Por Francisco Fonseca
Atualmente
existem quatro gerações diferentes em atividade no mundo do trabalho, cada uma
delas com um ponto de vista muito próprio. A mesma situação pode parecer muito
positiva para as pessoas de uma geração e muito negativa para as outras. Em
regra, o nosso modo de ver o mundo é formado entre os 11 e os 14 anos de idade,
quando desenvolvemos as primeiras ideias conceptuais; começamos a pensar como é
o mundo, o que é importante e em quem devemos confiar.
Desta
forma, chegamos ao mundo do trabalho com conclusões muito diferentes sobre se é
possível confiar nas pessoas e nas autoridades, se o dinheiro é uma motivação
válida, se estamos dispostos a adiar a conquista de benefícios ou se queremos
tudo no momento.
Os
conflitos mais comuns têm a ver com a perceção do tempo e, geralmente são
motivadas pela tecnologia. Para as pessoas com mais idade, é importante estar
fisicamente juntas no mesmo lugar e à mesma hora, enquanto os mais novos
consideram perfeitamente normal trabalhar de maneira assíncrona. São somente
perceções diferentes.
Os
mais velhos, os tradicionalistas (maiores de 65), tendem a ser respeitosos com
as hierarquias. Os boomers (50 a 65) são idealistas, mas também muito
competitivos, porque viveram um momento em que a população cresceu rápido e,
literalmente, não havia trabalho para todos. A geração X (30 a 49) não costuma
confiar nas instituições, menos ainda nesta época de grande incerteza. Assim,
tentam ser autossustentáveis e olhar por si mesmos. Quanto à geração Y (menores
de 30 anos) tem vivido com o terrorismo, caracterizado por eventos aleatórios e
inexplicáveis. Por isso tem a sensação de urgência de viver o presente.
A
primeira forma para resolver conflitos geracionais, para quem lidera uma equipa
multigeracional passa por aprender a contar até dez, ou seja, não pode tirar
conclusões precipitadas quando alguém reage de certa forma.
O
segredo é proporcionar um ambiente onde os mais jovens aprendam com os mais
velhos, mas o contrário também é verdadeiro, os mais velhos também podem
aprender com os mais jovens. Um dos grandes desafios das empresas e das
organizações presentemente consiste em tirar os boomers dos postos de liderança
e passar essa responsabilidade formal à geração X, mas está a ser muito
difícil.
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