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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Por Conta Disso e Daquilo

Por conta do rumo das coisas, vou embora.
Não vou pra Pasárgada porque não sei o caminho
Vou me exilar logo ali, não vejo a hora;
mas vou pra voltar porque sempre andei sozinho

Por conta do rumo das coisas, saio triste.
Queria ficar, meu amor, mas tô cansado.
Você que é mais forte que eu, veja se resiste;
um dia eu volto pra ficar do seu lado.

Por conta do rumo das coisas, vou agora.
Não vou pra Pasárgada, pois desconheço o rei.
Vou com saudade dos tempos de outrora;
cantava, sorria e hoje... Eu já nem sei.

Por conta do rumo das coisas, saio cedo.
Queria ficar mais um pouco... Acabou!
Um dia, quem sabe? a alegria vence o medo
e a gente vai contar sorrindo o que passou.

Por conta do rumo das coisas, amor, adeus.
Não vou pra Pasárgada atrás de aventura.
Vou pra sonhar os meus sonhos e os seus
e voltar porque não sei viver sem sua ternura.
 (Antônio Luiz Miranda)


Esse é mais um trabalho do colega, professor de matemática, Toninho; publicado na "Coletânea de Poemas dos Profissionais de Educação" da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e  editado pelo Empresa Municipal de Artes gráficas/Imprensa da Cidade no ano de 1998.

Um comentário:

  1. Meu amigo, eis um poema realmente superior! Romântico sem ser piegas, referencial sem ser obsequioso ou laudatório. Digno de ser lido ao som de "Trocando em Miudos", do Chico Buarque e Francis Hime. (Fica a sugestão)

    Transmita meus cumprimentos ao autor.

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