Por conta do rumo das coisas, vou embora.
Não vou pra Pasárgada porque não sei o caminho
Vou me exilar logo ali, não vejo a hora;
mas vou pra voltar porque sempre andei sozinho
Por conta do rumo das coisas, saio triste.
Queria ficar, meu amor, mas tô cansado.
Você que é mais forte que eu, veja se resiste;
um dia eu volto pra ficar do seu lado.
Por conta do rumo das coisas, vou agora.
Não vou pra Pasárgada, pois desconheço o rei.
Vou com saudade dos tempos de outrora;
cantava, sorria e hoje... Eu já nem sei.
Por conta do rumo das coisas, saio cedo.
Queria ficar mais um pouco... Acabou!
Um dia, quem sabe? a alegria vence o medo
e a gente vai contar sorrindo o que passou.
Por conta do rumo das coisas, amor, adeus.
Não vou pra Pasárgada atrás de aventura.
Vou pra sonhar os meus sonhos e os seus
e voltar porque não sei viver sem sua ternura.
Esse é mais um trabalho do colega, professor de matemática, Toninho; publicado na "Coletânea de Poemas dos Profissionais de Educação" da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e editado pelo Empresa Municipal de Artes gráficas/Imprensa da Cidade no ano de 1998.
Meu amigo, eis um poema realmente superior! Romântico sem ser piegas, referencial sem ser obsequioso ou laudatório. Digno de ser lido ao som de "Trocando em Miudos", do Chico Buarque e Francis Hime. (Fica a sugestão)
ResponderExcluirTransmita meus cumprimentos ao autor.