que estava caído a poucos metros de onde falara com ele pela última vez com a cara enterrada na grama.
Ele abaixa-se segura os cabelos de Shirley pela nuca levantando seu rosto sujo de terra e apontando os dois canos da arma para seu nariz. O homem geme e balbucia algo, abrindo os olhos e deparando-se com as duas bocas negras da espingarda.
- Sabe o que é isso, Shirley?
O homem arregala os olhos.
- É uma cano duplo calibre 12 feita especialmente para mim.
O homem estremece.
- Eu poderia estourar sua cabeça como um melão podre. Você tem sorte de eu ser bonzinho e só ter usado uma granada de concussão contra vocês, porque senão, a essa hora a polícia teria de juntar os pedaços da sua gente com uma pá de lixo.
O punk sua frio.
- Não quero desperdiçar munição com gente da sua laia, ela é muito cara. Quero apenas que parem de envenenar pessoas inocentes!
Em volta mais alguns voltam a consciência.
- E mais uma coisa: Se eu souber que mais alguém foi contaminado e um de vocês estava no mesmo quarteirão que ela , preparem-se, porque o primeiro a ser eliminado será você. E se continuarem... Para cada doente que aparecer, vou pegar dois de cada vez, até que não reste nenhum. Até que toda a sua corja tenha desaparecido completamente da cidade. Você me entendeu?
Shirley assente com a cabeça.
- E para que não pense que estou brincando, vou deixar em você uma pequena marca da minha palavra. - Disco puxa para trás os dois cães da espingarda e o homem entra em pânico.
- Tudo bem, cara! Tudo bem! - Protesta o punk - Já entendi o recado!
- Ótimo. Porque não quero que tentem nenhuma gracinha. Se cruzarem o meu caminho novamente...
Disco larga o punk e afasta-se, sempre de frente para a praça. Monta na moto e some na noite.
- É como vovô sempre me dizia: com educação e gentileza se consegue tudo. - Pensa ele.
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