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domingo, 7 de março de 2010

Considerações sobre a Vida e o Tao II



O CAMINHO DO ETERNO
Limites externos,
Atitudes impensadas
Trazidos por ventos eternos.
As feridas abertas sanadas.

Serenidade,
Imperturbável Tao.
Imanente Tangibilidade,
Apelo ao natural.

Arguto viver.
Criança descuidada
Sem medo de ser.
Simples imagem do nada

Na paisagem,
No que existe,
Na passagem,
Sem motivos para estar triste.

Só para amar,
Receber vazio.
Somente sonhar
E fluir pela Vida
Como um rio
(Dimas de Fonte)


SENTIDO
Num certo sentido,
Sentir certo é o Caminho.
Buscar dentro de si
Algo em que acreditar.
Perceber certamente
O sentido exato
Das palavras que fluem
E dos acontecimentos à volta.
(Dimas de Fonte)


DEUS
Cavalga na luz das estrelas,
Apruma sóis e planetas,
Tão alto que não podemos vê-las.
(Dimas de Fonte)


CRUZEIRO
A certeza do cais
É que empurra pelo mar
O navio da vida.

A certeza
É que guia o timão
Na sua direção.

A esperança
Na chegada esperada
É o desejo do timoneiro.

Ao sabor
Do vento do destino
Escolhe-se para onde ir.

Só o pensamento
Num momento
Decide que rota seguir.

Estaria entregue à própria sorte
Senão houvesse algo...
O destino que não sei bem qual é.
Talvez o vislumbre
Por entre as brumas do tempo
E até me dirija a ele sem saber.

A certeza do cais
É que empurra o navio à frente.
O timoneiro deve ter a certeza
Da existência do porto
Para levar a embarcação com segurança.
(Dimas de Fonte)


CONCURSO
Todas as maneiras
De se viver
São corretas do ponto de vista
De quem vive.

Os demais
Apenas comparam
As outras maneiras
Às suas.

E decidem
Certo ou errado,
E condenam ou absolvem
De acordo com isso.

Seja você mesmo.
Não veja alface fresco
No quintal do vizinho,
Enquanto no seu
Tudo está abandonado.

As ervas daninhas crescem,
Os roedores devoram
Aquilo que deveria
Ser seu.
(Dimas de Fonte)





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