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sábado, 31 de dezembro de 2011

Morihei Ueshiba e a Batalha da Vida


 Por Paulo Coelho
Criado pelo japonês Morihei Ueshiba (1883-1969), o Aikido é a única arte marcial que pratiquei, e na minha opinião é uma das mais interessantes. Quero publicar algumas de suas idéias a respeito dos confrontos pelos quais temos que passar:

A] quem tem um objetivo na vida, irá se defrontar com uma força oposta; para eliminar esta força, é preciso aprender como fazê-la trabalhar a seu favor.

B] um verdadeiro guerreiro jamais sacrifica seus amigos para derrotar o adversário; portanto, ele tem que aprender a detectar e resolver os problemas antes que eles se manifestem.

C] a melhor maneira de enfrentar-se com o adversário é convencê-lo  da inutilidade de seus gestos. O guerreiro mostra que seu objetivo não é destruir nada, mas construir sua própria vida. Quem caminha em direção ao seu sonho busca a harmonia e o entendimento antes de qualquer coisa, e não se importa de explicar mil vezes o que deseja, até ser escutado e entendido.

D] não fique olhando o tempo todo os problemas que estão no seu caminho: eles terminarão por hipnotizá-lo, impedindo qualquer ação. Tampouco fique concentrado demais nas suas próprias qualidades, porque elas foram feitas para serem usadas, e não para serem exibidas.

E] a força de um homem não está na coragem de atacar, mas na capacidade de resistir aos ataques. Desta maneira, prepare-se - através de meditação, exercícios, e uma profunda consciência de seus propósitos - para aguentar firme e continuar no caminho, mesmo que tudo e todos a sua volta procurem afastá-lo de sua meta.

F] a derrota acontece antes da vitória. A chave para ganhar é saber perder - mas não desistir.

G] em situações extremas, principalmente quando você já está quase perto do seu objetivo, o Universo irá testar os seus propósitos, exigindo o máximo de sua energia. Esteja preparado para grandes provas, à medida que o sonho se torna realidade.

H] não olhe sua vida com ressentimento, e esteja preparado para aceitar tudo aquilo que os deuses lhe ofereceram; cada dia traz em si a alegria e a fúria, dor e prazer, escuridão e luz, crescimento e decadência. Tudo isso faz parte do ciclo da natureza - portanto não tente reclamar ou lutar contra a ordem cósmica. Aceite-a, e ela lhe aceitará.

I] se o seu coração for suficientemente grande, ele será capaz de acolher todos aqueles que se opõem ao seu destino; e uma vez que você os tenha acolhido com amor, será capaz de anular a força negativa que seus adversários traziam.

J] quando perceber que um adversário se aproxima, avance e lhe diga palavras delicadas. Se ele insistir na sua agressividade, não aceite a luta a não ser que ela vá lhe acrescentar algo; neste caso, utilize a força do oponente, e não gaste a sua energia.

L] saiba o momento correto de usar cada uma das quatro qualidades que a natureza nos ensina. Dependendo das circunstâncias, seja duro como um diamante, flexível como uma pena, generoso como a água, ou vazio como ar. Se a origem do seu problema é o fogo, não adianta contra-atacar com mais fogo, porque isso só irá aumentar o incêndio: neste caso, apenas a água será capaz de combater o mal. Nunca o problema pode lhe ensinar como reagir a ele - só você tem poder para isso.

Morihei Ueshiba (Tanabe, 14 de dezembro de 1883 – 26 de abril de 1969) foi um famoso artista marcial japonês. Fundador do Aikido, é conhecido como O-Sensei ("Grande Professor" ou "Grande Mestre") por seus praticantes.


Retirado de:

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Proteção demais Desprotege IV

Faz algum tempo que postei uma série de textos aqui, aqui e aqui, que especulavam sobre o excesso de proteção a que os jovens dos dias de hoje parecem estar sendo submetidos por pais que não admitem que seus filhos sofram (talvez por culpa da ausência forçada pelo mundo capitalista/consumista em que vivemos) e que, ao contrário, despreparam seus rebentos para viver no universo predador (nas palavras de Dom Juan Matos, mestre de Carlos Castaneda) que nos rodeia. o texto abaixo, embora de feitio lírico me parece apontar  para isso também.    

***

O MENINO QUE QUERIA SER BEETHOVEN
Por Flavio Migliaccio
O garotinho tinha tudo para ser um grande músico. Como Beethoven. E eu o conheci quando ainda dava seus primeiros passos numa cidadezinha no interior do estado do Rio. Ele tinha um avô que era descendente de artistas, pintores e escultores, exatamente como o grande músico alemão. Quanto ao seu pai, cantava no Coral Santa Cecília, que sempre fazia apresentações na igrejinha da cidade, e foi dele que o menino recebeu suas primeiras lições de música, revelando-se um talento excepcional. Como Beethoven.

O garoto era um verdadeiro prodígio no piano e já estava quase compondo sua primeira peça musical quando um cachaceiro passou a parar seu carro, todas as tardes, bem debaixo de sua janela. Além de deixar o veículo ligado, o miserável conservava o porta-malas do carro aberto, orgulhoso por ter instalado nele uma potente caixa de som que não parava de berrar músicas horrorosas. O pai, coitado, não quis que o filho perdesse seus dotes artísticos e resolveu se mudar, mas lamentavelmente, a família foi parar num canto da pracinha onde sempre aparecia um grupo de artistas peruanos entoando suas músicas folclóricas, numa profusão de gaitas de madeira, tambores e trombetas feitas com conchas. Era um grupo simpático e talentoso, mas o garoto jamais poderia aprimorar seus dotes artísticos ouvindo as tais melodias o dia todo.

A família, então, resolveu mudar de casa mais uma vez e foi parar num lugar distante da praça. Mas não adiantou: a cidade estava crescendo e os carros de som passaram a se proliferar. Eram casas comerciais anunciando tomates, calçados, tecidos... Tudo acompanhado pelas riquezas melódicas das músicas modernas.

A família passou a conservar as janelas da casa bem fechadas, mas o barulho foi aumentando cada vez mais e a "cultura da propaganda" passou a dominar a cidade: cada loja comercial passou a ter o seu sistema de som, com suas próprias músicas, seus próprios arautos. Para piorar, a juventude da cidade passou a se divertir transformando suas motos em verdadeiras máquinas de fazer barulho, acabando com as andorinhas da praça de onde vinham os únicos sons que davam inspiração ao jovem artista. Por onde andava, o menino era sempre violentado por um som qualquer. Quando não era o acorde em fá maior de um amolador de facas, era o dó sustenido do apito de um guarda de trânsito insistindo para os carros se apressarem. Um dia. passados muitos anos. eu encontrei o garoto num trabalho pesado na lavoura, cortando cachos de bananas. Puxei conversa e tive certeza de que era o mesmo menino que não tinha conseguido virar músico. Não toquei no assunto para não constrangê-lo. esbocei apenas um triste sorriso, quando ele desviou o olhar, atraído por um som longínquo vindo de um sabiá laranjeira. E vi seus olhos brilharem, parecendo identificar, naquele insignificante som vindo de um pássaro, restos de uma singela melodia que ele não conseguiu compor.

Reprodução da matéria da revista de domingo de o globo de 09 de outubro de 2011.

Retirado de site:

Vi primeiro enviado pelo amigo Fernando Alves dos Santos

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ler é Chato. Será?

Por Jaime Pinsky
          O tempo histórico não tem um compromisso muito grande com o tempo cronológico, ou mesmo o tempo psicológico: décadas no Egito dos faraós podem corresponder a anos no período da expansão ibérica ou meses do século XXI. A percepção da velocidade do tempo histórico decorre do ritmo dos acontecimentos, assim como da rapidez dos meios de transportes e comunicações. Talvez por isso, sempre que estamos em algum local tranqüilo, geralmente no interior, somos tentados a dizer que ali as coisas não acontecem e que é como se estivéssemos em pleno século XIX. É possível que, para evitar a idéia de que possamos ser vistos como retrógrados, ou fora do nosso tempo, busquemos acelerar tudo: músicas não podem ser lentas, filmes buscam ritmos alucinantes e, se não tiverem dois mortos por minuto de projeção, em média, são considerados acadêmicos. Propaga-se a idéia idiota que tudo que não é muito veloz é chato. O pensamento analítico é substituído por “achados”, alunos trocaram a investigação bibliográfica por informações superficiais dos sites “de pesquisa” pasteurizados, textos bem cuidados cedem espaço aos recados mal pontuados e sem maiúsculas dos bilhetes nos correios eletrônicos. O importante não é degustar, mas devorar; não é usufruir, mas possuir apressadamente. O tempo, o tempo correndo atrás.
          Não que eu queria fazer a apologia da lentidão e da ineficiência, mas um bom concerto é feito tanto de bons allegros quanto de dolentes adágios. Além disso (e Charles Chaplin já percebia isso no início do século XX, em Tempos Modernos), ser humano é dominar a máquina e não ser por ela dominado. E aí, a meu ver, se estabelece uma das principais distinções entre ler e ver televisão. Você pega o livro, olha a capa, a contracapa, folheia sensualmente suas páginas e escolhe, livremente, aquela que quer ler. Pode pular pedaços, começar pelo fim, reler várias vezes trechos que amou, para decorar, ou que odiou, para criticar. Desde que seja seu, você pode escrever no livro (para isso ele tem espaço em branco): livro rabiscado é sinal de leitura atenta. Nada como retomar um livro lido anos atrás e ler nossas próprias notas: se forem ingênuas, rimos com a condescendência de quem cresceu; se forem brilhantes, nos preocupamos com nossa estagnação atual. Você estabelece o próprio ritmo de apreensão do escrito, seja ele ciência, seja ficção. Tantas vezes me furtei lendo lentamente o final de um livro pelo qual me apaixonara e do qual não queria me separar...
          Já a telinha é autoritária. Ela começa o assunto quando bem entende, faz as pausas que quer, inserindo as propagandas que deseja, determina o ritmo, diz quando e para onde devo olhar. Se não estou “no poder”, então, é pior ainda. Tenho que ver jogo de time de que não gosto, pedaço de novela babaca, entrevistas sem sentido, assassinatos sem conta, tudo num volume superior ao que eu suporto, mas que não tenho como regular, pois estou sem o controle remoto nas mãos. Mesmo quando vejo um vídeo ou um DVD, em que posso controlar algumas dessas variáveis, lido com o personagem e a paisagem imaginados por outro, emboto a minha imaginação e me curvo diante de heróis e mocinhos prontos e iguais para todos, enquanto, no livro, cada um sonha como quiser e puder. Não é por outra razão que dificilmente gostamos dum filme baseado em livro que já lemos, mesmo quando a película é de boa qualidade como O Nome da Rosa ou Vidas Secas.
          Antes que alguém pense que sou contra o cinema, ou até a televisão, devo dizer que isso não acontece, mas é que ando mesmo um pouco preocupado. Já não há mais quase nenhum consultório, laboratório e até sala de espera em prontos-socorros de hospitais que não tenham a sua televisão. E, o que é pior, ligada. O infeliz chega quebrado, estropiado, ou apenas dolorido, e se lhe impinge humor chulo, falsas “pegadinhas”, loiras igualmente falsas, com síndrome de eternas adolescentes, de botinha e coxas de fora, animando crianças de olhares perdidos, conversas de pessoas confinadas que não têm o que dizer, entrevistas com pessoas que estiveram confinadas e que continuam sem ter o que dizer, e por aí afora. A sala tem pouca iluminação, já nem sequer tem aquelas revistas semanais atrasadas. A luz que falta e o ruído que sobra impedem que aqueles que trouxeram seus livros possam ler. As pessoas olham para a telinha, olham-se umas às outras e à sua própria condição. Com um livro na mão poderiam estar viajando, sonhando, aprendendo, conhecendo gente e lugares interessantes, idéias fascinantes, desbravando, questionando, maravilhando-se. Contudo, continuam sentadas olhando umas para as outras e para a telinha que cobra o tributo da dependência, da elaboração de frases feitas e idéias gastas.
          A idéia de que livro é chato só pode partir de quem não sabe o prazer que a leitura proporciona. Assim, quero lançar aqui um pedido ou vários: aos médicos, para que iluminem melhor suas salas de espera, o que, além de deixá-las menos lúgubres, permitiria que as pessoas pudessem ler enquanto esperam. Aos hotéis, para que não se esqueçam de colocar luz de leitura nos quartos. Uns e outros poderiam manter uma pequena biblioteca ao alcance dos clientes. A concepção bastante corrente em nosso país de que diversão está sempre e necessariamente ligada ao ruído e ao álcool só pode partir de alguém que não gosta de fato do Brasil. E ele ainda merece uma oportunidade. Ou não?

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

As Três Formas de Amor

Por Paulo Coelho
Em 1996, na cidade de Logroño, participávamos de um casamento quando o meu guia, Petrus, começou a falar das três palavras que os gregos usam para designar amor: Eros, Philos e Ágape. Segundo ele, isso já tinha sido dito anteriormente por Martin Luther King, mas valia a pena recordar que o mais importante sentimento do homem podia ser dividido. Começou explicando o que era Eros - a atração saudável e necessária que um ser humano sente pelo outro. Em seguida, continuou, apontando para um casal de velhos:

- Veja aqueles dois: não se deixaram contagiar pela hipocrisia, como muitos outros. Pela aparência deve ser um casal de lavradores: a fome e a necessidade os obrigou a superarem juntos muitas dificuldades. Descobriram a força do amor através do trabalho, que é onde Eros mostra sua face mais bela, também conhecida como Philos.

- O que é Philos?

- Philos é o Amor sob a forma de amizade. É aquilo que eu sinto por você e pelos outros. Quando a chama de Eros não consegue mais brilhar, é Philos que mantém os casais juntos.

- E Ágape?

- Ágape é o amor total, o amor que devora quem o experimenta. Quem conhece e experimenta Ágape vê que nada mais neste mundo tem importância, apenas amar. Este foi o amor que Jesus sentiu pela humanidade, e foi tão grande que sacudiu as estrelas e mudou o curso da história do homem.

"Durante os milênios da história da Civilização, muitas pessoas foram tomadas por este Amor que Devora. Elas tinham tanto para dar - e o mundo exigia tão pouco - que foram obrigadas a buscar os desertos e lugares isolados, porque o Amor era tão grande que as transfigurava. Viraram os santos ermitões que hoje nós conhecemos.

"Para mim e para você, que experimentamos outra forma de Ágape, esta vida aqui pode parecer dura, terrível. Entretanto, o Amor que Devora faz com que tudo perca a importância: estes homens vivem apenas para serem consumidos pelo seu Amor".

Deu uma pausa.

- Ágape é o Amor que Devora - repetiu mais uma vez, como se esta fosse a frase que melhor definisse aquela estranha espécie de amor.

- Luther King certa vez disse que, quando Cristo falou de amar os inimigos, estava referindo-se a Ágape, porque, segundo ele, era "impossível gostar de nossos inimigos, daqueles que nos fazem mal, e que tentam amesquinhar mais o nosso sofrido dia-a-dia". Mas Ágape é muito mais que gostar. É um sentimento que invade tudo, que preenche todas as frestas, e faz com que qualquer tentativa de agressão se torne pó.

Existem duas formas de Ágape. Uma é o isolamento, a vida dedicada apenas à contemplação. A outra é exatamente o contrário: o contacto com os outros seres humanos, e o entusiasmo, o sentido sagrado do trabalho. Entusiasmo significa transe, arrebatamento, ligação com Deus. O Entusiasmo é Ágape dirigido a alguma idéia, alguma coisa. Quando amamos e acreditamos do fundo de nossa alma em algo, nos sentimos mais fortes que o mundo, e somos tomados de uma serenidade que vem da certeza de que nada poderá vencer nossa fé. Esta força estranha faz com que sempre tomemos as decisões certas, na hora exata, e ficamos surpresos com nossa própria capacidade quando atingimos o nosso objetivo. O Entusiasmo se manifesta normalmente com todo o seu poder nos primeiros anos de nossas vidas. Ainda temos um laço forte com a divindade, e nos atiramos com tal vontade aos nossos brinquedos, que as bonecas passam a ter vida e os soldadinhos de chumbo conseguem marchar. Quando Jesus falou que era das crianças o reino dos Céus, ele se referia a Ágape sob a forma de Entusiasmo. As crianças chegaram até ele sem ligar para seus milagres, sua sabedoria, os fariseus e os apóstolos. Vinham alegres, movidas pelo Entusiasmo.

Que em momento algum, pelo resto deste ano, e pelo resto de sua vida, você perca o entusiasmo: ele é uma força maior, voltada para a vitória final. Não se pode deixar que ele escape por nossos dedos só porque nos enfrentamos, no decorrer dos meses, com pequenas e necessárias derrotas.

[O Globo, janeiro/2004]




terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Palavras do "Seu" Madruga

Seu Madruga é um famoso personagem do seriado de televisão humorístico infanto-juvenil mexicano "El Chavo del Ocho" (O Moleque do Oito), renomeado "Chaves" no Brasil por que não queriam traduzir literalmente a palavra chavo. Era interpretado por Ramón Valdés e seu sucesso permanece até hoje na televisão brasileira, mais especificamente no SBT. Na trama, o personagem tem como filha uma garotinha chamada Chiquinha (Maria Antonieta de las Nieves), cuja mãe morreu no seu nascimento. Madruga é sempre injustamente castigado com bofetadas no rosto pela vizinha Dona Florinda (Florinda Meza). Vive fugindo das cobranças de 14 meses de aluguel, feitas pelo Senhor Barriga (Edgar Vivar), dono da vila. Sempre repreende o protagonista, Chaves (Roberto Bolaños), por suas travessuras, com cascudos na sua cabeça, porém, não o odeia. Apesar de frequentemente estar de mau humor, é um homem de bom coração.


***

A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena.

As pessoas boas devem amar seus inimigos.

Não há nada mais trabalhoso do que viver sem trabalhar.

Não existe trabalho ruim; o ruim é ter que trabalhar.

Atores vemos, costumes não sabemos.

Não há pior luta do que aquela que não se enfrenta..

Ganha aquele que não perde!

Mas como se atreve a me acordar às dez da madrugada?

A carne de burro não é transparente.

Temos que saber medir a consequência dos nossos atos.

Debochando de Dona Florinda, após esta desmaiar em cima de um amontoado de gesso:

Uma mulher de gesso com coração de pedra.

Explicando porque não arranja um emprego: Eu gosto de dar oportunidades aos mais jovens. E tenho esta nobre atitude desde os meus quinze anos.

Somente as pessoas ruins sentem prazer com o sofrimento alheio.

Não consigo uma boa recomendação de trabalho do meu último patrão porque ele morreu há 20 anos.

Se quisermos ser alguem na vida temos que devorar os livros.

A tormenta se avizinha.

As virtudes da vida baseiam- se nos princípios morais.

Não discuta sobre o que você não tem certeza.

Pra aprendermos outro idioma temos que estudar anatomia, já que a língua faz parte do corpo humano.

O senhor é simpático. A senhora também é simpática. O senhor é bonito. A senhora também é simpática.

Sai pela janela, porque pago o aluguel para sair por onde eu bem entender!

Claro! São todas iguais, primeiro amor, amor, amor! Depois vem a cacetada!

Estou falando com a mula, não com seus carrapatos!

Papai você viu um sapato voando por aí? O quê? Ah, vi sim aquele da Sapatos Airlines! 

Mas é muita barriga, Senhor Bondade... Digo, digo... (Seu madruga)

Somente as pessoas ruins sentem prazer em ver o sofrimento alheio.

Tá me chamando de troglodita? Ah, bom... Pensei que tivesse dito poliglota.

Quero ver... outra vez... seus olhinhos de noite serena...

Olha, Quico… diga à sua mãe que, na salada, a gente coloca vinagre… e não cachaça! 

Tem uma coisa que não inventaram, e que eu estou a ponto de inventar, são as bolas feitas com bochechas de moleque aloprado!

Sabe o que eu faço quando gritam comigo? Eu vou pra minha casa...

Você sabe quanto custa trazer um artista do estrangeiro? Ainda mais sendo de outro país?

Altruísta é um homem que ama os outros homens! Ah bom, aqui chamamos de outro nome...

Se soubesse que tinha mandado um idiota fazer isso, tinha ido eu mesmo.

São todas assim: começam ficando com o chapéu e acabam ficando com a carteira!

Posso não ter um centavo no bolso, mas tenho um sorriso no rosto e isso vale mais que todo dinheiro do mundo.

A diferença entre as duas Alemanhas é simples, é que de um lado se toma vodca, e do outro cerveja.

Minha senhora, se acha que pode me comprar com alguns presentinhos, eu vou lhe dizer uma coisa... eu aceito!

Eu sabia que você era idiota, mas não a nível executivo!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Como se faz um Papiro



O Papiro (pelo latim papyrus do grego antigo πάπυρος) é, originalmente, uma planta perene da família das ciperáceas cujo nome científico é Cyperus papyrus, por extensão é também o meio físico usado para a escrita (precursor do papel) durante a Antiguidade (sobretudo no Antigo Egipto, civilizações do Oriente Médio, como os hebreus e babilônios, e todo o mundo greco-romano).

O papiro é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa, do caule do papiro, cortado em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada. A escrita dava-se paralelamente às fibras.

Foi por volta de 2500 a.C. que os egípcios desenvolveram a técnica de fabricar folhas de papiro, considerado o precursor do papel. Para confeccionar o papiro, corta-se o miolo esbranquiçado e poroso do talo em finas lâminas. Depois de secas, estas lâminas são mergulhadas em água com vinagre para ali permanecerem por seis dias, com propósito de eliminar o açúcar. Outra vez secas, as lâminas são ajeitadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas às outras. 

A sequencia do processo exige que as lâminas sejam colocadas entre dois pedaços de tecido de algodão, sendo então mantidas e prensadas por seis dias. E é com o peso da prensa que as finas lâminas se misturam homogeneamente para formar o papel amarelado, pronto para ser usado. O papiro pronto era, então, enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para criar o rolo que seria usado na escrita.

Texto retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Papiro
Vídeo: YouTube

domingo, 25 de dezembro de 2011

Arte e Misticismo

Por Daniel Lopes
Os tempos são caóticos. Sempre foram. Todo ser humano, em sua própria época, tem essa sensação de fim e de mediocridade. É característico. O passado, o que não vivemos, tem de fato um sabor mais romântico; no fundo, entretanto, os ritos são os mesmos. O enredo é um só. Não existem dois. Mudam-se, se é que se muda, os atores e mais nada. A história se movimenta em círculos.

Objetividade é mito. Qualquer ciência, mesmo as ditas exatas, são subjetivas, por isso, só posso falar por mim. Meu foco é a Arte, mais especificamente a Literatura e, em alguns momentos, a pintura. O que sinto em relação, é que vivemos um retorno ao cientificismo racionalista do século XIX. Peguemos os escritores, só para exemplificar, a maioria deles, por não entender que estilo é ritmo, são econômicos. O ser humano, os personagens, são vistos como seres meramente biológicos. Qualquer espécie de construção psicológica ou poética mais profunda é analisada com desdém e atirada imediatamente ao limbo por críticos e escritores analfabetos. Literatura é investigação profunda da condição humana. Querem arrancar o literário da Literatura. Nada de novo sob o Sol. Allain Robbe-Grillet propôs a mesma coisa cinqüenta anos atrás. Um tédio.

Num cenário assim, o gosto pelo oculto e pelo místico é considerado a pior das aberrações. Como assim? – Eles gritam – Então este idiota não sabe que estamos no século XXI e que desvendamos códigos genéticos? E estamos a poucos passos de nos tornarmos imortais? E construímos maravilhas tecnológicas?

Sei. Conheço essa história. Entretanto, as maiores obras literárias e pictóricas do ocidente são impregnadas de misticismo. O trabalho de Shakespeare, centro do cânone ocidental, é repleto de feitiços, magias e fantasmas. Dante escreveu a Divina Comédia, não preciso dizer mais nada... E temos John Milton, com Paraíso Perdido... E temos Goethe com Fausto... E San Juan de la Cruz... E Whitman... E Pessoa... E Blake... E, no Brasil, Guimarães Rosa com a mais poderosa obra já produzida em nosso país, Grande Sertão: Veredas. Literatura e Religião são raízes que bebem do mesmo lençol freático. Quanto à pintura, vou dizer só alguns nomes para não me estender além da conta: Da Vinci... O próprio Blake... Odilon Redon... Dalí... Miró... Xul Solar e por aí vai.

- Mas estamos no século XXI! – Repetem, não se cansam nunca – E, com o desenvolvimento da ciência que temos hoje, não são mais críveis estes contos da carochinha e a ninguém fascina mais tantos Cristos, e ceias, e imagens sacras! Sei. Esses defensores da objetividade têm visão manca. Enxergam só um dos pólos da esfera. Imaginam o homem um fenômeno puramente biológico. Mas o homem, ao contrário do que acreditam esses darwinistas estrábicos, é um fenômeno biológico e cultural, conseqüência de formações neurológicas e psíquicas. Aliás, da análise do confronto entre essas forças antagônicas surgiu um dos melhores livros de Freud: O mal-estar na cultura.

Creio que o homem, da mesma maneira que carrega uma herança biológica e genética, também carrega, desde os tempos escuros das cavernas, uma imensa herança cultural e, ainda mais importante, psíquica. Tal herança habita as profundezas do ser, feito o magma nas profundezas do planeta. Justamente por ser tão profunda, não é objetiva ou racional, mas simbólica. A imagem do falcão tem a mesma representação nos rituais de índios norteamericanos e nas cerimônias dos esquimós da Sibéria. Jung chamou tal herança de inconsciente coletivo. Freud chamou de supereu. A maioria dos povos ditos primitivos chama apenas de mundo dos espíritos. Para Mikao Usui era a energia Reiki. Schopenhauer interpretou-a como uma Natureza mística, onde a espécie guarda a essência eterna, imutável, transcendente de todos os seres. Sinceramente, todos estão falando da mesma coisa.

O acesso a este mundo de símbolos se dá, de maneira individual, por meio dos sonhos e do consumo de certas drogas. No coletivo, os mitos, como percebeu Joseph Campbell, e certas obras de Arte tocam o mistério.

O que defendo é a Arte que seja uma mordida na carne desses símbolos. O que é uma metáfora afinal? O Artista feito médium. A técnica é só o princípio da caminhada. A Arte pulsa muito além do código.

A entrada do xamã no mundo dos espíritos se dá pela primeira vez no fim da infância e início da adolescência, normalmente depois de um evento traumático. René Magritte começou a pintar depois de encontrar, aos catorze anos, o cadáver da mãe que se suicidara no mar. Pintou pelo resto da vida mares e mulheres molhadas. Nada me tira da cabeça que aquele castelinho no topo da rocha flutuando sobre o mar é o lar que ele quis dar a mãe. Frida Kahlo começou a pintar depois do acidente que quase a matara. Uma de suas melhores telas é a coluna partida, reflexo do trauma que sofrera. É possível alguma analogia entre artistas assim e os jovens xamãs?

Voltemos à Literatura. Um escritor iniciante emular escritores consagrados é coisa normal, corriqueira. O que não consigo entender é a bajulação do Realismo e a premiação sistemática de autores que não passam de simulacros do Rubem Fonseca. Outra coisa que irrita é o foco exagerado na concisão em detrimento da profundidade. O problema não é o texto ser conciso, é a falta de profundidade. Grande parte dos microcontos que leio não me dizem coisa alguma. E isso é que é premiado, porque os juízes tacanhos também escrevem assim. Cá entre nós: uma tramoia imensa. Falam de twitter... facebook... etc, mas a forma é que deve estar a serviço da literatura e não o contrário.

Enfim, acho que já barulhei demais. Se posso dizer algo acertado, é o seguinte: sejam como William Blake, procurem ver através da janela e não com a janela. É preciso irromper do outro lado e trazer o mistério entre os dentes. Não é o caminho mais fácil, mas quem foi que disse que Arte tem algo a ver com facilidade?

Daniel Lopes é paulistano. Escreveu o romance É preciso ter um caos dentro de si para criar uma estrela que dança e o livro de contos Pianista Boxeador. Bloga em http://pianistaboxeador21.blogspot.com

sábado, 24 de dezembro de 2011

Como Fazer uma Barba Perfeita

Um bom barbear começa por lavar o seu rosto e pescoço; os sabonetes podem ressecar a pele e causar irritação. Por isso, comece lavando e esfoliando para ajudar a remover o excesso de oleosidade, a sujeira e as células mortas da sua pele, já que podem embaraçar o pêlo do seu rosto e pescoço e bloquear o caminho do seu aparelho.

A hidratação também é a chave

Hidratar não somente abre os poros para ajudar a limpar a sua pele, mas também suaviza o pêlo, o que facilita o corte.
Tomar um banho quente é ideal. No entanto, se você só puder lavar sua cara na pia, hidrate o rosto e o pescoço com agua quente por três minutos.

Depois, aplique um gel de barbear que não resseque sua pele

Com movimentos lentos e circulares para cobrir todas as partes a serem barbeadas.
Isto gera uma capa protetora que ajuda a manter a hidratação e a suavizar o pêlo facial, obtendo um deslizamento mais suave do barbeador e com menos fricção para um barbear mais confortável.
Se a sua pele for sensível, deixe o gel agir por aproximadamente um minuto para suavizar abrindo mais os pêlos e reduzir o esforço durante o barbear.

Para um barbear mais suave e rente, utilize sempre um barbeador avançado de múltiplas lâminas

Antes de começar, verifique se o seu aparelho de barbear possui uma fita lubrificante indicadora a qual com o uso torna-se cada vez mais clara até ficar branca, nesse momento a lâmina já deve estar sem fio.

Não se complique na hora de fazer a barba

Durante o barbear, faça passadas ligeiras e suaves.
Se aplicar muita pressão sobre o aparelho, poderá sofrer avermelhamento, irritação ou cortes na pele.
Durante o barbear tente esticar a pele e passe o barbeador sobre esta área. Fazendo isso você criará uma superfície mais lisa para o seu aparelho.
Também é uma boa ideia enxaguar o aparelho com frequência para evitar o acumulo de resíduos nos cantos e nas lâminas, obtendo assim um deslizamento suave com conforto superior.

Primeiro passe o barbeador no sentido do crescimento dos pêlos

Depois, se for necessário, passe-o também no sentido oposto, para um barbear mais rente. Para descobrir o sentido de crescimento de sua barba, antes de começar, passe a sua mão contra o rosto e o pescoço, se sentir resistência, você está indo no sentido contrario de seu crescimento.

Deixe o queixo e a zona ao redor dos lábios para o final

Essas são as áreas mais vulneráveis e difíceis de barbear. Com isto, dará mais tempo para que o gel seja absorvido e que o pêlo fácil fica ainda mais suave e mais fácil de ser cortado, para um barbear mais rente e suave.
Os pêlos na região dos lábios podem ser delicados. Tente enrolar o seu lábio superior sobre os dentes, isto estica a pele e ajuda a cortar os pêlos com menos esforço.

Obtenha um acabamento limpo ao fazer a barba, cortando diretamente debaixo do nariz e de forma às costeletas. Por ultimo, verifique se as costeletas estão iguais, para isso lhe servirão como guia, parte do seu rosto ou os lóbulos das orelhas.

Fonte:Gillete

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

70 Filmes Para Você Estudar História

Por Guilherme Dearo
Que tal estudar todo o conteúdo de história geral jogado no sofá, comendo uma pipoquinha? Sim, é possível! Depois de tantas apostilas e livros, vale a pena parar para descansar e se divertir um pouco. E nada melhor do que um bom filme. Confira nossa lista de 70 filmes que vão lhe ajudar a repassar história para as provas!

Pré-história
- A Guerra do Fogo
- 10.000 a.C.
- O Elo Perdido

Grécia Antiga e helenística
- 300
- Alexandre
- Tróia

Império Romano
- Asterix
- Gladiador
- Calígula
- Átila, o Huno
- Augustus
- Spartacus

Idade Média/Feudalismo
- O Nome da Rosa
- O Incrível Exército de Brancaleone
- Cruzada
- Coração Valente
- Joana D’Arc
- O Sétimo Selo

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Retirado de:

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Como Teriam Morrido os Apóstolos Cristãos

ANDRÉ
Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus:“Eis aqui o Cordeiro de Deus”. André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias” (João 1.35-42; Mateus 10.2). O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Diz a tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.
  
BARTOLOMEU
Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47) Exerceu seu ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.
  
FILIPE
Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael (João 1.43-46). Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.
  
JOÃO (o "apóstolo do amor")
O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O discípulo que Jesus amava” (João 13.23). Pescador, filho de Zebedeu (Mateus 4.21) o único que permaneceu perto da cruz (João 19.26-27). O primeiro a crer na ressurreição de Cristo (João 20.1-10). A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (Apocalipse 1.9). Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos.
  
JUDAS TADEU
Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?" (João 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.
  
JUDAS ISCARIOTES (o traidor)
Filho de Simão, traiu a Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se em seguida. (Mateus 26:14-16; 27:3-5).
  
MATEUS ( ex cobrador de impostos)
Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13). Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.
  
MATIAS (substituto de Judas)
Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1.15-26). Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.
  
PAULO (maior missionário da igreja primitiva)
Israelita da tribo de Benjamim (Filipenses 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do evangelho e perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no ano 67 ou 70 (Atos 8.3; 13.9; 23.6; 13-20).
  
PEDRO 
Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo”(Mateus 16.16). Foi testemunha da Transfiguração (Mateus 17.1-4).
Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição, sua crucifixão verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero.
Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.


SIMÃO (o Zelote)
Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos 3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado.


TIAGO (o maior)
Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia, o pescador (Mateus 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e morto a espada em Jerusalém, entre os anos 42 e 44.


TIAGO (o menor)
Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62.



TOMÉ (que só acreditava no que via)
Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificaçã o (João 20.25). Segundo a tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã.
  
Obs:
O único apóstolo cuja morte está registrada na Bíblia é Tiago (Atos 12:2). O rei Herodes “fez Tiago passar a fio de espada” – aparentemente uma referência à decapitação. As circunstâncias das mortes dos outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas em tradições da igreja medieval, estudos teológicos e livros apócrifos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os 5 Principais Arrependimentos de Pacientes Terminais

Bronnie Ware trabalha com pacientes perto do fim da sua vida – pacientes terminais. Neste post, ela escreve sobre os principais arrependimentos que vieram à tona aos seus pacientes em seu leito de morte. Os cincos principais seguem abaixo:

1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira para mim, e não a vida que os outros esperavam de mim.

Este foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham para trás, é fácil ver como muitos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não tinham honrado a metade dos seus sonhos e morreram sabendo que era devido às escolhas que fizeram, ou deixaram de fazer.

É muito importante tentar realizar pelo menos alguns de seus sonhos ao longo do caminho. A partir do momento que você perde a sua saúde, é tarde demais. Saúde traz uma liberdade que poucos percebem, até que já a não têm mais.


2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto.

Isto veio de todos os pacientes do sexo masculino que eu acompanhei. Eles perderam o crescimento de seus filhos e o companheirismo do parceiro. As mulheres também citaram este arrependimento, mas como a maioria era de uma geração menos recente, muitos dos pacientes do sexo feminino não tinham sido chefes de família. Todos os homens que eu acompanhei se arrependeram profundamente de passar tanto tempo da sua vida com foco excessivo no trabalho.

Ao simplificar o seu estilo de vida e fazer escolhas conscientes ao longo do caminho, é possível não ter que precisar de um salário tão alto quanto você acha. E criando mais espaço em sua vida, você se torna mais feliz e mais aberto a novas oportunidades, mais adequado ao seu novo estilo de vida.


3. Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.

Muitas pessoas resguardaram seus sentimentos para manter a paz com os outros. Como resultado, tiveram uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eram realmente capazes de ser. Muitas desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ao ressentimento que carregavam, como resultado.

Nós não podemos controlar as reações dos outros. No entanto, embora as pessoas possam reagir quando você muda a maneira de falar com honestidade, no final a relação fica mais elevada e saudável. Se não ficar, é um relacionamento que não vale a pena guardar sentimentos ruins. Você ganha de qualquer maneira.


4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos.

Muitas vezes os pacientes terminais não percebiam os benefícios de ter por perto antigos e verdadeiros amigos até a semana da sua morte, e nem sempre foi possível encontrá-los. Muitos haviam se tornado tão centrados em suas próprias vidas que tinham deixado amizades de ouro se diluirem ao longo dos anos. Havia muitos arrependimentos por não dar atenção a estas amizades da forma como mereciam. Todos sentem falta de seus amigos quando estão morrendo.

É comum que qualquer um, em um estilo de vida agitado, deixe escapar amizades. Mas quando você se depara com a morte se aproximando, os detalhes caem por terra. Não é dinheiro, não é status, não é posse. Ao final, tudo se resume ao amor e relacionamentos. Isso é tudo o que resta nos dias finais: amor.


5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz.

Este é surpreendente. Muitos não perceberam, até ao final da sua vida, que a felicidade é uma escolha. Eles haviam ficado presos em velhos padrões e hábitos. O chamado “conforto”. O medo da mudança os faziam se fingir aos outros e a si mesmos, enquanto lá no fundo ansiavam rir e ter coisas alegres e boas na vida novamente.


Vida é escolha. A vida é SUA. Escolha com consciência, com sabedoria, com honestidade. Escolha ser feliz.


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Mais-Valia*: Seu Trabalho Vale Mais do Que Você Ganha

*Mais-valia é o termo empregado por Karl Marx para explicar a diferença entre o valor da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista.

***

O salário do trabalhador é uma quantidade determinada de dinheiro paga por uma quantidade determinada de trabalho. Por exemplo: Uma jornada de trabalho de 12 horas representada num valor monetário de 12 reais.  O preço de seu trabalho é igual ao preço de seu produto, e nesse caso, não produz nenhum lucro para o comprador de seu trabalho. Para que o sistema capitalista funcione ele deve receber por 12 horas de trabalho menos de 12 reais, isto é, menos de 12 horas de trabalho.

O valor do trabalho tem de ser sempre menor que seu produto-valor, pois o capitalista sempre faz a força de trabalho funcionar por mais tempo do que o necessário para a reprodução de seu próprio valor.

Um trabalhador que, por exemplo, recebe um salário de R$ 8,00 por dia em uma jornada de trabalho de 8 horas, sua força de trabalho é paga a R$ 1,00 por hora. Entretanto, considerando o valor já estabelecido de R$ 8,00 por dia, qualquer hora a mais trabalhada passa a representar uma vantagem ao capitalista, pois quem recebeu R$ 1,00 por hora e trabalhou 10 horas, passará a receber, por cada hora, R$ 0,80; se for 12 horas, R$ 0,67. Quanto mais horas, menos ganho ao trabalhador.

Digamos que R$ 0,80 seja o salário de uma hora quando deveria ser R$ 1,00. O operário irá naturalmente trabalhar mais para conseguir a quantia necessária para o seu sustento, uma vez que 8 horas não são mais suficientes para receber o salário de R$ 8,00.

Um efeito desta possível influência negativa que atinge as grandes massas trabalhadoras é a perda de sentido e desvalorização do significado do trabalho. A forma de organização instituída pelo capitalismo vem resultando, além de numa perda de poder do trabalhador, na atribuição de significados negativos por este em relação ao trabalho. Se uma pessoa enxerga seu trabalho apenas como atividade obrigatória para adquirir sustento deixa de atribuir significado positivo a grande parte de suas atividades cotidianas e consequentemente a grande parte de sua vida.

É o chamado “trabalho alienado”, aquele em não há possibilidade do trabalhador identificar todo o processo produtivo, o que gera estranheza sobre sua participação em relação aos resultados finais do processo. Uma atuação nestes moldes impede o trabalhador de exercer sua liberdade e capacidade criativa em suas funções.
O trabalho nunca é neutro em relação à saúde mental. Dependendo da forma com que é organizado, pode ser causa de sofrimento psíquico. Mas pode ser também uma atividade prazerosa e promotora da saúde mental. Basta que boas condições sejam oferecidas ao homem, permitindo que ele desenvolva todo seu potencial.

 BIbliografia Indicada: MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro 1, tomo 2. Capítulo XXIV. São Paulo: Nova Cultural, 1988.


Definição de Mais-Valia retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mais-valia