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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

"A Língua é o Chicote do Corpo"


Já diz a sabedoria popular que "quem sabe faz, quem não sabe critica!". No mais, não há estátuas de críticos, nenhuma criança quer ser crítico quando for maior, talvez porque os críticos sejam artistas frustrados... Em ocasiões sua falta de visão pode ter resultados contraproducentes mas, com o tempo, como veremos, resultam cômicos. Ademais, não só os críticos, todo opinador (eu, você e todo mundo), por mais ilustre que seja, pode falar bobagem. E muito.

Metro Goldwyn Mayer após a primeira audição do Mago de Oz: "Essa canção do arco íris não é boa. Tirem-na".

A revista Variety afirmou que um novo estilo de música, "um tal de Rock and roll não chegará a junho". Isto foi escrito nos primeiros meses de 1955.

"Não gostamos de sua música, e as canções com guitarras já está dando seus últimos suspiros". A fonográfica Decca, ao recusar os Beatles em 1962.

A produtora de cinema RKO logo após os testes de Fred Astaire. "Não sabe cantar, não sabe atuar. Está ficando careca. Dança um pouquinho".

Chaplin sobre o cinema sonoro: "O som é tão necessário aos filmes quanto as letras em relação as sinfonias de Beethoven".

Universal Pictures em 1959 recomendando a Clint Eastwood que buscasse outro trabalho: "Seus dentes são muito falhados, sua voz sobressai demais e fala muito devagar".

Emmaline Sniveli, a diretora de Blue Book, uma agência de modelos sobre Marylin Monroe em 1944: "É melhor que encontre logo um serviço de secretária ou um marido".

Um crítico anônimo em 1895 sobre Alice no país das maravilhas: "Achamos que uma criança ficará mais confusa que deleitada com esta rígida e redundante história".

"Uma orgia de estrondo e de vulgaridade" . Louis Spohr sobre a primeira interpretação da Quinta Sinfonia de Beethoven em 1808. Também é verdade que a orquestra, dirigida pelo próprio Beethoven, não tocou bem; só tinham ensaiado uma vez antes do concerto, e chegaram a parar a execução e começaram de novo.

"As composições de Johann Sebastian Bach necessitam totalmente de beleza, de harmonia e, sobretudo, de clareza". Johann Adolph Scheibe, Der critische Musikus, em 1737.

"Walt Whitman tem a mesma relação com a arte que um porco com a matemática". The London Critic em 1855.

"Rigoletto (de Giuseppe Verdi) é lenta desde um ponto de vista melódico. Esta obra não tem nenhuma possibilidade de fazer parte do repertório". Gazette Musicale de Paris, 1853.

Carta de um editor a Flaubert sobre sua Madame Bovary: "Senhor, sepultou sua novela em um cúmulo de detalhes que estão bem desenhados, mas que são absolutamente supérfluos".

No San Francisco Examiner em 1889 recusaram a colaboração de um escritor com estas palavras: "Sinto, Mr. Kipling, mas, simplesmente, não sabe como utilizar a linguagem".
"É a obra de um louco". Ambroise Vollard em 1907 sobre As senhoritas de Avignon de Picasso.

Milton Wright, o pai dos irmãos Wright, vivia dizendo aos filhos: "O homem nunca voará, porque isso é para os anjos".

Virgina Woolf sobre James Joyce "Acabei Ulisses e parece-me um fracasso... O livro é difuso, pretensioso... Vulgar, não só no sentido comum senão também no literário. Quero dizer que um escritor de primeira linha respeita muito o ato de escrever para se permitir criar armadilhas".

Lord Byron em 1814 em uma carta dirigida a James Hogg: "O nome de Shakespeare, podem estar seguros, está colocado absurdamente alto e terá que baixar. Não tinha imaginação para suas histórias, nenhuma em absoluto. Tomou todas seus tramas de novelas antigas e montou histórias em forma teatral, com tão pouco esforço como o que você e eu precisaríamos para voltar às escrever em forma de histórias em prosa".


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