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domingo, 22 de dezembro de 2019

História do Lanche XIV: O Pudim


A história do pudim é um pouco controversa. Acredita-se que a palavra ‘pudim’ vem do francês boudin, originalmente do latim botellus, o que significaria “salsicha pequena”, em referência às carnes compactadas utilizadas nos pudins da Europa Medieval, já que estes eram servidos em sua forma salgada.

Muito antes do delicioso e já conhecido pudim de leite condensado, famoso em várias regiões do Brasil, a receita de pudim mais usada antigamente no mundo era a do “bolo de pudim” e seus vários tipos: pudim de sangue, pudim preto, pudim de Yorkshire.

Os pudins antigos eram servidos como uma massa sólida, sendo a mistura de vários ingredientes unidos por uma liga, como a farinha de trigo, ovos, uma mistura de gordura e farinha ou algum outro cereal.

Apesar de bem diferentes do que reconhecemos, essas receitas de pudins são apreciadas em várias partes do mundo, como em países da Europa, onde são servidas como prato principal ou sobremesa.
Isto acontece pois, em alguns lugares, receitas de polenta, cural de milho, chouriço e outras mais são consideradas como os antigos pudins. Uma diferença na definição de “pudim” que pode gerar algumas confusões!
Muitos pudins deste tipo lembram os nossos conhecidos bolos e cremes, mas são mais molhadinhos e geralmente servidos emborcados em uma tigela, em vez de fatias.

O modo de preparo dessas receitas de pudins pode variar entre assados, cozidos ou até fervidos.
É comum vê-los acompanhados de manjar ou sorvete, lembrando um pouco da tradicional e muito popular sobremesa francesa petit gateau.

Pudins salgados e cozidos eram refeições principais e bastante comuns a bordo dos navios da Marinha Real Inglesa nos séculos XVIII e XIX, e constituíam-se no modo usual pelo qual os marinheiros britânicos se alimentavam, era forma pela qual as rações diárias de farinha e gordura eram preparadas.

Os pudins antigos são apresentados em forma de massa sólida, constituída pela mistura de vários ingredientes unidos por uma liga que pode incluir farinha de trigo (como no Pudim de Yorkshire), sangue (pudim preto), ovos (pudim de pão), ou uma mistura de gordura e farinha ou algum outro cereal (pudim de ameixa). Esses tipos de pudim podem ser assados, cozidos ou fervidos. Esse tipo ainda é comum em vários lugares, especialmente na Grã-Bretanha, e pode ser o prato principal de uma refeição ou a sobremesa.

Muitos pudins de sobremesa desse tipo lembram bolos, mas são mais úmidos e geralmente servidos em bocados numa tigela, em vez de fatias, acompanhado de manjar ou sorvete. Esse é o tipo de prato que a palavra pudim evoca à Austrália (por exemplo, o pudim de Natal ou a forma britânica do pudim de chocolate). Embora outros pratos sejam denominados pudins na Austrália (por exemplo, o pudim de arroz ou o pudim instantâneo, os quais pertencem à segunda categoria, abaixo), em tais casos a palavra é quase sempre qualificada com um adjetivo.

O tipo mais novo de pudim pode ser tanto um prato de sobremesa como pode ser consumido sem ser um acompanhamento. O preparo habitual faz com que o açúcar e outros ingredientes sejam solidificados por meio de algum agente estrutural gelificante como amido de milho, gelatina, ovos, tapioca e outras féculas. A esse tipo pertencem o manjar e o manjar branco.

Eles estão disponíveis em apresentações que exigem algum cozimento ou prontos para consumo. Alimentos relacionados incluem sobremesas de gelatina tais como Jell-O e as geleias de mocotó.
As receitas evoluíram com o passar do tempo, até que chegassem a receita popularmente conhecida no Brasil: O pudim de leite condensado.

Originada em Portugal, a história conta que a sobremesa foi inventada por um abade português, cargo superior dos monges de uma abadia. Ele não divulgava a receita, mas como o quitute acabou se tornando um grande sucesso diversos confeiteiros tentaram copiar.

Ninguém conseguia fazer um pudim de leite condensado como ele. Porém, após a sua morte os ingredientes secretos foram revelados: açúcar; gemas; água e toucinho de porco faziam do Pudim de Priscos, o sucesso da culinária portuguesa.

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