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sábado, 5 de novembro de 2011

Confucionismo


Consta-se que Confúcio nasceu por volta de 551 a.C. no reino de Lu em uma família nobre, mas empobrecida, durante a Dinastia Zhou Oriental. Ele pregava uma filosofia moral que tem como base a aprendizagem, a benevolência e o rito aos ancestrais. Segundo Confúcio, uma vida boa e benevolente só poderia surgir em uma sociedade bem disciplinada, que valorizasse os ritos, o dever, a moralidade e o serviço público. Seu sistema moral é baseado na empatia e na compreensão. É centrado em três conceitos, denominados li ou “ação ideal”, yi ou “honradez”, e ren ou “compaixão humana ou empatia”.

Considerado um virtuoso pela sua integridade e honestidade, tornou-se professor e consultor de governos. Escreveu diversos livros compilados posteriormente num único volume: "Os Anacletos de Confúcio". Os seus ensinamentos só mais tarde vieram a ganhar importância decisiva com a dinastia de Han (início em 206 a.C.), responsável pela consolidação da unificação do império chinês.

A filosofia confuciana foi, então, decretada oficial, já que os seus ensinamentos e princípios éticos de respeito pela hierarquia e pela manutenção de uma certa ordem social eram susceptíveis de apoiar e reforçar um forte poder central.

Uma pessoa virtuosa, segundo Confúcio, exibe auto-reflexão, contenção, devoção, sentido de responsabilidade e respeito pelos mais velhos. Estas mesmas características tornavam difícil que um indivíduo se opusesse a quaisquer práticas ou atividades do imperador, mesmo que não concordasse com elas.

Os grandes problemas do tempo de Confúcio eram, sobretudo governamentais: como governar, como manter a ordem na sociedade, como garantir a felicidade e a prosperidade das populações. Para Confúcio, a solução principal estava na educação. Governar é, acima de tudo, educar e formar.

Foi com base nestes princípios que o acesso aos postos oficiais na China se passou a fazer através de exames, e que o sistema se estruturou numa vasta e complexa burocracia. Confúcio visualizava um mundo em que a harmonia poderia ser atingida se todos e cada um reconhecesse o seu lugar na sociedade. Se os filhos obedecessem aos pais e os súbditos aos governantes, poderia haver ordem e paz.

Cem anos mais tarde, Mêncio, seguidor de Confúcio, tornou estes princípios ainda mais idealistas. A sua teoria de governo pela benevolência baseava-se na aceitação de que todo o ser humano é essencialmente bom. As qualidades de benevolência, retidão e sabedoria são inatas: uns são capazes de as conservar, outros não.

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