Os fogos de artifício funcionam com uma carga explosiva que é arremessada ao céu por um tubo de explosão. Dependendo do tipo de fogo de artifício, alguns detalhes variam.
Nas bombas que só estouram e fazem barulho, como o rojão, esse tubo de explosão pode estar acoplado ao equipamento. Nas mais complexas, que formam diferentes desenhos, cores e até sons, as bombas são impulsionadas por morteiros – em grandes shows, eles são acionados por computador.
As tonalidades que aparecem no céu são obtidas com diferentes produtos químicos misturados à pólvora: o cobre gera uma luz azul; o magnésio, prateada; o bário, verde; o lítio, vermelha. “Também se adiciona ferro ou alumínio para obter um efeito mais vivo”, afirma Omar Rodrigues, representante comercial que trabalha na área há mais de 20 anos.
Ao explodir, carga de pólvora lança várias cápsulas ao céu para formar desenho.
1. O fogo de artifício é uma carga explosiva arremessada no céu por um tubo de explosão, ou seja, um morteiro comum, carregado com pólvora. Em grandes shows de fogos, os morteiros são acionados a distância, por computador. No caso do rojão, claro, não há necessidade de morteiro – o próprio rojão, que tem formato de cano, arremessa os explosivos
2. As bombas que criam figuras, chamadas de orientais, têm uma carga de pólvora no centro e um suporte de papelão no mesmo formato do desenho final. No contorno desse suporte são coladas cápsulas, conhecidas como “estrelas” ou “baladas”, que levam, em seu interior, a mistura química que as transformarão em um ponto luminoso colorido da figura
3. Para explodir, a ignição começa pelo morteiro, passa pelo estopim e depois para a bomba. Ao estourar, a carga de pólvora lança as baladas com a mesma força, garantindo que repitam, no ar, a mesma figura que compunham no suporte de papelão. Elas só acendem depois de certa distância porque são revestidas por uma camada que demora para queimar
As bombas que estouram em fases têm estrutura parecida com as das desenhistas. A diferença é que, lá dentro, ela é dividida em compartimentos, que podem estar ligados a um único pavio (que aos poucos atinge cada seção); ou a vários individuais, de diferentes tamanhos (o que garante o timing de cada estrondo)
Apressadinho e barulhento
Os fogos de artifício que já sobem soltando brilho e faíscas não possuem a reserva de pólvora central presente nos que explodem só no alto. A carga de impulsão no solo já acende imediatamente o efeito. Alguns ainda assobiam: o som é provocado pela pressão do ar passando por um tubo furado acoplado à bomba
Assim como na bomba de fases, em um rojão de 12 tiros cada explosivo tem sua própria divisória e seu próprio estopim. A bomba que vai estourar primeiro tem o pavio mais curto, e a última, o mais longo. Eles são acesos no momento de impulsão, quando há uma pequena descarga de pólvora no cano do rojão
Fazer uma explosão de luz que muda de tom é relativamente simples. Utilizam-se baladas dentro de baladas: um único estouro central lança as cápsulas de efeito e, quando elas entram em ignição, primeiro queimam a mistura química externa, gerando uma cor. Depois, incendeiam o núcleo, que tem outra tonalidade
• Cada cápsula tem uma camada externa de pólvora: quanto mais grossa a camada, maior a figura desenhada no céu
• Uma bomba esférica de 40 centímetros de diâmetro gera uma estrela de 60 metros no céu
• Quanto mais longo o estopim, maior a altitude atingida pela bomba
Segundo o Guinness, o recorde da maior apresentação de fogos do mundo é de Roy Lowry, da Inglaterra, que coordenou a explosão de 56 645 rojões em menos de 60 segundos, em agosto de 2006.
Em 21 de agosto de 2009, houve uma nova tentativa de quebrar o recorde, com 110 mil bombas, em Dorset, na Inglaterra. Apesar do número significativo, o resultado foi sem graça: foram usados rojões de baixa altitude, durante apenas seis segundos. Parecia mais uma grande bola de luz do que exatamente um show de fogos. A equipe do Guinness ainda não deu seu parecer final para essa tentativa.
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