Tudo no universo opera através de vibração. Nosso corpo é constituído de átomos, que são cercados por elétrons que giram em velocidades tão grandes que os cientistas não conseguem saber ONDE o elétron está em determinado momento. Imagine bilhões de átomos cercados de elétrons dentro do seu corpo e você vai ter uma idéia do que estou falando. Estamos em movimento constante. Mas a vida reserva bem mais surpresas, se formos mais fundo nas pesquisas. O átomo deixou de ser a menor partícula há muito tempo. Não sei a sequencia correta, mas sei que pararam quando descobriram o táquion. Ele tem uma propriedade interessante: existe e não existe. Uma hora ele está lá, na outra não está. Segundo alguns cálculos, descobriu-se que essa partícula pode viajar no tempo. Estar no futuro e no passado. Ou seja, é muito viajado. O interessante é que você tem que procurar bem fundo na estrutura da matéria pra ir encontrando essas partículas, o que nos leva a seguinte conclusão: proporcionalmente há mais vazio dentro de você do que há na sala/quarto em que você está.
Voltando ao assunto vibração, o que nos diferencia de uma pedra é, grosso modo (e materialmente falando), a vibração. A estrutura das pedras têm um padrão vibratório mais baixo, portanto, mais denso. Uma historinha interessante pra ilustrar este caso:
Uma aluna de Einstein estava passando pelo pátio da Universidade de Princeton e viu seu mestre parado em frente ao chafariz, balançando a mão rapidamente na frente dos seus olhos. Curiosa, ela foi lá perguntar a Einstein o que ele estava fazendo. Ele apontou para o jorro d’água que caía do chafariz, depois mandou ela fazer a mesma coisa que ele. Ao passar a mão rapidamente na frente dos olhos, a pessoa “quebra” o efeito de permanência da vista, que é um “defeito” dos olhos, responsável pela movimentação fluida com que vemos as coisas (e que nos faz imaginar o movimento perfeito numa seqüência de apenas 24 cenas por segundo). O resultado é que ela conseguia distinguir os pingos d’água caindo, em câmera lenta, em vez do jorro constante.
Onde eu quero chegar com tudo isso? Vibração. Nós vivemos numa grande e tola ilusão sensorial, que os Hindus chamam de Maya. Tudo o que somos, tudo o que temos, não passa de um agregado de matéria em estado bruto, réplicas mal-feitas de uma realidade cada vez mais sutil. Sócrates também chegou a essa conclusão com o seu mundo das idéias, em que existe a “idéia cavalo” antes mesmo de existir o cavalo em sua cópia grosseira. Sabiamente, os Hindus dizem que o véu de Maya é como uma teia de aranha: esconde, mas também mostra. Se souberem como olhar, claro. Se você mudar o foco para o que tem ATRÁS da teia da aranha, vai perceber mais detalhes de um novo mundo.
Para isso, você tem que elevar sua vibração. Como se consegue isso? Mais uma vez vamos consultar os ensinamentos budistas: É preciso trilhar o caminho do meio. Evitar os extremos da vida, o prazer desmedido ou o sofrimento inútil. Compaixão irrestrita é a meta de todo budista. Não somente pelos seres humanos, mas por todos os seres vivos. A sabedoria é a outra grande meta. O dr. Georges da Silva diz: “sem sabedoria somos tolos de bom coração, sem compaixão somos intelectuais frios e insensíveis”. Para alcançar a iluminação é preciso unir as duas coisas. Esse é o objetivo da conduta ética. Buda dividiu em oito ramos o caminho para a iluminação:
1. Visão correta. Não cobiçar, e nada desejar.
2. Ação correta. Não matar, não roubar, não usar de violência e ser sábio em relação à sexualidade;
3. Vida correta. Nada disso adianta se no seu trabalho você prejudica os outros, sejam esses outros pessoas, animais ou a própria natureza.
4. Esforço correto é exercitar a autodisciplina para evitar pensamentos maus ou nocivos e desenvolver estados mentais positivos e saudáveis; É aplicar sua energia em coisas produtivas e benéficas.
5. Atenção correta. “O budismo é uma religião do aqui e do agora”, avalia Arthur Shaker, da Casa de Dharma. Precisamos aprender a desligar o piloto automático e prestar atenção a todas as nossas ações, nossas palavras, nossos pensamentos.
6. Concentração correta. “Qualquer religião ou prática sem concentração torna-se frágil”, avalia o dr. Georges da Silva “e, na oração, as palavras tornam-se inúteis”. Nossa mente está sempre dispersa, mas quando conseguimos concentrá-la em um único objetivo ela se torna poderosa, ensina ele. Em todas as tradições do budismo, a meditação ocupa um lugar fundamental. É através dela que se alcança o desenvolvimento mental e a visão interior.
7. O pensamento correto, que surge quando você desenvolve as qualidades do desapego, da compaixão e da não-violência.
8. Compreensão correta, que quer dizer compreender não com o intelecto, mas com a visão interior ou intuição. “Todas as coisas são precedidas pela mente, guiadas pela mente e criadas pela mente. Tudo o que somos hoje é resultado do que temos pensado. O que pensamos hoje é o que seremos amanhã; nossa vida é criação de nossa mente. Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento o acompanha tão de perto como a roda que segue a pata do boi que puxa a carroça”, diz Carlos Lessa, citando o Dhammapada, uma escritura budista.
Enfim, ser correto. Mas quem vai julgar-nos em nossas ações? O pior de todos os Juízes: Seu pensamento. Todos nós temos uma partícula Divina que se manifesta indicando o caminho correto, mas SÓ quando realmente solicitamos.
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á (Mateus 7:7)
É o tal “Grilo falante”, que fica atormentando seu juízo quando você faz algo que não devia. Dê total atenção e ele e ele irá se manifestar cada vez mais. Todos nós temos um guia espiritual, um amigo, que nos ajuda nesta jornada. Ele não se mete na sua vida, a menos que você peça. E, antes que você tente usá-lo para algo ilícito, esqueça! Ele é bastante ético. Pense nele como um cavaleiro Jedi. Não é qualquer um que pode ser guia, não! Só não confunda seu guia com obsessores. Se sua mente mandar fazer algo moralmente não aceito por você, ignore-o (ou ignore-se).
O Código de vivência dos monges Budistas estipula:
1. Eu me comprometo a não matar.
2. Eu me comprometo a não tomar nada que não seja dado voluntariamente por outrem.
3. Eu me comprometo a não me entregar aos prazeres proibidos.
4. Eu me comprometo a não dizer nada de falso e a não dizer a verdade em ocasiões inoportunas.
5. Eu me comprometo a não me intoxicar com bebidas ou entorpecentes.
Se quiser uma segunda opinião quanto ao caminho correto, podemos ir para o Cristianismo, que nos diz a mesma coisa, de uma forma ainda mais simples:
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas." (Mateus 22)
Sugiro que leiam o Sermão da Montanha (Mateus 5:1 em diante) como se lessem um conselho de um pai. Mahatma Gandhi, que diversas vezes evitou ver sua doutrina agregada ao Cristianismo, disse certa vez: “Se houver uma catástrofe que aniquile toda a sabedoria do mundo, seja escrita ou oral, mas tiver sobrado somente o Sermão da Montanha, NADA terá sido perdido”.
Uma vez que você esteja vibrando num padrão maior, muitas mudanças acontecerão na sua vida. Todos nós estamos imersos em energia. E essa energia existe de vários tipos, modulável através da vibração. Você está imerso num determinado padrão compatível com a sua própria vibração, comandada por sua mente. Por afinidade, você procura pessoas “iguais” a você, não na aparência, mas no pensamento (diga-me com quem andas e te direi quem és) e é muito difícil dar um salto de vibração, pois você está ligado a essas pessoas como que por magnetismo (É o mesmo princípio da coesão dos átomos). Se você sai, vai deixar um “buraco” na malha daquela turma (alguns chamam de egrégora) e obviamente eles, inconscientemente, vão oferecer resistência. É por isso que, infelizmente, a pessoa muda de turma, de vida, de amigos, ao mudar sua forma de pensar. Mas algumas vezes acontece o processo inverso: Você acaba arrastando alguns dos seus amigos mais próximos, involuntariamente, para esse novo padrão vibratório. Isso porque suas AÇÕES irão refletir na mente deles, que passarão a se questionar e, com a ajuda dos grilos falantes deles, irão repensar os valores das suas vidas, queiram eles ou não. Note que eu frisei ações, pois a ação é tudo (pensamento também é ação, pois bota energia em movimento). Não adianta nada ficar teorizando, recitando mantras pra elevar a vibração do corpo, e depois sair pensando e fazendo besteira por aí.
É por isso que esta frase de Jesus é muito pouco compreendida:
"E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna." (Mateus 19:29)
Se vocês querem atingir o nível de Jesus, é óbvio que terão que renunciar a um padrão mundano de vibração no qual nos encontramos, e isso inclui, infelizmente, nossos parentes e amigos. MAS isso não significa que devamos deixá-los ao léu. Ensine-os o caminho, mostre que o caminho funciona através das SUAS ações e eles lhe seguirão, se estiverem preparados. Mas não fique estacionado por causa deles. Adianto que é um caminho árduo e demorado. A pessoa passa por louca, eventualmente perde as pessoas que mais ama, nota mais claramente o quão distante está do nível de Jesus e por isso fica frustrado. Mas, pelo menos, se sabe o que vai ter no final do caminho. Jesus, Gandhi, Krishna, Madre Teresa, Chico Xavier e muitos outros estiveram na Terra pra mostrar o modelo de perfeição, e todos eles foram muito maltratadospela vida. Mais um aviso de que a coisa aqui na Terra não é fácil.
"É por espinhos e não por fantásticos caminhos que os homens chegarão aos pés de Deus" (Irmão Bernardo)
É assim que funciona a evolução do mundo. Lenta e gradualmente, com o esforço de todos nós. Acredite em você. A Bíblia e o Budismo também concordam num ponto: Tens todo o potencial do mundo.
Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo (Salmo 82:6)
"Maravilha das maravilhas! Essencialmente todos os seres vivos são Budas (iluminados, despertos), dotados de sabedoria e virtude, mas como a mente humana se inverteu através do pensamento ilusório, não o conseguem perceber." (Buda, no momento da Iluminação)
Retirado e adaptado de:
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