A história do pudim é um pouco
controversa. Acredita-se que a palavra ‘pudim’ vem do francês boudin,
originalmente do latim botellus, o que significaria “salsicha pequena”, em
referência às carnes compactadas utilizadas nos pudins da Europa Medieval, já
que estes eram servidos em sua forma salgada.
Muito antes do delicioso e já
conhecido pudim de leite condensado, famoso em várias regiões do Brasil, a
receita de pudim mais usada antigamente no mundo era a do “bolo de pudim” e
seus vários tipos: pudim de sangue, pudim preto, pudim de Yorkshire.
Os pudins antigos eram servidos
como uma massa sólida, sendo a mistura de vários ingredientes unidos por uma
liga, como a farinha de trigo, ovos, uma mistura de gordura e farinha ou algum
outro cereal.
Apesar de bem diferentes do que
reconhecemos, essas receitas de pudins são apreciadas em várias partes do
mundo, como em países da Europa, onde são servidas como prato principal ou
sobremesa.
Isto acontece pois, em alguns
lugares, receitas de polenta, cural de milho, chouriço e outras mais são
consideradas como os antigos pudins. Uma diferença na definição de “pudim” que
pode gerar algumas confusões!
Muitos pudins deste tipo lembram
os nossos conhecidos bolos e cremes, mas são mais molhadinhos e geralmente
servidos emborcados em uma tigela, em vez de fatias.
O modo de preparo dessas receitas
de pudins pode variar entre assados, cozidos ou até fervidos.
É comum vê-los acompanhados de
manjar ou sorvete, lembrando um pouco da tradicional e muito popular sobremesa
francesa petit gateau.
Pudins salgados e cozidos eram
refeições principais e bastante comuns a bordo dos navios da Marinha Real
Inglesa nos séculos XVIII e XIX, e constituíam-se no modo usual pelo qual os
marinheiros britânicos se alimentavam, era forma pela qual as rações diárias de
farinha e gordura eram preparadas.
Os pudins antigos são
apresentados em forma de massa sólida, constituída pela mistura de vários
ingredientes unidos por uma liga que pode incluir farinha de trigo (como no
Pudim de Yorkshire), sangue (pudim preto), ovos (pudim de pão), ou uma mistura
de gordura e farinha ou algum outro cereal (pudim de ameixa). Esses tipos de
pudim podem ser assados, cozidos ou fervidos. Esse tipo ainda é comum em vários
lugares, especialmente na Grã-Bretanha, e pode ser o prato principal de uma
refeição ou a sobremesa.
Muitos pudins de sobremesa desse
tipo lembram bolos, mas são mais úmidos e geralmente servidos em bocados numa
tigela, em vez de fatias, acompanhado de manjar ou sorvete. Esse é o tipo de
prato que a palavra pudim evoca à Austrália (por exemplo, o pudim de Natal ou a
forma britânica do pudim de chocolate). Embora outros pratos sejam denominados
pudins na Austrália (por exemplo, o pudim de arroz ou o pudim instantâneo, os
quais pertencem à segunda categoria, abaixo), em tais casos a palavra é quase
sempre qualificada com um adjetivo.
O tipo mais novo de pudim pode
ser tanto um prato de sobremesa como pode ser consumido sem ser um
acompanhamento. O preparo habitual faz com que o açúcar e outros ingredientes
sejam solidificados por meio de algum agente estrutural gelificante como amido
de milho, gelatina, ovos, tapioca e outras féculas. A esse tipo pertencem o
manjar e o manjar branco.
Eles estão disponíveis em
apresentações que exigem algum cozimento ou prontos para consumo. Alimentos
relacionados incluem sobremesas de gelatina tais como Jell-O e as geleias de
mocotó.
As receitas evoluíram com o
passar do tempo, até que chegassem a receita popularmente conhecida no Brasil:
O pudim de leite condensado.
Originada em Portugal, a história
conta que a sobremesa foi inventada por um abade português, cargo superior dos
monges de uma abadia. Ele não divulgava a receita, mas como o quitute acabou se
tornando um grande sucesso diversos confeiteiros tentaram copiar.
Ninguém conseguia fazer um pudim
de leite condensado como ele. Porém, após a sua morte os ingredientes secretos
foram revelados: açúcar; gemas; água e toucinho de porco faziam do Pudim de
Priscos, o sucesso da culinária portuguesa.
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