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terça-feira, 30 de março de 2010

Considerações sobre a Vida e o Tao XI

PENA DE MORTE
Que tem poder para reparar um erro?
Para retirar o remorso de um coração?

Quem tem poder para punir?
Ou vingar um ato insano causado por outrem?
Quem tira a tristeza da vítima?
A dor dos amigos e parentes?
Quem é o nêmesis,
O anjo vingador?
A mão armada que baixa sobre o culpado.

Apenas a dor subsiste
Não a dor do conhecimento
Ou da aproximação com a pessoa agredida.

Mas somente a mágoa
De saber que o Ser Humano
Por ser humano
Acha que deve errar para sempre
(Dimas de Fonte)


LEYS
Meu rosto na multidão
Uma gota no oceano
Vasto, impensável, solitário.
Caminho por entre as ruas
Fluindo como sangue pelas artérias
Perdido
Solto como um náufrago.
Nunca pensei na solidão
Na eterna visão de ser sozinho
Sempre comigo mesmo
Assim...
Amargo e inconstante.
Trago a marca em meu peito
Que apenas o Pai Azul pode tirar
Apenas Ele sabe o Sentido
Apenas Ele tem a Explicação
Apenas Ele tem a Paz
E o consolo de sermos o que somos
(Dimas de Fonte)


DORÉ
Vislumbro por entre as nuvens
Raios de luz iridiscentes
Que para minha mente
Traduzem-se de repente
Em visões inusitadas

Tendo eu visto tais luzes
Estimando o seu significado
Sonhando com sua mensagem
Noto-me apatetado
Calado e sem coragem

Trazido, pelos ventos
Em suaves canções-sonetos
Bailam no ar gravetos
Repletos de emoções

Abro meu peito
E sem sentir me elevo
Mesmo sem jeito me apego
Às sutis emanações

Lá em cima
Em meio às luzes brilhantes
Me perco por um instante
E o calor cegante
Aquece meu coração

De volta ao meu lar
Fica  a gradável lembrança
E como uma criança
Tenho a firm esperança
De definitivamente
Para lá voltar
(Dimas de Fonte)


DOBRA ESPACIAL
Um fugaz momento
Um alento, um lenitivo
Esperança nascitura
Das angústias do dia a dia

CONHECE-TE A TI MESMO!
Tão difícil quanto simples
Quimera adormecida
Nos Jardins do Partenon

Tragédia grega
Irresistível pilhéria
De incontáveis eras
Com que me deparo

E a busca segue incerta
Palmo a palmo
Tateando labirintos
Filhos prematuros da verdade
(Dimas de Fonte)


HOMEM II
Destarte do que chamamos Vida
Então tomada e fria
De quente virada em amor
E emoções candentes
De verdes vales
Sonhos e sonhadores
De Voos
Desejos irrefreados
Em tal sorte abandonada
O explicar-se
Na busca pela verdade
A sanha do humano
Ainda ignaro na carne
Perto do centro
E dentro de si
É imagem por si só
É visão e devaneio
Realidade de quem pensa
Curiosidade de quem vê
Sentimento de quem percebe
E manifestação Daquele que É.
(Dimas de Fonte)


ILUMINADO
Talvez em mim
Um tal tormento
Em sentimentos que tais
Avultados
Na lide dos problemas
Calcado
Nas coisas do coração
Desejos
Secreto almejar
Percebendo em meio a luta
O lento avanço da consciência
Que se assenhora de si
E permite o crescimento
Mostra o Verdadeiro Caminho
Na Virtude sem esforço
Na Calma e na Quietude
Então Ficar e Ser
Sentir e Observar
Para então Entender
(Dimas de Fonte)

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