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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Astronomia, Matemática e Música

“A fonte de onde emana o mundo é sempre uma fonte sonora.”

 Por Fabio Almeida
A Metafísica Ocidental, não seria a mesma se Pitágoras não descobrisse a íntima ligação existente entre os números e a música.  Isto fez com que a Astronomia, a Música, a Matemática e a Geometria fossem disciplinas básicas de uma Cosmologia que perdurou por toda Idade Média.

Os quatro caminhos, também denominado quadrivium, era o conjunto destas quatro matérias ensinadas nas universidades medievais, uma ressonância da Fraternidade de Pitágoras que procurava unir a ciência e a religião, a matemática e a música, a cura e a cosmologia.

Depois do trivium (gramática, lógica e retórica), o quadrivium era a parte secundária do currículo descrito por Platão em “A República“. Destas disciplinas originou-se a idéia da Música das Esferas, onde a disposição dos astros correspondiam à escala musical, e que a música tocada pelo Cosmos, mesmo que além dos limites da nossa audição, seria inteligível.

A partir das suas descobertas em relação aos fundamentos matemáticos das consonâncias musicais, Pitágoras visualizou uma relação mística entre a matemática a música e a astronomia. Para ele a música era o elo de união entre o homem e o cosmos. Em sua cosmologia cada planeta produzia uma nota musical, e esta orquestra celeste executa uma harmonia cósmica tão perfeita, que nós humanos não seríamos capazes e talvez nem merecedores de ouvi-la.

Em 1766 Johann Titias, acreditando que os planetas formavam naturalmente uma cadeia de oitavas, observou que todos os planetas conhecidos na época tinham distâncias que se tornavam progressivamente maiores na razão 2:1, a razão da própria oitava. Apesar das distâncias não serem exatamente na razão 2:1, outras leis harmônicas, como a velocidade dos movimentos dos planetas na descrição das suas órbitas, podem ter passado de maneira despercebida pelos astrônomos.

Imaginando os planetas dispostos em uma linha reta a partir do Sol, a harmonia poderia ser representada pelas frequências de alturas dos planetas ao entrarem em conjunção um com o outro. O interessante é que algumas conjunções planetárias ocorre em determinados períodos de tempo que refletem com exatidão considerável as razões de comprimento necessárias para produzir as notas diatônicas de uma oitava.

Cientistas, após detectarem oscilações na superfície do Sol, que acreditam originarem-se de ondas acústicas em seu interior, o descreveram como um grande instrumento musical. A Voyager 2 demonstrou-nos que todos os planetas irradiam tons através do vácuo, embora os sons capturados não correspondam exatamente à Música como a conhecemos, eles refletem a nossa busca constante pela harmonia presente no Universo.

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