Por Dimas de Fonte
Em 1993, James Redfield publicou "A Profecia Celestina", que vendeu 25 milhões de cópias. O livro, um romance, trás a história de um manuscrito de 600 a.C contendo nove profecias que é encontrado nas florestas peruanas. Elas indicam uma nova visão espiritual da vida, etapas da evolução humana, degraus para a sabedoria e iluminação. Um homem percorre caminhos buscando o documento, mas é perseguido por homens que não querem que seja divulgado.
Aqui eu não vou falar sobre as todas profecias do livro; se quiser saber mais sobre elas vai aqui: http://www.espacokroon.kit.net/profecia.htm. Mas ele é uma referência importante para quem se interessa em esoterismo. Na verdade eu diria que é uma boa porta de entrada para quem quer obter algum conhecimento nesse campo.
Entretanto, colocando de lado quaisquer “esoterices” (que não é o tema do post de hoje), o livro trás uma perspectiva importante, corroborada pela psicanálise e pela História (que é a minha praia) de que o homem é formado pelo seu passado. O meio em que se é formado desempenha um papel importante na formação da personalidade. Sem determinismos, sinto que em algum momento da vida todo homem chega a uma encruzilhada em que se pergunta para que lado vai. Há os projetos de nossos pais influenciando nosso futuro e há a vontade de seguir um caminho próprio.
Eu li em algum lugar que quando somos crianças pensamos que nossos pais são super-heróis, os melhores do mundo, os mais bonitos. Há medida que vamos envelhecendo e chegando na “aborrescência” eles passam a serem os vilões, não sabem nada, estão sempre irremediavelmente errados, atrasados, ultrapassados. Entretanto, como disse Sir Hob: “A juventude é uma doença que o tempo, felizmente, se encarrega de curar” Assim, conforme o tempo passa, vamos vendo que nossos pais não estavam tão errados assim (geralmente isso começa a acontecer quando se tem os próprios filhos...) e para o nosso horror, um belo dia percebemos que estamos nos transformando neles. Agindo como eles agiam, defendendo o que defendiam e mesmo falando as mesmas palavras que eles nos falavam (exemplo: “enquanto estiver sob meu teto tem que fazer o que eu mandar!”)
Segundo o livro de James Redfield, isso tem a ver com a nossa necessidade de energia que vem dentro de um comportamento aprendido dentro de nossas casas desde a mais tenra idade. Para ele é necessário uma jornada introspectiva para libertar esses comportamentos construídos e passar de reagente a ator de sua própria vida. Agir e não reagir com gatilhos pré-concebidos aos desafios que a vida diariamente nos apresenta.
Nas palavras de Redfield há um processo que poderia nos levar a mudar esse padrão de comportamento aprendido e repetido a exaustão. No livro isso é exposto em meio a uma jornada cujo resultado vai mudar o mundo. Não penso em mudar o mundo. Se cada um procurasse mudar a si mesmo para melhor já seria ótimo. No frontispício do Oráculo de Delfos estava escrito a máxima que Sócrates tomou para sua filosofia: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os deuses" acho que isso define bem demais qual é a missão de cada um, mas no livro está assim:.
“A Primeira Visão ocorre quando levamos a sério as coincidências. Elas nos fazem sentir que existe mais alguma coisa, espiritual, atuando por baixo de tudo que fazemos.
A Segunda Visão institui nossa consciência como uma coisa real. Podemos ver que temos estado preocupados com a sobrevivência material, em nos concentrar no controle de nossa situação no universo para termos segurança, e sabemos que nossa abertura agora representa um tipo de despertar para o que está realmente ocorrendo.
A Terceira Visão inicia uma nova visão da vida. Define o universo físico como de pura energia, uma energia que de algum modo responde ao que pensamos.
E a Quarta expõe a tendência humana de roubar energia de outros humanos para dominá-los, apoderando-se de suas mentes, um crime no qual nos empenhamos porque nos sentimos tão frequentemente esvaziados de energia, e isolados.
Essa escassez de energia pode ser remediada, claro, quando nos ligamos na fonte superior. O universo nos proporciona tudo o que necessitamos, bastando apenas que estejamos abertos a isso. Esta é a revelação da Quinta Visão.
Os seres humanos sempre sentiram falta de energia e buscaram dominar uns aos outros para adquirir a energia que flui entre as pessoas. (...) existe uma fonte alternativa, mas não podemos permanecer realmente ligados nessa fonte enquanto não chegarmos a termos com o método particular, que, como indivíduos, usamos em nossa dominação, e deixarmos de fazer isso; pois sempre que recaímos nesse hábito, nos desligamos da fonte.
Livrar-se desse hábito não é fácil, porque é sempre inconsciente a princípio. A chave para abandoná-lo é trazê-lo inteiramente à consciência, e fazemos isso observando que nosso estilo particular de dominar os outros é o que aprendemos na infância para chamar atenção, para conseguir que a energia passe para nós, e ficamos empacados aí. Esse estilo é uma coisa que repetimos várias e várias vezes. Eu o chamo de nosso Drama de Controle Inconsciente (o grifo é meu).
Chamo de drama porque é uma cena conhecida, como de cinema, da qual escrevemos o roteiro quando jovens. Depois a repetimos vezes sem conta em nossas vidas cotidianas, sem prestar atenção. Só sabemos que algum tipo de acontecimento nos ocorre repetidas vezes. O problema é que, se estamos repetindo uma determinada cena sempre e sempre, então as outras cenas de nosso filme da vida real, a grande aventura marcada pelas coincidências, não podem progredir. Interrompemos o filme quando repetimos esse drama único para manipular em busca de energia.”
Retirado de livro: A Profecia Celestina, James Redfield, Ed. Objetiva
Para descobrir quais são seus dramas de controle leia aqui:
http://abcimaginario.blogspot.com/2010/09/descubra-seus-dramas-de-controle.html
Retirado de livro: A Profecia Celestina, James Redfield, Ed. Objetiva
Para descobrir quais são seus dramas de controle leia aqui:
http://abcimaginario.blogspot.com/2010/09/descubra-seus-dramas-de-controle.html
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