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quarta-feira, 31 de março de 2010

Considerações sobre a Vida e o Tao XII

HEGEL
Torres
Vagas visões de castelos
Pensamentos
Dialética e Tao
Sociedade
Estrutura de rotinas
Engrenagens que moem os homens
Trabalho escravo
Atrelado a insignificante realidade
Stress
Medo e desesperança
Que futuro tem um homem
Que não teve infância?
Onde vamos parar?
Vamos parar?
Creio que não!
Cabe a cada um
Cultivar dentro de si
Num canteiro da Alma
A Semente Original
O Imutável
A Imperturbável Paz
A Serenidade
Deus!
Manter sua Luz protegida
Do vento e da chuva
Bebendo da Fonte Primordial
(Dimas de Fonte)


SENDEIRO
Toquei a Fonte do Ser Desperto
Bebi da Água dos Imortais
Sangrei nas lutas do Pensamento
Me vi ao lado dos meus iguais

Subi no dorso do dragão alado
Andei mas nuvens através do vento
Interroguei o Mestre Sempre Calado
Cheguei a Fonte do Conhecimento

Fui a Montanha do Ser Supremo
Galguei Degraus de Sabedoria
Reconheci a Realidade
Onde eu jamais encontraria

Sentei no seio de mim mesmo
Ouvi a Voz da Profundeza
O Mestre Interno largado a esmo
Dizendo coisas de rara beleza

Vaguei por toda parte
Empenhado numa busca crescente
E encontrei a resposta destarte
Dentro da minha própria Mente

Na Semente Celeste
No Vazio Inominado
Na Verdade Inconteste
Do Criador Incriado

Na Partícula Divina Guardada
Parte minha que não finda
Verdade una e selada
Terrestre, cósmica e Linda
(Dimas de Fonte)


ANDARILHO DO TEMPO
Eu que ando sozinho
Calado pela dor que me corrói
Trilhos invisíveis, insertos caminhos
Por estradas estranhas
Pancadas inocentes que me destroem

Um gole de vinho
Um salto, um amor perdido
Eu que ando sozinho
Em busca de um destino escondido

E ainda que vague por toda a Terra
Em minha solidão sem sentido
Sem mesmo saber o que me espera
Trago no peito algo esquecido

Em cada estrada que passo
Tentando viver livremente
Procuro encontrar algum traço
Da mesma Visão Consciente

Que me impele por esse deserto
Me empurra contra a vontade
Ao encontro do Homem Desperto
Onde repousa a Verdade
(Dimas de Fonte)


INDAGAÇÕES E CERTEZAS
Quantas perguntas
Já foram respondidas?
E quantas ainda
Falta responder?

Quantas dúvidas
Foram dissipadas?
E quantas ainda
Turvam o Caminho?

Viver é incerteza?
É insegurança constante?
Significa um eterno buscar?
Um eterno aprender?

Se assim for...
Pobres de nós
Eternamente perdidos
Vagando a esmo
Sem encontrar alento

No entanto há uma Luz
Que brilha dentro
E acima de nós
Iluminando nossos dons

Não é só melancolia
Tristeza e dor
Nem a angústia
Da ignorância

É o Conhecimento.
O saber-se filho
De um Grande Pai Azul

Terno e Eterno
Perene e Imanente
Subjacente a tudo
E em tudo representado
(Dimas de Fonte)


SER HUMANO
Trago dúvidas dentro de mim
Angústias e medos
Penso em não ser
Penso nas duras penas de viver

Da minha natureza
De sonhos e desejos afins
Surgem as incertezas
Que saem de mim

E a dor me consome
Me arrasa e avassala
Como imortal dragão insone
Dentro de mim se instala

E o Tao
Deus
Grande Pai azul
Surge como Conforto e Paz

Como Sócrates
Só sei que nada sei
Como Lao Tsé
Não sei se é bom saber

E fico aqui
E aqui permaneço
Até que tenha aprendido o bastante

“Que tudo passe
Antes que tudo morra
Que tudo volte a ser
Antes que tudo seja
Que tudo mude
Antes que as mudanças
Não sejam mais necessárias”
(Dimas de Fonte)


CIVILIZAÇÃO
Trata-se, pois, de devaneio
Meros sonhos
Talvez apenas
Meras aspirações pueris
De um Homem-Criança
Paz?
Harmonia?
Que coisas são essas?
Onde se encaixam?
E para que servem?
Se minha conta no banco
Está bloqueada,
E a gasolina aumentou?
Ora, isso é coisa de alienados!
Coisa de maluco mesmo!
Entende?
Pois bem...
Ser Criança
E voltar a Grande Mãe
Em homenagem ao Pai Azul
E viver
É algo tão inútil
Como uma caneta
Que não escreve.
Pode-se viver muito mal
Sem tudo isso.
(Dimas de Fonte)

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