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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Feng Shui

Retirei esse texto de um site cristão que se propõe a mostrar como as seitas e religiões orientais devem ser desacreditadas por estarem contrárias ao que vem escrito na Bíblia. Mesmo assim o texto é bom. Completo e sintético. Ótimo para ser publicado num veículo de leitura rápida como esse. Eu adaptei o texto e exclui dele todas as referências bíblicas colocadas pelo autor como argumentos contrários ao pensamento oriental. Na minha opinião ele não consegue convencer. É um tour de force desnecessário e que acaba como um tiro pela culatra. Se você quiser conhecer a versão completa do site e a peroração bíblica oferecida pelo autor contra o que ele mesmo escreveu, vai aqui: http://www.cacp.org.br/orientais/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=374&menu=9&submenu=1. Mas não acho que seja necessário se você se interessa por Feng Shui...

FENG SHUI
Por João Flávio Martinez
Praticado na China há milhares de anos, o Feng Shui chegou ao Ocidente em pleno final de milênio como uma espécie de nova ciência do ano 2000. Feng Shui é uma antiga arte chinesa de criar ambientes harmoniosos, oferecendo, dessa forma, um sistema completo ligado intimamente à natureza e ao Cósmico. Originou-se há cerca de 5000 anos, nas planícies agrícolas da China Antiga. A tradução literal do termo Feng Shui é Vento-Água. Mas, para os chineses, significa muito mais do que isso. Acreditam eles que essa arte é como o vento, que não se pode entender, e como a água, que não se pode agarrar. O Feng Shui está baseado nos ensinamentos codificados por Lao Tsé, que incluem o Yin-Yang, os cinco elementos e os Triagramas (zodíaco chinês) Yi-Jing.

COMO FUNCIONA O FENG SHUI
O objetivo do Feng Shui é atrair a energia positiva e, dentro do possível, eliminar e/ou afastar a negativa. Defende a vida em harmonia com o meio ambiente e suas linhas de energia, de modo que haja um equilíbrio adequado entre as forças da natureza. Essas energias invisíveis, positivas e negativas, podem produzir harmonia e discórdia, saúde e doença, prosperidade e pobreza.

A energia positiva os chineses chamam de Sheng Shi ou respiração cósmica do Dragão. A negativa de Shar Shi ou sopro da morte. A presença de objetos agudos ou pontiagudos ou estruturas causa o sopro da morte (Shar Shi), que por sua vez pode ser controlada através da localização de um imóvel, sua arquitetura, sua decoração ou disposição interior (posição dos móveis, objetos, cores etc). Com isso o Feng Shui oferece uma variedade de soluções para evitar e combater o sopro da morte, capacitando os seus adeptos a diagnosticar ambas as situações.

OS PRINCÍPIOS DO FENG SHUI
Os chineses acreditam que existem duas forças cósmicas, duas energias opostas que formam o universo e tudo o que nele há. Essas duas energias são chamadas de Yin e Yang. A força positiva do bem, da luz e da masculinidade é o Yang. A essência negativa do mal, da morte e da feminilidade é o Yin. Eles consideram que tudo no mundo é composto de elementos opostos chamados Yin e Yang. Em conjunto, esses elementos constituem um todo equilibrado conhecido como Tao ou Caminho, o eterno princípio da harmonia entre o céu, a terra e o universo, cuja respiração é chamada Chi.

Quando esses elementos não estão equilibrados, o ritmo da natureza é interrompido com desajustes, resultando conflitos. Para os chineses, a harmonia e o funcionamento ordeiro do universo é uma manifestação denominada Tao. O Tao é uma espécie de vontade ou legislação divina, que existe no universo e o regula. (...)

OS CINCO ELEMENTOS
Os chineses acreditam que as interações dos cinco elementos — terra, madeira, fogo, metal e água podem ser combinados para criar boa ou má sorte no ambiente físico. Esses elementos estão envolvidos em dois tipos: o ciclo produtivo e o ciclo destrutivo. No ciclo produtivo (positivo), o fogo produz a terra, que produz o metal, que produz a água, que produz a madeira, que por sua vez produz o fogo. No ciclo destrutivo (negativo), a madeira destrói a terra, a terra destrói a água, a água apaga o fogo, o fogo derrete o metal, que por sua vez derruba a madeira.

Segundo esses relacionamentos cíclicos, o praticante do Feng Shui pode alterar as energias de sua casa ou de seu local de trabalho usando o sistema chinês de orientação combinando a data e a hora do nascimento das pessoas de acordo com os elementos. A intenção do Feng Shui é gerar harmonia no ambiente, localizando essas energias. Para entender melhor esse ciclo, alguém, por exemplo, que tenha nascido no ano fogo, segundo o calendário chinês, não pode ter água demais em casa. Deve-se, portanto, evitar tanques, fontes, aquários e objetos de cor azul-escuro ou preta (cores da água), porque no ciclo destrutivo a água destrói o fogo. Por outro lado, seria ideal ter plantas e objetos verdes (representando a madeira), pois a madeira produz fogo no ciclo produtivo. Com o uso de uma bússola é possível identificar a direção de cada um dos cinco elementos.

OS CINCO ELEMENTOS E SUAS PROPRIEDADES
O fogo é vermelho uma cor auspiciosa. O fogo é também verão e representa o sul.
A água é preta ou azul-escuro. Representa o inverno e é colocada no norte.
A madeira é o leste e é representada pela cor verde. Sua estação é a primavera.
O metal é branco e, algumas vezes, dourado. O metal simboliza o oeste. Sua estação é o outono.
A terra é amarela ou marrom. Representa o centro.

PA KUA
É o principal símbolo de referência na prática do Feng Shui. E também uma espécie de ferramenta de diagnóstico para localizar as energias, muito aplicada em relação aos pontos cardiais.

A origem do Pa Kua é baseada nos triagramas do I Ching (O Livro das Mutações, considerado como texto divino) adaptado para o Feng Shui.

O Pa Kua está dividido em oito setores, identificados de acordo com as direções da bússola. Cada setor é conhecido como uma aspersão de vida. As aspirações de vida são: Chien (Noroeste, pessoas úteis ou mentoras), Kan (Norte, perspectiva profissionais), Ken (Nordeste, educação), Chen (Leste, família, relacionamentos e saúde), Sun (Sudeste, riquezas e prosperidade), Li (Sul, reconhecimento e fama), Kun (Sudoeste, perspectiva de casamento e felicidade conjugal) e Tui (Oeste, sorte dos filhos).

Depois de descobertas essas aspirações, basta definir e saber os objetivos, decidindo-se por riqueza, saúde, fama etc. Para tanto, é importante saber ativar ou criar os bons fluxos do Chi (força superior que permeia todo o universo) nesta área, verificando a direção no Pa kua. Por exemplo, se é dinheiro que se deseja, é só fazer algo em relação ao lado sul

O QUE O FENG SHUI PODE FAZER POR VOCÊ?
A doutrina central do Feng Shui é que a humanidade viva em harmonia com o ambiente, em equilíbrio e simetria com a terra. O Feng Shui reúne tudo isso num amplo corpo de princípios que promete prosperidade e abundância, paz e serenidade, além de saúde e longevidade para aqueles que construírem sua casa de acordo com suas diretrizes, que defendem a harmonia e o equilíbrio. O peixe para os chineses representa o sucesso. Ter um aquário ou algo que exiba o símbolo do peixe, como vaso, quadro ou uma pintura são vistos como excelentes ativadores da riqueza. UM belo vaso chinês representa boa saúde. Os cristais melhoram a vida social e as perspectivas de casamento da pessoa. Fuk, Luk, Sau, os deuses da riqueza, do prestígio social e da longividade, respectivamente, são encontrados nas salas de jantar ou de estar de quase todas as residências chinesas em todo o mundo. Eles são os mais importantes - e mais populares — dos deuses simbólicos do panteão chinês. Raramente são venerados, Os chineses acreditam que o simples fato de terem suas imagens dentro de casa já é suficiente para atrair a boa fortuna que eles significam.

Segundo a crença chinesa, existem no universo duas energias: o Sheng Chi (benéfica) e o Sha Chi (maléfica). Um dos objetivos do Feng Shui é determinar o lugar em circulam essas energias para neutralizá-las. Ensina também que existe um modo natural e correto para realizar todas as coisas, e que tudo têm o seu devido lugar e sua devida função para que possa atingir o equilíbrio. Esse equilíbrio, por sua vez, é possível por meio das cores, dos elementos da natureza, dos formatos dos objetos, dos objetos moventes, dos sons, das luzes, das plantas, espelhos e outras coisas. Tudo deve ser utilizado com muito cuidado, pois pode trazer efeitos indesejados se mal empregados.

O FENG SHUI E O TAOÍSMO
Segundo os ensinamentos do Taoísmo, o Tao (caminho) é considerado a única fonte do universo.Essa fonte é eterna e determina todas as coisas. Os taoístas creem que quando os eventos e as coisas passam a existir em harmonia natural com a força macrocósmica, então existe paz.

O Taoísmo procura levar o homem a uma harmonia com a natureza através do livre exercício dos instintos e imaginações.

O Feng Shui incorpora essas crenças do Taoísmo ao seu modo de viver não em relação à pessoa, mas ligando-as à construção, à arquitetura, ao ambiente e, com isso, influencia o destino de seu praticante.

Para os praticantes do Feng Shui, o mundo é composto pelos elementos opostos: Yin-Yang, o negativo e o positivo, que, quando não estão equilibrados, resultam em conflitos. 




Leia mais sobre os cinco elementos ou atividades aqui:  
http://abcimaginario.blogspot.com/2011/01/wu-hsing-as-cinco-atividades-chinesas.html

e sobre o Feng Shui aqui:
http://abcimaginario.blogspot.com/2011/11/as-escolas-do-feng-shui.html
http://abcimaginario.blogspot.com/2010/10/as-curas-e-os-ajustes-do-feng-shui.html

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Como é que você Joga o jogo da vida?

Nos posts anteriores (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) eu disponibilizei dados sobre a síndrome do Estrangeiro com indicações sobre como identificá-la e como aprender a conviver com ela. Hoje vou colocar dois pontos de vista sobre como lidar com essa sensação constante de "estar com fome e armado apenas com um garfo num mundo feito de sopa".

De forma bem simplificada (e por que não dizer clichê) podemos nos lembrar do paradoxo do copo d’água, onde identificamos aqueles que o veem meio cheio ou meio vazio de acordo com sua inclinação para o pessimismo ou otimismo. De minha parte, me basta hoje perceber que está pela metade. Ponto. Mas não foi sempre assim e uma longa jornada foi necessária para chegar a esse ponto.

Leiam os dois textos e (como tudo na vida) escolham como preferem viver. A vida é como um jogo de poker no qual não se pode escolher as cartas (embora os espíritas digam o contrário). Nascemos com uma mão que pode ser boa ou ruim. E pode ser melhor ou pior de acordo com nossa forma de jogar. Podemos mudar algumas cartas, apostar, passar ou pagar para ver. Como alternativa podemos não fazer nada e nos lamentar esperando a morte chegar. Você decide.


SOU UM ESTRANGEIRO NESTE MUNDO
Por Khalil Gibran
Sou um estrangeiro, e há na vida do estrangeiro uma solidão pesada e um isolamento doloroso. Sou assim levado a pensar sempre numa pátria encantada que não conheço, e a sonhar com os sortilégios de uma terra longínqua que nunca visitei.
Sou um estrangeiro para meus parentes e amigos. Quando encontro um deles penso: "Quem é ele? Onde o encontrei? Que me une a ele? Por que me aproximo dele e o frequento?"

Sou um estrangeiro para minha alma. Quando minha língua fala, meu ouvido estranha-lhe a voz. Quando meu Eu interior ri ou chora, ou se entusiasma, ou treme, meu outro Eu estranha o que ouve e vê, e minha alma interroga minha alma. Mas permaneço desconhecido e oculto, velado pelo nevoeiro, envolto no silêncio.

Sou um estrangeiro para o meu corpo. Todas as vezes que me olho num espelho, vejo no meu rosto algo que minha alma não sente, e percebo nos meus olhos algo que minhas profundezas não reconhecem.

Quando caminho nas ruas da cidade, os meninos me seguem, gritando: "Eis o cego, demos-lhe um cajado que o ajude". Fujo deles.

Mas encontro outro grupo de raparigas que me seguram pelas abas da roupa, dizendo: "É surdo como uma pedra. Enchamos seus ouvidos com canções de amor e desejo". Deixo-as, correndo.

Depois, encontro um grupo de homens que me cercam, dizendo: "É mudo como um túmulo, vamos endireitar-lhe a língua". Fujo deles com medo.

E encontro um grupo de velhos que apontam para mim com dedos trêmulos,dizendo: "É um louco que perdeu a razão ao freqüentar as fadas e os feiticeiros".

Sou um estrangeiro, e já percorri o mundo do Oriente ao Ocidente sem encontrar minha terra natal, nem quem me conheça ou se lembre de mim.

Acordo pela manhã, e acho-me prisioneiro num antro escuro, frequentado por cobras e insetos. Se sair à luz, a sombra do meu corpo me segue, e as sombras de minha alma ma precedem, levando-me aonde não sei, oferecendo-me coisas de que não preciso, procurando algo que não entendo. E quando chega a noite, volta para casa e deito-me numa cama feita de plumas de avestruz e de espinhos dos campos.

Ideias estranhas atormentam minha mente, e inclinações diversas, perturbadoras, alegres, dolorosas, agradáveis. À meia-noite, assaltam-me fantasmas de tempos idos. E almas de nações esquecidas me fitam. Interrogo-as, recebendo por toda a resposta um sorriso. Quando procuro segurá-las, fogem de mim e desvanecem-se como fumaça.

Sou um estrangeiro neste mundo. Sou um estrangeiro, e não há no mundo quem conheça uma única palavra do idioma da minha alma.

Caminho pela selva inabitada, e vejo os rios correrem e subirem do fundo do vale ao cume da montanha. E vejo as árvores desnudas se cobrirem de folhas, e florirem, e frutificarem, e perderem suas folhas num só minuto. Depois, suas ramas caem no chão e se transformam em cobras pintalgadas.

E as aves do céu voam, pousam, cantam, gorjeiam e depois param, abrem as asas e viram mulheres nuas, de cabelo solto e pescoços esticados. E olham para mim com sensualidade. E estendem suas mãos brancas e perfumadas. Mas, de repente, estremecem e somem como nuvens, deixando o eco de risos irônicos.

Sou um estrangeiro neste mundo. Sou um poeta que põe em prosa o que a vida põe em verso, e em versos o que a vida põe em prosa. Por isto, permanecerei um estrangeiro até que a morte me rapte e me leve para minha pátria...



UMA VIDA
Por Dinair Fonte
Um jeito assim de viver morrendo segundo a segundo. Descobrindo-me, sentindo como se fosse a ultima vez. Observando-me existir. Quantas vezes eu quis ser diferente. Como o resto do mundo que retira da realidade coisas que eu não consigo retirar.

Assisto a mim, meu ser fragmentado e carente precisando constantemente aprender a olhar. Assisto as pessoas a minha volta simplesmente vivendo. Divertindo-se, amando a cada cinco minutos, enquanto eu busco respostas, busco a essência, aquilo que os antigos nomearam como Amor sublime.

Eu não sei curtir a vida, eu admito. Não sei flertar, não sei fazer, não sei, não levo jeito. Sou incompetente nos assuntos do coração. Sempre estive concentrada em mim, no que acontecia dentro de mim.

Não, eu não sou daqui. Eu apenas disfarço muito bem. Sou uma estrangeira. Não possuo a normalidade que os outros esperam. É impossível parecer um ser humano “normal” quando assumimos com coragem o ser pensante que somos. E é justamente a compreensão ampla da vida, resultante ou não do pensar, e, ao mesmo tempo, a não compreensão dela, que faz a minha existência tornar-se perturbadora.

Para mim dói existir, sempre doeu. Eu sofro com a realidade, não descanso nunca. Vivo de sobreaviso, acordada, sempre alerta. Vivo a agonia de caminhar no escuro, de me sentir impotente e perdida perante a vida linda que me foi dada de graça. Sangrando com desamores, perdas, rejeições e incertezas. Sentindo por tantas vezes um medo horrível de viver.

No entanto, há algo que eu acredito, e que está acima de tudo que eu não sei que sou: Dor não é amargura. Então, saio para vida sozinha com esse meu jeito torto de ser, e viajo até as pessoas. Sorrio. É minha maneira de parecer normal, de fazer o peso da minha vida, de minhas observações, do meu estar no mundo, se tornarem mais leves.

Pouca gente entende. Mas, definitivamente, isso não me preocupa mais. Sou o que sou. Sou o está ao meu alcance ser. E isso é, sem dúvida, o melhor que posso fazer.

Minha sensibilidade me fere, minha sensibilidade é minha dádiva e minha desgraça. Reneguei-a algumas vezes. Mas não posso, não consigo mais. Pois é a partir dela, e com ela, que eu realizo belíssimas coisas. Como você consegue, Camila? Eu respondo: Sentindo. Eu descobri.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Síndrome do Estrangeiro V

O Estrangeiro e o Misticismo
Por Málu balona
O misticismo, em geral, contribui para a piora da auto-estima do indivíduo, na medida em que reforça a teoria do messianismo: alguém virá nos salvar, logo alguém assumirá a responsabilidade no nosso lugar.
A partir desse auto-engano, a passividade e o conformismo serão as maiores companhias, o que só vem a reforçar a insegurança e o sentimento de autoculpa.
A ideia de que estamos todos neste planeta para sofrer e pagar as consequências dos nossos atos, constitui mais uma canga no pescoço pregada pelo misticismo, o que se soma às muitas outras coleiras do ego impostas pela sociedade.
Também é fato que há consciências muito mais antigas do que os planetas onde se manifestam atualmente. As estrelas morrem, os planetas têm vida útil limitada. A consciência é imortal, plasmando novos corpos sempre quando e onde faz-se necessária a sua presença para evoluir.
Contudo, no caso da SEST, o interesse pela vida fora da Terra só trará mais distanciamento da realidade humana em que a consciência está manifestada de forma já deficiente.
A constatação de haver pertencido a outras civilizações e raças, não serve, no momento, como consolo e nem diminui o conflito com a sociedade atual, agravando ainda mais a idéia de abandono, de fuga e de estar separada dos seus pares.
A saída artificial das drogas aparece na SEST como a possibilidade milagrosa de solução para o problema, o que, na verdade, contribuirá para aumentar a distorção da realidade vivida pela consciência portadora.
Muitos exemplos indicam o dano irreparável causado por essa válvula de escape, denominada por esse motivo viagem sem volta (bad trip). Na tentativa de sair do corpo a consciência sai do ar e não cai na real como precisa.
 Com predisposição natural à descoincidência dos seus veículos de manifestação desde a infância, a portadora chega à adolescência disposta a continuar cada vez mais fora do corpo, que constitui um entrave para os seus propósitos de evasão.
A busca e a passagem pelas drogas, algumas vezes, pode gerar uma condição descoincidência vígil patológica, caracterizando o adulto semi-projeïado permanente. Dentre as hipóteses de trabalho da Projeciologia, está a proposta de aprofundar o estudo das relações entre a esquizofrenia e as semiprojeções conscienciais semilúcidas.
Em devaneio, passará a maior parte do tempo viajando, mantendo o complexo corporal artificialmente desencaixado, numa clara demonstração de rebeldia consciencial contra a vida humana.
Os pensamentos podem entrar em circuito fechado, instalando-se o monoideísmo. A partir dessa linha final (dead-line), a alienação pode chegar a ser irreversível e vir acompanhada de idéias de suicídio.
O quadro toma-se ainda mais complexo devido à super-dotação e ao parapsiquismo destrambelhado. Os mecanismos de racionalização ajudam a mascarar o risco real de autodestruição. Um dos fatores da desorientação é a interpretação equivocada dos sinais parapsíquicos e bioenergéticos pessoais.
A falta de referenciais parapsíquicos sadios, de discernimento, de senso crítico, de autodefesa e de orientação adequada, faz com que a consciência confunda as instruções recebidas dos próprios assediadores, maus guias extra-físicos cegos, (igualmente enfermas e necessitadas de esclarecimento), com instruções avançadas para a sua evolução dadas pêlos amparadores legítimos.
Um exemplo claro é o portador que se refere ao contato permanente com seres extrafísicos, anjos guardiães, mestres e guias, que lhe indicam o que fazer. O misticismo incentivará esta forma alienante de comunicação, sem qualquer discernimento ou senso crítico.
Paradoxalmente, embora sendo uma deficiência evolutiva, a SEST é ao mesmo tempo fruto de uma problemática consciencial complexa e sofisticada, acima da média dos seres humanos comuns. Um grito de alerta contra o perigo do conformismo evolutivo. É a luta pela preservação da espécie evolutiva consciencial, em detrimento da clonagem humana, apenas - robotização existencial.
Marcadas e sofridas, elas poderão fechar-se definitivamente para a atual existência, numa forma de pré-autismo deliberado. Fechando os seus canais de comunicação com o meio exterior agressivo, tornar-se-ão sistemas fechados, desencadeando a morte comunicativa e o caos afetivo - entropia máxima observada nos casos agudos de psicopatologia.
Com perda acentuada da autocrítica, o que por si só caracteriza a doença mental, os portadores dessa sintomatologia consciencial serão arrolados juntamente com portadores de psicopatologias de origem diversa
Na SEST há. uma espécie de cronograma - fases vivenciadas pelos portadores, que pode levar a dois resultados diferentes: o fracasso ou a autocura.
As consciências portadoras vão da surpresa à estranheza pela vida humana. Passam da frustração e do abatimento à melancolia, da indignação à revolta, em alguns casos.
A fase da busca de solução pode terminar na desistência, nas drogas e no isolamento, como também na saída mais adequada: a reconstrução possível e sistemática da maior coesão consciencial, início do processo para alcançar a maturidade integrada.
A reciclagem existencial é a saída nesse e em muitos outros casos. A renovação total de conduta, mais afim com os princípios pessoais negligenciados, pode constituir, muitas vezes, na verdadeira solução factível e progressiva para a autocura.
Segundo o paradigma consciencial, a reciclagem existencial é a técnica evolutiva que permite a renovação do destino, com aproveitamento sadio do espírito questionador.
Devido à criatividade e inteligência superior à média, a consciência portadora da SEST poderá usar do seu património evolutivo com mais objetividade, fazendo escolhas rápidas, correndo riscos calculados e, através desse expediente estratégico, escapar ao aniquilamento. O amparo extrafísico e as inspirações sadias poderão encaminhar a busca de solução.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Síndrome do Estrangeiro IV

O Estrangeiro na Sociedade
Por Málu balona
A sensibilidade exacerbada será confundida com fraqueza. Por outro lado, a força manifestada em outras circunstâncias e a capacidade de recuperação de quadros orgânicos graves, demonstram saúde inexplicável.
A ignorância dos sinais bioenergéticos e parapsíquicos pessoais fará com que o portador mergulhe num caótico mundo de sensações e percepções, próprios e alheios, que não saberá organizar ou entender.
 A sociedade patológica é composta de mecanismos criados para permitir a conservação de mediocridade, através da estampagem ou modelagem (imprinting) de indivíduos nivelados por baixo. Na SEST ocorre o contrário quase absoluto do imprinting. A consciência, manifestada outra vez em estado intrafísico, não aceita a sua condição, estabelecendo-se o comportamento do estranho no ninho, às vezes somado à conduta do rebelde sem causa.
A portadora está tentando fazer um desajeitado imprinting, aparentemente impossível naquelas circunstâncias: implantar e viver a realidade extrafísica dentro da intrafisicalidade.
Contudo, toda consciência precisa se integrar ao grupo para evoluir. Seguindo um dos princípios básicos da evolução: toda consciência evolui pelo esforço individual, porém agiliza a evolução pessoal em grupo. Quanto mais madura a consciência, maior a sua participação.
O grande desafio da consciência madura é conseguir viver como se fosse igual a todo mundo, sabendo que é diferente de todo mundo. A intrafisicalidade constitui a grande oportunidade evolutiva de superação da pressão patológica.
Assim como as plantas tendem a mover-se no movimento trópico, próprio da espécie, em busca de luz e de calor, suas fontes maiores de energia, também a consciência busca o estímulo da afetividade, da calidez e do aconchego, para escapar ao afunilamento intrafísico em busca de suas fontes básicas de energia.
Essa é a condição indispensável para a auto-organização individual, para o amadurecimento consciência! e para a conseqüente execução da programação existencial.
A tentativa de participação e de aceitação, através da grupalidade sadia, é o que podemos chamar de tropismo consciencial.
Na SEST essa condição é ainda mais necessária, já que, a consciência esteia as convicções pessoais nos elementos da sua programação espiritual. A vontade de aliviar o infortúnio pessoal e a injustiça de que se sente vítima são uma das suas principais motivações para sair em busca de companhia.
É com esse propósito que no final da adolescência vai buscar, talvez de forma tardia e deslocada, o seu grupo de referência.
Entretanto, essa busca não se limita a adolescência, como mostra o portador de SEST chamado “Buscador-Borboleta” - ele, ou ela, pode ser encontrado nas seitas exóticas da moda, nas disciplinas alternativas, no esoterismo ou no misticismo em geral.
Algumas vezes, fazendo escolhas radicais de integração, outras vivendo surtos de regressão infantil ao romantismo místico de fadas e duendes, num claro revivalismo do próprio passado medieval, a consciência exilada procura amenizar o sentimento de expatriamento ou desterro através dessa fuga estratégica da sociedade física que a maltrata.
Muitas seitas esotéricas, sejam elas hard ou light, empregam na sua estrutura técnicas para a lavagem cerebral. Algumas delas incluem a mudança completa da identidade pessoal.
Com a possibilidade de mudar de nome (lavagem de ego), adotando uma nova identidade, as portadoras da SEST vêem, nessa falsa promessa, uma possibilidade de livrar-se das inquietações trazidas pela identidade indesejável. Naquele momento, essa parece a solução prática para o conflito.
Há nos movimentos esotéricos, na chamada new age, grupos que anunciam a queima de arquivos pessoais negativos - carma - em uma única vida - esta mesma. E como furar o céu sem esforço. No desespero, vale tudo.
Dentro desse perfil de fragilidade, basta aproveitar a condição de desconforto em que se encontra o indivíduo.
Com a proposta de uma nova vida, a adoção de um nome iniciático, as seitas místicas têm à sua disposição na sociedade, um grande contingente de indivíduos carentes e desorientados. Com ele formam um mercado de trabalho escravo, onde, muitas vezes, se inclui a total anulação da vontade pessoal — livre-arbítrio.
Geralmente são chefiados por um indivíduo sensitivo e com experiência parapsíquica. Essa situação favorece o aliciamento de personalidades predispostas, transformando em adepto incluso, aquele que ainda há pouco era o inadaptado excluído.
Com esse procedimento que constitui um atentado à liberdade consciencial evolutiva, ninguém ganha e todos perdem tempo e oportunidades, entrando nas intermináveis auto-repetições das experiências místicas vividas nas multimilenares existências.
Um exemplo claro dessa realidade é o jovem, ou a jovem, que ao aproximar-se de determinada linha mística de conhecimento, sente uma grande familiaridade com as informações, confundindo suas percepções e vindo a repetir as vivências já superadas, nas mesmas escolas de conhecimento que, muitas vezes, nos milénios passados até ajudaram afundar.
Alguns experimentarão o sentimento que corresponderá a uma caricatura do compromisso com o seu destino. Trata-se da “síndrome de missão”, tão comum às pessoas que receberam uma tarefa a cumprir nesta vida específica:
"Sempre tive a impressão de que eu tenho uma tarefa especial a executar nesta vida. E na seita x me disseram que é justamente lá que eu tenho que estar, para poder realizar o meu compromisso com a humanidade".
Ou "Sabe o que me disseram? Eu sou médium... Agora estão me chamando no centro x para desenvolver. Eu preciso cumprir a minha missão terrestre".
Sem ter mais nada a perder, o portador, ou portadora da SEST, deixa-se confundir com o passado evolutivo recente, voltando ao contato com as mesmas linhas de pensamento nas quais já foi atuante. Na maioria dos casos, esse retorno constitui uma desnecessidade evolutiva.
A troca da tarefa do esclarecimento, pela tarefa da consolação, impedirá as portadoras da SEST, de fazerem o auto-enfrentamento tão necessário, reforçando aja acentuada imaturidade emocional.
Os sentimentos, mesmo nobres como a compaixão, quando mal aplicados podem inviabilizar a assistência real à consciência necessitada de realismo nas informações sobre a jornada evolutiva. Boa vontade e boa intenção não bastam. É preciso discernimento.
A SEST constitui também um capricho, espécie de pirraça infantil da consciência, mimada pêlos próprios dotes pessoais, porém, ainda egocêntrica quanto ao processo evolutivo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Síndrome do Estrangeiro III

Características Principais de um Estrangeiro
Por Málu balona
São exemplos de manifestação de personalidade presentes com maior intensidade no portador da SEST:
1 - Compensação - adoção da autodidaxia para substituir a escola.

2 - Deslocamento - O mal rendimento escolar pode indicar o deslocamento dos conflitos vividos com a família.

3 - Fantasia - É a nostalgia, tipo de avestruzismo evolutivo.

4 - Identificação - Há dificuldades com a identificação convencional.

5 - Introjeção - Absorver o comportamento negativo. Imitar amigos que todos desprezam. É a máxima: "Já que ninguém precisa de mim, eu também não preciso de ninguém.j

6 - Projeção - Apresentar justificativas. A culpa é sempre do outro. (A culpa é de todos, ao invés de responsabilidade própria).

7 - Regressão - Voltar a um comportamento já superado, sob pressão.

8 - Repressão ou Recalque - Recalcar os pensamentos e sentimentos inaceitáveis ou potencialmente perigosos. Fonte de autoculpa, calcada na insatisfação pessoal, a repressão é geradora de ansiedade e angústia.

Dentro dessa constelação de defesas, aparecem sentimentos hiperdimensionados de vitimização. Se, por exemplo, ocorre um tufão na cidade, o excesso de ego, a egomania, faz com que o indivíduo pense que a culpa seja, em parte, sua. Essa internalização, adequada nas crianças muito pequenas, apresenta-se aqui deslocada, como ectopia do comportamento consciencial. (A frase seguinte resume o sentimento do portador ou portadora da SEST, nessa etapa: "Na vida me sinto igual a um cachorro que caiu do caminhão no dia da mudança da família").
A espera de receber uma espécie de senha, que um dia alguém, em algum lugar, lhe dará, a consciência alimenta a esperança de encontrar e reconhecer o seu grupo, os seus pares, os seus iguais. Está convicta de que há um tipo de comunicação consciencial específica, que só poderá ser captada pêlos que sofrem do mesmo mal.
O microuniverso consciencial excede em complexidade, todos os elementos até hoje conhecidos e pesquisados pela ciência convencional. Em busca de maior autoconsciência emocional para alcançar a maturidade relativa, toda consciência deseja ser amada, respeitada e evoluir.
Apesar de fazer seu aparecimento no tecido social de diversos segmentos, o fenômeno da SEST faz com que o portador ou portadora não passem despercebidos e sejam logo identificados nos respectivos grupos de inserção, devido à evidência de caracteres distintos dos demais membros.
Ao modo do líquido revelador empregado pelo fotógrafo que, quando utilizado sobre o papel em branco, faz surgir a imagem, também o grupo servirá de elemento contrastante para os portadores da SEST.
Os epítetos já citados, estranho no ninho, ovelha negra, adotado, bebe de proveta, achado no lixo, ovo de chocadeira, patinho feio, diferente de nós, de outro planeta, turista, ET e marciano, entre outros, evidenciam o processo de decantação da diferença, responsável pelo posterior rechaço e até pela exclusão do membro estranho.
A divergência, em certas manifestações da sociedade, é parte daquilo que na abordagem conscienciológica constitui o choque entre a verdade relativa de ponta e o contrafluxo das verdades estabelecidas - colisão de paradigmas.
O estigma da diferença incompreendida - preconceito - é parte do conflito da SEST. Numa retrospectiva, podemos concluir que até o momento foram encontrados os seguintes parâmetros para a sua caracterização:

l - Sentimentos.
O portador, ou portadora, vive com sentimento permanente de inadaptação pessoal e rejeição por parte do grupo. A inaceitação é mútua. O corpo é um fardo que faz com que o(a) portador se sinta uma hóspede indesejável de si mesma.
Os sentimentos fortes e persistentes de já ter vivido antes, de melancolia, de tristeza e de saudades de pessoas, de situações e de lugares desconhecidos são parte do núcleo emocional na SEST.
Para escapar ao destino incerto, a portadora pode até utilizar-se, em alguns casos, de um disfarce de rebeldia, passando de superdotada a superindisciplinada, a contestadora e a líder.
Não conseguindo fazer-se entender, sem referenciais afetivos sadios, algumas mudam radicalmente a sua manifestação social, nesta fase, numa tentativa de escapar ao perigoso futuro que as aguarda: tornam-se expansivas, comunicativas e extrovertidas ao exagero.

2 - Parapsiquismo.
O potencial parapsíquico evidente - clarividência, projeção consciente, acesso espontâneo à memória integral - holomemória; percepção das energias e fenómenos de efeitos físicos - é vivenciado com desconforto, sendo objeto de reações desagradáveis no grupo.
Sem defesas contra as intrusões das energias externas, a consciência não compreende o motivo pelo qual o seu registro da realidade é tão diferente dos demais.
A percepção e a comunicação com a multidimensionalidade não chegam a representar um alívio real desse quadro.

3 - Paradoxo:
Maturidade Psicológica/Intelectual versus Imaturidade Emocional/Afetiva. O bom desempenho intelectual e a facilidade para a crítica fazem com que o portador, ou portadora, pareça bem mais maduro do que é.
Contudo, a carência afetiva e a baixa auto-estima impedem a autocrítica necessária ao amadurecimento sadio da personalidade.
Apresentando um quadro emocional instável, oscila entre a alegria e o pranto; o pacifismo e a agressividade; faz a defesa veemente dos pontos de vista pessoais, questionando tudo e todos ao redor, mantendo-se cega, contudo, para o próprio universo íntimo.

4 - Escolaridade, Superdotação e TDA.
Os desempenhos acima da média em áreas específicas - superdotação, ou múltiplas - multidotação, contrastam com alguns quadros :de transtorno do déficit de atenção/hiperatividade, fazendo com que os resultados pessoais sejam abaixo das expectativas.
Os estudiosos de crianças superdotadas, já identificaram o contraste entre a capacidade intelectual excessiva e a imaturidade afetivo-social. A facilidade para apreender não é sinônimo de aptidão emocional para enfrentar as situações da vida de forma pragmática.
Com a convicção de saber mais do que consegue expressar, além da dotação intelectual, algumas vezes apresentam casos compostos de tridotação consciencial: intelectualidade, parapsiquismo e comunicabilidade.
Apesar das múltiplas aptidões, o déjà-vu cultural levará a um quadro de desmotivação quanto à vida escolar. A autodidaxia será a forma preferida de estudo isolado, indicando a rebeldia ao currículo convencional. A inteligência de alto nível não será aplicada de forma positiva, devido à imaturidade emocional.
O mal rendimento escolar aparece como resultado para essas consciências rebeldes, hipersensíveis ao fracasso. As batalhas emocionais internas impedem a concentração nas tarefas e sabotam a real produtividade.
Amantes da leitura, às vezes não se tornam bons estudantes devido ao conflito emocional de que são portadores. O medo de errar faz o contraste com o perfeccionismo, que pode ser apresentado como tentativa de controle do mundo interno e externo.

5 - Tendências Artísticas.
Na busca de entendimento do próprio microuniverso consciencial, em alguns casos, o portador e portadora da SEST serão atraídos para determinadas áreas da sociedade que permitam maior liberdade de expressão. Desse modo, esperam poder aplicar a criatividade de que são dotados.
As pesquisas indicam que, dentre os hobbies e as profissões mais procuradas, aparecem aquelas relacionadas com as artes em geral: atores, pintores, músicos; no campo da intelectualidade: escritores, críticos de cinema e de literatura, poetas; na comunicação: jornalismo, publicidade, humorismo. São as preferidas.

6 - Cosmoética.
A prática de princípios pessoais éticos mais maduros, que a média do grupo, é um dos fatores de conflito social para quem vive a SEST.
A renúncia a esse código pessoal de ética constitui um dos pontos-chave para o suicídio psicológico em que muitas vezes, culmina o processo. Contudo, o nível de maior consciencialidade não contribui para o entendimento da situação pessoal, tendo no choque de valores intrafísicos e extrafísicos e na desafeição gerada em contrapartida, o seu ponto crítico.
O despreconceito social relativo na escolha de companhias e de grupos constitui outra fonte de problemas. Essa atitude será confundida com falta de critérios e valores morais.
A ambiguidade e o universalismo, que tenta pôr em prática, serão recebidos como sinal de uma personalidade volúvel e instável.
Apesar do isolamento involuntário em que se encontra, não é partidária do sectarismo social. Será rechaçada pela própria família nuclear, principalmente quando, reativa ao preconceito, não toma partido nem aprova a exclusão de outros membros por diversos motivos.

7 - Auto-suficiência.
A independência social excessiva, fruto da auto-sufíciência negativa, ampliará a tendência à solidão e ao isolamento, o que impedirá o desenvolvimento da maturidade, inibindo a aplicação prática do nível de cosmoética que já possui.
A dificuldade de atuar em equipe ou formar grupos será uma das sequelas da queima de etapas sociais na adolescência: deseducação para a grupalidade

8 - Saúde.
Vítima de intoxicações energéticas e assimilações simpáticas constantes (esponja de energias, tóxicas), sofrerá falsos alarmes, dores-fantasma, preocupando a família nuclear e o entorno social. A repetição do quadro levará ao estigma de ser sensível, impressionável e hipocondríaca - que finge estar doente.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Síndrome do Estrangeiro II

Crianças e Adolescentes Estrangeiros
Por Málu balona
As consciências com a SEST são dotadas de inteligência acima da média, o que nessas circunstâncias não lhes será de grande valia, só aumentando-lhes a agudez das percepções, sem contudo, facultar-lhes conhecer os meios para preservarem-se das situações cotidianas.
Na abordagem conscienciológica que admite a multi-existencialidade consciencial, a consciência com baixa auto-estima, sem dar valor ao que já aprendeu, sente-se pior do que o menos ditoso. De que adianta possuir tantos talentos, saber tanto, se isso não lhe serve para diminuir o estado íntimo de isolamento? A falta de auto-conhecimento faz com que não possa tirar partido do que já sabe.
Desprovida de alguns dos preconceitos sociais, próprios da natureza humana, não esconde a repulsa diante do sectarismo, racismo e outras expressões primárias de comportamento social, o que será outra fonte de dificuldades.
Como ocorre com certas personalidades intelectualmente bem dotadas, parece muito mais madura do que é (mecanismo de defesa: racionalização): E ninguém percebe. Incapaz de autocrítica, apresenta uma visão distorcida da própria realidade consciencial.
Não chega a ser uma criança prodígio, mas apresenta interesses e habilidades diversas - multidotação, o que se explica pela memória hábil de múltiplas vidas passadas.  A criatividade consiste na combinação original de dados, surgindo como resultado a idéia nova, a invenção, o impensado. Outro contraste com o grupo será a engenhosidade utilizada para a solução de problemas.
A superioridade intelectual será, em parte, responsável pela incompatibilidade com crianças da mesma idade. Nesse aspecto, suas preferências recairão sobre a companhia de pessoas adultas ou mais velhas.
Geralmente o portador ou portadora da SEST apresentam processos de interação extrafísica que podem ser: a projeção lúcida, a clarividência, a clariaudiência (ouvir vozes extrafísicas), a percepção das energias são familiares.
Sendo mais sensível que a media dos membros da família, será sempre a primeira a- "pagar o pato" nos casos de assédio doméstico (uma espécie pára-raio extrgfísico inconsciente).
Na SEST não há ambiente sadio, clima de confiança para dividir as experiências subjetivas e os complexos sentimentos do seu portador ou portadora. Não é nada-agradável ser diferente sem querer.  Em alguns casos ocorre uma situação paradoxal: superinteligência versus mau rendimento escolar. Amantes da leitura como busca de isolamento e fuga da realidade desinteressante, nem sempre se tornam bons estudantes. Na SEST, o que ocorrerá na escola será o déjà-vu cultural. O desinteresse pelas diversas disciplinas será notório, com grande facilidade para aprendizagem, mesmo sem dedicação ou estudo. A vida escolar será marcada pêlos eventos afetivos dolorosos.
Com dificuldades em relação à mesmice e às rotinas típicas da escola, o portador(a) da SEST preferirá a.autodidaxia, transformando-se no seu próprio professor. Essa atitude indica o mecanismo de compensação utilizado para superar a falta de acompanhamento do currículo convencional. Essa estratégia será também a desculpa para a fuga e. o isolamento cada vez mais necessário.
As tendências artísticas aparecem, desde muito cedo, relacionadas ao perfil da SEST. Devido ao desinteresse cada vez maior gerado pela vida escolar (que ainda se arrastará por muitos anos), pode ocorrer uma súbita inclinação para as disciplinas artísticas - literatura em geral, pintura e música.
Na SEST, a consciência adolescente passa para a adultez sem faire lê pont, fazendo a passagem direta para a vida adulta, sem provar a convivência grupal sadia. Essa condição indica o egocentrismo infantil levado à vida adulta, criando uma entidade excessivamente individualista.
Acostuma-se a estar sozinha, a maior parte do tempo, piorando a qualidade das suas decisões. Sob pressão interna e externa, é alvo da admiração negativa (admiração distorcida, patológica ou inveja) por parte de colegas e professores. O estudante que pergunta muito, pesquisa por sua conta, e às vezes é mais brilhante que o seu professor, pode ser tido como insolente, ameaçando a disciplina, apresentando-se como um desafio para os professores.
Quanto aos colegas, um companheiro que não se mata em cima dos livros, e faz melhores provas do que quem estudou, só pode ser alvo de frustração e de inveja.
Devido a esse quadro de intolerância, o(a) portador vive em conflito: pacifísmo ou agressividade? Se nada faz é boboca, se reage é indisciplinada. Se finge que não sabe, se dá mal, se mostra o que sabe, sofre represálias. Como agir?
O autoritarismo, a repressão, a falta de referenciais afetivos sadios fazem com que a curva da adolescência seja determinante para todas as pessoas e traga conseqüências ainda mais complexas no caso da SEST.
No caso da SEST essa condição de adolescente torna-se delicada, na medida em que a estratégia tende a encobrir a tendência à camuflagem da verdadeira identidade. Essa espécie de disfarce de si mesmo pretende ocultar a natureza de suas inquietações, não podendo ser avaliada como experimentação de papéis.
É o que chamamos de criação da personalidade-doublé, personalidade-estepe, pseudo-eu ou o falso ego imposto e suposto. Onde os portadores da SEST passando a usar a maturidade psicológica de que são dotadas com inteligência, fingem aceitar as regras do jogo, numa perfeita cortina de fumaça para ocultar a sua verdadeira personalidade. Manipulando para não serem manipuladas, sua performance parecerá mais ajustada, mais dentro da média.
Passando a usar essa personalidade-doublé, sem compromisso com os seus valores reais, essa personalidade-estepe deverá tornar-se a sua segunda pele, protegendo-a da própria fragilidade emocional. A frase de uma portadora da SEST resume bem o conflito: "Se eles descobrirem que eu sou eu, estou perdida. "

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Síndrome do Estrangeiro I

A Síndrome do Estrangeiro
Por Málu balona
A SEST- Síndrome do Estrangeiro é um distúrbio do comportamento, caracterizado por um estado mórbido de alienação, estranheza ao ambiente e/ou a pessoas, inadaptação, melancolia aguda, apatia, depressão, às vezes acompanhada de anorexia, podendo levar à morte prematura.
Esse processo poderia também ser chamado de: crise aguda de saudade, suicídio branco (morrer de desgosto), melancolia intrafísica (melin) precoce, melin infantil, saudade impessoal de origem desconhecida, banzo consciêncial.
É importante definir que o sentimento de irrealidade e estranheza em relação à vida humana, vivido pelo portador da SEST, reside no esquecimento temporário de sua origem extrafísica. Segundo essa hipótese, o(a) portador(a) é aquele que "nasceu e não sabe ", antípoda ao dito popular "morreu e não sabe".
No campo da Antropologia, encontramos a referência ao isolamento vivido por um pesquisador que em meio a uma cultura estranha, num sistema de regras exótico, não pode compartilhar os seus anseios e achados com os demais membros da comunidade.
Essa impossibilidade de comunicação - incomunicação é também sentida pelo portador da SEST que, embora vivendo aparentemente no próprio meio social, tem a sensação de pertencer a outra raça, outra cultura, falar um outro idioma, praticar um sistema de valores distinto, incompreensível para os demais.
O estrangeiro intrafísico sente-se exótico, distante socialmente segregado e marginal sem saber o porquê. O isolamento o impede de aplicar a cosmoética (conhecimento de outras vidas) que possui.
No campo da Medicina, pesquisadores afirmam que os sobreviventes de EQMs - Experiências de Quase-Morte passam por um período de readaptação ao próprio corpo, aos familiares e ao entorno social, após vivenciarem a experiência de projeção lúcida crítica.
São tantos os casos, que esse processo foi caracterizado por alguns autores como Síndrome de Reinserção, uma vez que os portadores apresentam um quadro específico e levam um tempo variável para adaptar-se, sendo que, na maioria das vezes, não conseguirão comportar-se de modo igual ao anterior à experiência.
Quando persistente, esse quadro gera a necessidade de um acompanhamento terapêutico especializado, já que toda a família estranha o novo membro. Os portadores sentem saudades da sua experiência extrafísica, ansiando por retornar ao lugar extrafísico, onde se sentiam tão bem. Mostram dificuldade, a partir de então, de retomar a vida do ponto em que deixaram. No entanto, a maioria amadurece e melhora como pessoa. Essa é justamente a condição do (a) portador (a) da SEST, que sente-se também recém-chegado de um lugar indefinido, sendo por esse motivo um membro estranho no e ao grupo. Contudo, neste caso, não há rememoração definida, o que só vem a dificultar ainda mais o entendimento da causa real da inadaptação.
O (a) portador (a) da SEST cedo compreende que é possuidor de um tipo de informação que não poderá ser compartilhada, já que os demais ignoram a existência de outros sítios por ele conhecidos algures. Muitos apresentam elaboração ultra-rápida do pensamento -taquipsiquismo, pescando no ar idéias e sensações. O taquipsiquismo é a condição rara em que a consciência, para utilizar com eficiência os dados que possui, precisa de maior rapidez no processo cerebral - mais sinapses. São Geralmente donos de inteligência e criatividade acima da média, mas vêem, no entanto; os seus esforços e talentos desperdiçados devido ao seu permanente estado de estranhamento perante a vida humana. Trazendo a idéia clara de que poderá facilmente invalidar os melhores propósitos de evolução, a consciência do portador da SEST acalenta os mais vívidos sonhos de liberdade. Nesse afã, ainda criança, muitas vezes declara ao grupo em que vive que quer ir embora o mais depressa possível, quer trabalhar, não se casará e nem terá filhos.
O grupo em que está inserido estranha tão bizarro propósito, vendo nessa atitude um perigo em potencial para todos: "Como não se casar e não ter filhos, se para isso viemos ao mundo? Como querer sair de casa cedo?" São choques de interesses e objetivos causados pelo desnível evolutivo.
Por toda uma sequencia de posições e posturas tão diferentes do grupo de inserção, o portador da SEST passa a receber dos que lhe são próximos alguns epítetos semelhantes aos abaixo relacionados:
ESTRANHO NO NINHO, PATINHO FEIO, ADOTADO, OVELHA NEGRA, BEBÉ DE PROVETA, ACHADO NO LIXO, DIFERENTE DE NÓS, OVO DE CHOCADEIRA, TURISTA, ET e MARCIANO.
Nessa fase, acentuam-se os sentimentos de rejeição. O medo de errar, a sensação de urgência, talvez fragmentos das recentes vivências extrafísicas malogradas fazem com que a consciência viva em desassossego permanente.
Com senso crítico apurado, avalia a tudo e a todos com bastante precisão. Contudo, devido à precária vida emocional, é incapaz de fazer uma autocrítica isenta, substituindo esta necessidade pela autodepreciação.
Essa incapacidade de autocrítica não lhe permite utilizar os verdadeiros talentos que já possui. A auto-estima frágil gerará um quadro agudo de insegurança afetiva.
A autoculpa permanente, a ansiedade diante da vida, poderá levá-la a longos períodos em ponto morto, num processo de inércia diante das suas dificuldades. A autoculpa é um elemento paralisador da evolução devido à sua atemporalidade.
Muitas consciências bem intencionadas perdem a oportunidade de fazer a “reciclagem”, a partir do efeito estagnante da autoculpa da qual não conseguem escapar.
O indivíduo com autoculpa não tem visão cronológica, e continua a fazer a presentificação ininterrupta de situações passadas.
Contrariamente à autoculpa paralisadora, a responsabilidade é atual e dinâmica, funcionando no aqui-agora, momento de poder do livre-arbítrio. Esse é um erro comum de abordagem vivido pelas consciências na luta pela evolução- E necessário saber trocar a autoculpa - inércia atemporal, pela responsabilidade - atuação dinâmica no aqui-agora.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Seis dicas Para se Proteger das Enegias Negativas

 Por Jacqueline Abecassis 
 Todos nós sabemos que um dos itens que mais preocupa o ser humano são as temidas "Energias Negativas". Procurar fugir delas é besteira. Ela nos alcança em qualquer lugar do planeta. Mas, podemos nos defender dela, começando a tomar uma série de atitudes e providências.
Abaixo seguem seis dicas pessoais, para começar a combatê-las.

1. NÃO TEMER NINGUÉM
Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o medo. Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais, temer significa falta de fé. O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao obsessor, mais ele se fortalecerá.

2. NÃO SINTA CULPA
Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido. Sustente as suas vitórias sempre!.

3. ADOTE UMA POSTURA ATIVA
Nem sempre adotar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação pode sair ileso. Ao invés de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.

4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO
A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a "Auto-Obsessão". A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma idéia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e o outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo. Mas grande parte dos problemas existem porque não nos relacionamos bem com nós mesmos.
"Auto-Obsessão" significa não se gostar, não se apoiar, se auto-boicotar, se desvalorizar, não  satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós.
Auto-obsediar-se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros. Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo sua força pessoal e abrem as portas para toda sorte de pessoas dominadoras e energias de baixo nível. A força interior é nossa maior defesa.

5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS
As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobre e maduros. Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que tem pequeno alcance, não o atinja. Essa é a melhor forma de criar "incompatibilidade" com as forças do mal e energias incompatíveis não se misturam.

6. FECHE-SE ÀS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS
As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, a "mente e o coração". Além de manter o coração e mente sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos, fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas. Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para leituras, programas de  televisão, filmes e passatempos de baixo nível.