Muiraquitã (do tupi mbïraki'tã, "nó das árvores", nó das madeiras", de muyrá ou mbyra, "árvore", "pau", "madeira" e quitã, "nó", "verruga", "objeto de forma arredondada"), para os índios brasileiros do Baixo Amazonas, é um artefato talhado em pedra (na maior parte das vezes feito a partir do jade, pela cor esverdeada) ou madeira, representando pessoas ou animais (uma rã, peixe, tartaruga, por exemplo), ao qual são atribuídas as qualidades sobrenaturais de amuleto, sendo presenteado aos visitantes. Também é conhecido pelos nomes de pedra-das-amazonas e pedra-verde.
O artefato possui formas variadas: cilíndricas, antropomórficas e zoomórficas, sendo os mais afamados os de cor verde (jade) e de forma batraquiana (sapo).
Mas o Muiraquitã também pode ser encontrado em cores de azeitona, leitosa ou escura, dependendo do material empregado em sua confecção, todos com atributos mágicos e terapêuticos, atraindo sorte a seus detentores e curando doenças pelo uso do talismã.
A fama e o exotismo do amuleto o tornaram cobiçados desde os primórdios da colonização da Amazônia, nos séculos XVII e XVIII, quando foram encontrados pela primeira vez nas proximidades dos rios Nhamundá e Tapajós.
Segundo lenda antigamente havia uma tribo de mulheres guerreiras, as Icamiabas, que não tinham marido é não deixavam ninguém se aproximar de sua taba. Manejavam o arco e a flecha com uma perícia extraordinária; parece que Iací, a Lua, as protegia.
Uma vez por ano recebiam em sua taba os guerreiros Guacaris, como se fossem seus maridos. Se nascesse uma criança masculina era entregue aos guerreiros para criá-los, se fosse uma menina, elas ficavam com ela.
Naquele dia especial, pouco antes da meia-noite, quando a lua estava quase a pino, dirigiam-se em procissão para o lago, levando nos ombros potes cheios de perfumes que derramavam na água para o banho purificador. À meia-noite mergulhavam no lago e traziam um barro verde, dando formas variadas: de sapo, peixe, tartaruga e outros animais. Mas é a forma de sapo a mais representada por ser a mais original.
Elas davam aos Guacaris, que traziam pendurados em seu pescoço, enfiados numa trança de cabelos das noivas, como um amuleto.
Até hoje acredita-se que o Muiraquitâ traz felicidades a quem o possui, sendo, portanto, considerado como um amuleto de Sorte.
Retirado e adaptado de: www.amazoniazen.com, http://pt.wikipedia.org/wiki/Muiraquitã e http://www.abrasoffa.org.br/folclore/lendas/muiraquita.htm
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