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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sobre a Falta de Amor no Mundo


Por: Nestor Lampros
 A falta de amor é um problema que requer muitas explicações, até científicas. Os animais têm uma tendência a se agruparem, muitos deles desenvolvem um tipo de percepção que poderíamos chamar de rudimentos do amor. Contudo, o homem tem a possibilidade de evoluir no tocante de suas afeições, afetos e isso que chamamos de amor. Não é uma coisa piegas, e sim, algo muito necessário em nossas vidas.

O amor como os filósofos concebem é uma emoção sublime. Acompanha desde o nascimento e até o fim há a possibilidade de desenvolvimento no que toca nos relacionamentos humano. Porém, há amores e amores: predileções exclusivistas, ciúmes, e até uma tomada de posição narcisíaca frente a si mesmo.

A doença que muitos autores românticos tinham (além da tuberculose...) , poderíamos dizer o amor mal resolvido, acrescido a isso o fato de não terem uma visão clara do amor como algo sublime, celestial, até, mas de forma prática e necessária. Podemos dizer que o amor é colocado na nossa sociedade como um bem cultural e emocional que aprendemos ao crescermos, ao nos desenvolvermos como gente. O projeto de vida, que resultou em nós, acompanha com todo o desenvolvimento humano de certas condições, sem as quais deixa de se desenvolver, abrindo lacunas na vida das pessoas. Valores éticos e morais são frutos da experiência humana em seu desenvolvimento, e uma pessoa sadia, podemos dizer, é que ela que tem consigo mesmo um pacto inteiriço desses valores e noções apreendidos.

Não custa dizer de modos com que as pessoas vêem o amor, algumas acham uma grande bobagem, outras se afeiçoam, não com pessoas reais, e sim, com a imagem que fazem delas. É o mito de Narciso em sua plenitude que vai fazer da pessoa enamorada de sua imagem um doente. Narciso na mitologia, se enamorou de sua imagem na superfície de uma lago,e definhou, pois era impossível capturar o objeto virtual. Ele mesmo. E morreu por isso.

Podemos dizer ainda há certas pessoas que confundem amor com esta torrente que é a paixão. Na verdade os  adolescentes têm que descobrir essa comporta imensa que gera as paixões. A vida nos mostra que isso é diferente do amor, que nasce com a calma, tranquilidade e se desenvolve com duas pessoas imbuídas num pacto, onde o diálogo é necessário e seu resultado desenvolve uma maneira harmoniosa de relacionarmo-nos com o outro.

Vivemos num mundo onde  a banalização da palavra amor é o resultado de uma vida onde fatores objetivos colocaram  as emoções longe de seu panteão natural. E assim, crescemos envoltos numa espessa nuvem que cobre nossos olhos, por conta do medo, da insegurança, da competição a todo custo. Nunca o sexo, que deveria ser o resultado natural do amor, em sua forma corpórea e prazerosa, foi tão instigado, sendo usado com isso de exemplo a ser colocado em prática e desenvolveu-se um poderoso  marketing para satisfação de maneira a alijar os jovens de não se imiscuírem por causa da atração física. Amor é uma atitude global, nada compartimentada, e sim, para não dizerem que sou um caxias, tem no relacionamento íntimo um dos resultados, não somente um objetivo. Não somente o único objetivo.

O amor foi jogado para o escanteio dos relacionamentos. Seria melhor lermos o que acontece na vida das pessoas para raciocinarmos em função do objeto do amor, mas de forma conscientes para vivermos o amor em sua plenitude, sem querermos fazer-nos uma impropriedade em relação esta emoção que determina o que nós somos, para onde vamos e o que seremos. Ilusão? Não, estou sendo bem sincero, por conta própria, por experiência própria. E deveríamos falar na falta do amor, que geram o pior dos males; o ódio, o olho por olho, dente por dente. Este tipo de ação vai no extremo oposto do amor. Pode ser algo que inclua uma determinação quanto a um posicionamento em face da vida e das coisa. É na verdade um procedimento doente e que cria as consternações. O melhor do amor é como disse certa vez Paulo, em sua epístola( carta) aos Coríntios:” o amor é paciente, benigno, não quer o mal”. E se ficarmos longe do amor, poderíamos dizer, estaremos em uma nuvem que obscurece a alma e os sentimentos- sem a alegria de viver, de mal com o mundo- e consigo mesmo.


Dica da professora Kátia Rodrigues: http://katiamusic.blogspot.com/

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