”A tendência social geral em países modernos é para uma autonomia cada vez maior do indivíduo, o que por sua vez traz mais competitividade — às vezes brutal, como acontece nas universidades e locais de trabalho — e menos solidariedade, que então trazem maior isolamento, com uma deterioração na integração social. Essa lenta desintegração da comunidade e esse aumento de implacável auto-afirmação chegam numa hora em que pressões econômicas e sociais exigem mais, e não menos, cooperação e envolvimento. Junto com essa atmosfera de início de mal-estar social, há sinais de um crescente mal-estar emocional, sobretudo entre as crianças. Uma das origens disso talvez seja que a infância está mudando. Pais que enfrentam uma nova realidade na paternidade — mais tensos e pressionados pela economia e o ritmo mais frenético da vida do que acontecia com seus próprios pais — precisam de mais orientação para ajudar seus filhos a dominar as aptidões humanas essenciais mestras.”
(Daniel Goleman no Prefácio para a edição brasileira)
Por Susana Moita
Segundo Daniel Goleman em seu livro “Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”, ter Inteligência Emocional é:
1. Ter autocontrole;
2. Ter zelo e persistência;
3. Ter capacidade de automotivação;
4. Coordenar eficazmente seus esforços no trabalho em equipe;
5. Liderar na formação de consenso;
6. Promover cooperatividade, evitando conflitos;
7. Tomar iniciativa;
8. Ter empatia, ou seja, ter capacidade de ver as coisas da perspectiva de outrem.
Para Daniel Goleman, as emoções andam juntamente com a razão. Desta forma, nosso desempenho na sociedade depende tanto do nosso emocional quanto do nosso racional.
A Inteligência Emocional é baseada na nossa autoconsciência e no nosso autocontrole emocional.
A autoconsciência é a nossa capacidade de afastar pela racionalidade nossas emoções negativas. Já o autocontrole é a nossa capacidade de manter pela racionalidade o equilíbrio de nossas emoções.
O autor dá algumas dicas de alcançar o autocontrole da raiva, da ansiedade e da melancolia.
Para ele, podemos controlar a raiva por intermédio do isolamento ou da prática de algum entretenimento e podemos controlar a ansiedade, doença de nosso século, por meio dos seguintes passos:
1. Autoconsciência;
2. Relaxamento; e
3. Contestação dos pensamentos preocupantes.
Já para controlar a melancolia devemos recorrer a atividades com amigos, elevar a auto-imagem, cumprir algum dever, fazer filantropia, participar de alguma religião ou comparar-se com alguém que esteja em pior situação que você.
Pessoas com Inteligência Emocional se destacam em nossa atualidade, pois estamos cercados por pessoas com doenças emocionais geradas pelas cobranças de uma sociedade capitalista e consumista, onde o ponto ótimo nunca poderá ser alcançado. Nunca está bom o suficiente.
É intrínseca ao líder a Inteligência Emocional. Portanto, se você constatou que você tem Inteligência Emocional, será que você tem o perfil de um líder?
Uma das características do líder é a facilidade na comunicação interpessoal. Assim, um líder deve manter um relacionamento saudável com seus liderados, tendo como prioridade a capacidade de ouvir.
Por meio deste relacionamento que o líder não domina, mas convence as pessoas a trabalharem em vista de um objetivo comum, mexendo com suas emoções ao utilizar a racionalidade.
Um líder deve saber criticar de forma a manter um relacionamento saudável com seus liderados.
As críticas deverão ser feitas pessoalmente e ter como alvo os fatos, não as pessoas, além de estarem sempre acompanhadas de sugestões.
Como todo ser humano, um líder também recebe críticas, mas ele não cai na defensiva, ele assume suas responsabilidades.
As coisas fluem mais suavemente para os líderes, pois eles investem tempo no cultivo de bons relacionamentos com pessoas cujos serviços podem ser necessários numa emergência, como parte de uma instantânea equipe improvisada para resolver um problema ou lidar com uma crise, formando redes de comunicação, conhecimento e confiança.
O perfil de líder não está só nos genes, mas no ambiente em que vivemos. Portanto, nossas aptidões emocionais não são um fato determinado, mas podem ser aperfeiçoadas com o aprendizado certo.
Um líder soluciona seus problemas seguindo o seguinte modelo:
1. Diz qual é a situação e como o faz sentir;
2. Pensa nas suas opções para solucionar o problema;
3. Pensa quais podem ser suas consequências;
4. Escolhe uma solução e a executa.
Denise Paraná em “Lições de resiliência: burro sem rabo, porém feliz” acrescenta a resiliência como outra característica da Inteligência Emocional, ou do líder como seu possuidor.
A resiliência é a capacidade de superação das adversidades da vida, transformando dor e sofrimento em força e adaptabilidade.
Mesmo que não tenhamos todas estas características emocionais e, consequentemente, racionais, podemos buscar o aperfeiçoamento com um contínuo aprendizado e autotreinamento.
Retirado de: http://www.projetospoliticosesociais.com/index.php/legislacao/448-inteligencia-emocional
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